quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Perspectivas
Esses dias aconteceu uma coisa muito chocante e ao mesmo tempo reveladora comigo, nem sei explicar, mas vou tentar.
Estava eu assistindo TV em um daqueles dias normais em que você não espera que nada de muito interessante aconteça. Pois bem, estava confortavelmente deitada no meu sofá, quando passa uma daquelas chamadas de jornal. Não me lembro ao certo, acho que era a Fátima Bernardes, mas pouco importa, o importante foi o que ela disse e o que aquilo fez comigo. Ela anunciou duas manchetes, 1° disse: "Termina mais uma operação no menino das agulhas, ao todo foram retiradas 22 agulhas dele"(algo assim). A segunda foi: " Prendem(ou são detidos) os ladrões do óculos da estátua de Carlos Drumond de Andrade, eles já haviam roubado os óculos 8 vezes". E eu então exclamei: "8 vezes?" Entendem o que isso significa? As duas manchetes foram dadas em uma sequência, primeiro o menino, depois o óculos da estátua, e o que me chamou atenção?
É assim que as coisas acontecem, infelizmente, mas é. Ficamos anestesiados com as crueldades da vida, depois que ouvimos, 2 ou 3 vezes já vai perdendo o peso. Eu já tinha ouvido várias vezes e me chocava quando ouvia, mas aí deixou de ser novidade e pronto, o óculos chamou mais atenção. É terrível eu sei, mas é a realidade, que atire a primeira pedra quem nunca agiu assim. Quando você passa perto de um bêbado caido no chão e não tenta ajudar é assim que você está agindo, quando se nega a ajudar alguém que precisa, quando deixa de se comover com um bichinho machucado que seja. É assim que é, essa é vida que temos vivido, friamente, sem nos envolver com nada, não é da nossa conta, já temos problemas demais, é assim que nossa mente funciona, na maioria das vezes. Mas não, tanta gente tem tão pouco e ajuda tanto. E quando falo de ajuda não é só a financeira, tem gente que precisa só de um "ombro" pra chorar, alguém pra conversar. Se dedicarmos um dia das nossas semanas pra ir a um asilo por exemplo, conversar com um idoso, apenas isso já lhes trás uma alegria que não podemos calcular.
Mas a questão é, porque estamos ficando assim, tão frios, tão indiferentes. Porque o problema do outro deixou de ser o meu? Será que nos esquecemos do quanto dependemos uns dos outros? Será que somos ingênuos o bastante para pensar que nunca vamos precisar de ninguém? Ou pelo menos ninguém fora do nosso "mundinho"? Isso só pra sermos práticos, que é o mal desse "século" mesmo. Mas é questão é (como meu amigo Fred disse no seu último post), é entre "bichos" e pessoas.
Fiquei pensando muito da questão da mídia nessa história depois do ocorrido, e sim, acho que ela tem lá sua parcela de "culpa", mas nós também temos. Explico. A mídia tem um poder absurdo de nos "manipular", nos envolver, fazer com que "olhemos" na direção indicada. Talvez a intenção naquele momento fosse "me" fazer ver os 8 óculos roubados mesmo e não as 22 agulhas tiradas de uma criança(que já não era mais novidade). Pode ser, mas eu vi o que queria ver. Não acredito muito na teoria da agulha hipodérmica, que diz que a mídia inocula em você o que ela quer e você é obrigado a aceitar aquilo e pronto, mas ou menos isso, só pra resumir. Eu acho que sim, a mídia sabe como nos convencer, mas somos não somos bichos no sentido literal mesmo da palavra, incapazes de regeitar a "mensagem" proposta pela mídia. Enfim, sendo mais prática, nós somos capazes de dizer não, "não quero ver Luciano Huck, quero ir visitar alguém que precisa de mim, o Luciano não sentirá minha falta." Ou "não, não quero aceitar que um óculos de metal seja mais importante que a vida de uma criança."
A questão toda é repensar nosso modo de ver as coisas, de ver o mundo, retirar as vendas dos nossos olhos e acordar para a realidade, o mundo precisa de ajuda! As pessoas que vivem nele, muto mais! Nós precisamos uns dos outros, precisamos dessa senssibilidade que a vida vai nos fazendo perder. Precisamos entender que a vida é breve e que a maior riqueza que podemos deixar aqui é o que fazemos de bom, o sorriso que "colocamos" no rosto de uma criança, a amizade sincera que é o maior abrigo, depois de Deus, que podemos ter. Aaaah.. O que falta acontecer pra entender isso de uma vez por todas?
Sinceramente não falta mais nada! Ou pelo menos não deveria faltar, mas cadê que a gente muda. Não! Porque é muito mais fácil ficar confortavelmente sentados em nosso sofá nos "lamentando", fingindo que nos importamos com as angustias dos outros. E é dificíl admitir isso mas é a realidade, eu me incluo nesse grupo, faz tempo que eu não sei o que é olhar de verdade para as pessoas a minha volta e ver que elas tem problemas como eu e muitas vezes bem maiores que os meus. E que sejam menores ou iguais, tanto melhor, assim um ajuda o outro. O que não entendemos é o quanto se importar com o outro significa ao mesmo tempo se importar com sigo mesmo. Acredite você ou não na Bíblia(eu acredito), ela diz algo nesse sentido que é esclarecedor: "Amai ao próximo, como a SI mesmo." Percebem? Como a Si mesmo. Ninguém consegue amar o outro se não se ama, ninguém consegue enxergar o outro, se não se enxerga. Por isso faça o que fizer comece por se amar e verá que as coisas começam a fazer mais sentido. Vou tentar exercitar mais isso também, não é uma promessa de fim de ano! É só algo que vem perturbando essa mente inquieta, e espero que continue perturbando mesmo, porque o dia que parar vou saber que virei "bicho" de verdade.
Esse post contou com a influência deste, confiram também.
http://ventonavaranda.blogspot.com/2009/12/amigo-bichoculto.html
(Vão ter que copiar e colar porque a criatura aqui ainda não aprendeu a criar link tá?)rs
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Feliz ano velho!
Eu acho o "ano novo" engraçado, por vários motivos, um deles, pela possibilidade de fazer as pessoas acharem que tudo vai ser diferente só por causa de um minuto, como se naquele minuto alguma coisa incrível pudesse acontecer. Como se 00:01 o mundo passasse por uma transformação, as pessoas se tornassem melhores, os sonhos mais próximos, os fardos menos pesados. Sei lá, de uma maneira ou de outra as pessoas acham que algo vai mudar, tem obrigação de mudar. Aí elas fazem metas para o novo ano, prometem começar aquele regime, ser mais pacientes, mais solidárias, mas a maioria esquece tudo isso antes do carnaval.
Então me pergunto qual o sentido de tudo isso. É só mais um dia, como outro qualquer, nada de sobrenatural vai acontecer só porque mudamos de um mês para o outro. Vai ser só mais um dia, entre tantos, a mudança é só simbólica, vai continuar tudo no mesmo lugar.
Por isso o melhor a fazer é começar a "faxina" hoje, a dieta hoje, tentar ser melhor hoje e tentar manter isso todos os dias. A empolgação do ano novo passa rápido e se contarmos só com ela não conseguiremos nada de muito concreto, afinal o que pode sair de concreto em planos feitos sobre pura ilusão? Melhor mesmo é manter os pés firmes no chão. Sonhar? Sim, sempre, mas sonhar com metas que não dependam de um novo ano, da famosa "segunda-feira", mas que sejam construidas dia após dia.
No natal conversávamos sobre a falsidade por trás do "Feliz natal". Pessoas que no ano todo não olham pra nossa cara nem pra dizer bom dia, no natal desejam feliz natal com o maior sorriso, lembram que você tem mãe, vó. É uma coisa linda! Falávamos que não nos sentiamos a vontade pra ser como essas pessoas e sair desejando feliz natal pra essas pessoas, até porque o verdadeiro sentido de natal já foi esquecido pela maioria das pessoas mesmo. Eu prefiro não dizer nada ou dizer apenas para meus amigos do que sair cumprimentando a vizinhança inteira.
E a mesma coisa eu penso do ano novo. Além de como já disse, não achar que tem nada demais nisso, aí fica ainda mais sem sentido. Porque a verdade é que somos só nós "velhos homens" entrando para um novo ano velho. Nada muda se nosso esforço para essa mudança não acontecer todos os dias, se nossas metas não forem traçadas todos os dias e a tentativa para alcança-las não for constante.
E é isso que eu desejo para todos para esse ano que entra, firmeza nos propósitos, nos passos e muita, muita fé. Que Deus abençõe a todos sempre. Deus não escolhe data pra abençoar ninguém, não vai abençoar mais ou menos porque vamos mudar de calendário, então faça o que fizer faça de coração, empenhe todas as suas forças nisso e aí com certeza você terá bons frutos disso. Claro esses frutos muitas vezes vem disfarçados, nem sempre as coisas acontecem como desejamos, mas se depositarmos nossos desejos na Mão certa, podemos estar seguros de que o melhor irá acontecer.
Gosto de pensar em uma música da Pitty chamada "Semana que vem", que diz:" Não deixe nada prá depois, não deixe o tempo passar, não deixe nada pra semana que vem, porque semana que vem pode nem chegar". Pense nisso, quantas pessoas fizeram planos para o novo ano e não vão nem viver para realizar?
Então é isso, desejo tudo de bom para todos vocês, hoje e sempre! Vivam o hoje, não esperam o "melhor dia" para tudo, espere um pouco melhor de você a cada dia, para poder esperar um pouco melhor da vida, gire essa "roda" e verão como as coisas podem ser muito melhores. Digo isso para mim mesma, é o que desejo para mim também, a começar por hoje.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Planeta sintético
Pois é, mas uma vez eu tomei um chá de sumiço por uns dias né? E na verdade eu nem deveria estar aqui escrevendo agora, amanhã tenho um trabalho para entregar de 10 laudas, mas como eu já fiquei até as 2:30 assistindo um filme para esse trabalho e separando por tópicos cá estou eu, ocupando um dos "poucos" espaços que tenho como "massa".
Vi uma coisa no fantástico no domingo que me deixou chocada, trata-se de uma reportagem que falava das mudanças climáticas, fim do mundo e tal. Então, agora estão descobrindo e a coisa tá feia e aí começou uma corrida frenética pra saber quem tem a ideia mais idiota para salvar o planeta. O que você acha mais fácil, plantar mais árvores(por mais que elas demorem a crescer, um dia crescem) ou sair por aí distribuindo árvores sintéticas? Recriar uma coisa que a natureza já dá de graça! Pensar em poluir menos, encontrar formas alternativas para filtrar ou evitar de se liberar tantos gases poluentes para a atmosfera ou dar remédio para que as vacas arrotem menos? Pensar em uma sustentabilidade, em todos os sentidos (e isso incluiu leis mais rigorosas e tal para que parem de derrumar tantas matas para transformar em pasto) ou parar de comer carne bovina, parar de criar gado e pensar em uma cane artificial?
Aí você pode dizer, "ah mas das opções você deu todas já foram tentadas, algumas estão sendo estudas e muitas já estão sendo colocadas em prática." Sim, com certeza, mas será que está sendo feito um esforço suficientemente grande nesse sentido? A resposta é clara, não. E como isso não foi feito na hora certa agora querem correr atrás do prejuízo. A ideia deles é a seguinte "bom, talvez não chova nos próximos anos, então vamos ter que dar um jeito de criar artificialmente nuvens de chuva para ver se resolvemso isso, e se não tiver água não tem como ter pasto, nem gado, eles iam morrer a míngua". Porque quando tiver pouca água no planeta eles não vão querer distribui-la com um bando de bovinos né?
E assim vão remediando o irremediável. Eu não sei se sou tão otimista a ponto de pensar que o caminho que tomamos tem volta, sinceramente eu acho pouco provável, pelo menos humanamente falando sim. Nós já agredimos demais a natureza e ela está aí prevalescendo até hoje porque é "forte" mesmo. E agora esses "cientistas malucos" vem dizer que "filtrar" o arroto do gado, criar árvores sintéticas e carnes de "mentirinha" feita em laboratório é a solução? Por mais engenhosas que sejam esses projetos(que não ficam só nisso, claro), são completamente surreais. Eu fico pensando em qual o raciocínio usado por exemplo para a questão da carne artificial, e acredito que seja mais ou menos asssim: carne artificial = não comer carne de gado = a não ter que criar gado = a não ser preciso de pastos para eles = menos desmatamento. Um raciocinio mais óbvio seria esse, se é essa a ideia eu não sei.
O que eu sei mesmo, é que eu não quero viver nesse mundo que estão querendo "criar", acho desesperadora a ideia de viver rodeada de tanta artificialidade por todos lados, e tudo isso porque? Por que o homem não sabe cuidar do próprio "lar", própria vida. Não seria muito mais óbvio se pensar em reflorestamento por exemplo, ao invés de árvores sintéticas que façam o trabalho das naturais? Mas não, agora não há mais tempo não é mesmo? Pelo menos é o que a maioria pensa. Minha "humilde" opnião é de que há tempo ainda há. Ok, árvores demoram a crescer, rios são difícies de "despoluir", afinal destruir é muito mais fácil que restaurar mesmo, mas é muito mais óbivio que se pense em restaurar do que em "criar" essa aberação de mundo.
Só sei que eu não quero estar aqui se isso acontecer, se esse "mundo" for mesmo transformado nessa coisa estranha, nesse cenário de filme de ficção científica. Mas se estiver, se isso chegar mesmo a acontecer, sei lá, sinceramente não sei o que vou fazer, como vou me sentir, mas bem é que não vai ser, mas eu sei que não vou consumir essa "carne", "leite" e sabe-se lá mais o que eles "criarem", prefiro me isolar dessa "civilazação". Bom que Deus não permita que isso aconteça e dê um pouco mais de inteligência a esses cientistas do "mal", para que pensem e repessem esses atos, que usem todo esse conhecimento para salvar o planeta e não para remediar.
(Desde já peço desculpas por possíveis erros, não tive muit tempo de revisar, mas logo voltarei a escrever com mais frequência e com mais tempo de revisar, hoje é o último trabalho da faculadade, depois, férias!!!)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
"A verdade nua e crua"
É esse é o título do filme que eu passei os últimos dias assitindo, mil vezes, indo e voltando. Porque? Para apresentação de um seminário na faculdade que propõe uma análise do filme juntamente com alguns textos que estamos estudando, sobre teorias da comunicação e tal.
Enfim, o seminário é hoje. E eu digo que ontem eu passei umas 6 horas estudando isso, pra não conseguir sair muito do óbvio. O filme é incrível, daria uma reflexão incrível com certeza, mas acho que consegui fazer algumas considerações. Porque fim de período e mil trabalhos pra entregar deixam nosso cérebro meio lento sabe? Estou até com medo de começar a escrever um monte de coisa errada, mas vamos lá.rs
O filme é bem interessante, propõe para nós comunicadores uma análise da mídia, para as outras pessoas, sei lá, pode até fazer pensar um pouco nisso também, mas acho mais provável que seja mais uma fala anti-puritanismo. Seja como for acho que poucas pessoas vão pensar na coisa como ela realmente é, as pessoas transformadas em méros n°s. Não importa a opinião delas, importa o ibope, essa é a "verdade nua e crua" da mídia, não importa o quão esperto você seja a mídia "vai te pegar". Ela usa toda sua técnica para te convercer de que seu produto é bom, aí mesmo que ela não te convença você se convence afinal, "a maioria aprovou, tem que ser bom".
A essa técnica é dado o nome de Espiral do silêncio, e tem como propósito fazer com que as pessoas sejam vencidas pela maioria. O nome vem do fato de não conseguirmos expressar uma opinião contrária quando a maioria defende outra. Por exemplo, se você estiver no meio de uma torcida do Flamengo em um jogo de Flamengo x Fluminense, você não vai gritar se o Fluminense fizer um gol né? Você vai ficar em silêncio. Logo, a maioria venceu. E é assim que funciona no espiral do silêncio, se a maioria das pessoas gosta de "Big Brother" mesmo que você não goste, dependendo da situação você assiste, e algumas vezes acaba gostando e pronto, o espiral funcionou. Enfim, estou estudando isso ainda, não sou experte, mas espero que tenha dado pra entender.
Sabe, quanto mais estudo Comunicação, mas me convenço de que todo mundo devia entender pelo menos um pouquinho sobre isso. Pra não ser tão submisso aos "mandos" e "desmandos" da mídia. Pra entender suas sutilezas, ser menos ingenuos. Não é que a "mídia" ou "o Mass Media" (que é o cara que "manipula" ou decide o que vamos ver) seja um monstro sabe? Mas santo "ele" não é. Por trás de tudo o que vemos tem um propósito muito bem definido, não existe nada por acaso nesse meio.
Bom, isso é só pra começar, eu vou aprendendo e ensinando pra vocês, combinado?rsrs Fala a modesta né? É só brincadeira, digamos que vou trocando experiências com vocês, vamos conversando, melhor assim.rs Espero não ter falado muita "abobrinha". Mas mesmo com meu pouco tempo de curso esse tipo de coisa já começa a ficar clara sabe. Aliás, eu indico, se você é curioso(a), quer entender mais sobre a sociedade e as formas de comunicação dela, sobre novas tecnologias, sociologia e muito mais, faça Comunicação Social, é fantástico! Eu estou amando. Apesar de ter ficado triste com uma conclusão que tirei estudando para o seminário de hoje.
Estudando as apostilas para o seminário me deparei com uma frase que me "chocou", pelo contrexto. Hans Seyle em seu livro, The Stress of Life, relata a fala de um colega de trabalho ao se deparar com o seu trabalho que era estudar substâncias tóxicas em animais. Parte da fala de seu amigo foi: " Você acaba de decidir-se por passar a vida estudando a farmacologia da sujeira". Meio complicado entender assim né? Mas vou tentar explicar. Essa sujeira levando para o nosso caso é essa "manipulação" da mídia. Engraçado como essa frase me assustou! Sei lá, não que tenha que ser sempre assim, mas caramba, eis um grande desafio, fazer essa "manipulação" de uma forma mais humana. Não ter que ficar empurrando essa "sujeira" de um lado para outro, como diria uma amiga da minha mãe " colocar chantili na bosta". Eis o nosso desafio, tentar fazer uma coisa limpa. "Manipulação", acho que não dá pra pensar em não usar, nós a usamos o tempo todo, nas nossas vidas, a questão toda é, se essa "manipulação" vai ser boa( se é que pode-se dizer assim), ou menos pior.
Ah.... Ser ou não ser, eis a questão! rsrs
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Até hoje sempre passou...
Foto by Marina(eu)..rs
Primeiro queridos, mil desculpas pelo abandono do meu blog, tempo pra mim anda sendo um artigo raro. Mas falta de tempo, problemas, cansaço, não é só ruim, há de se ver o lado bom de tudo isso.
Esses dias vira e mexe vem a minha cabeça uma coisa que ouvi uma vez, em uma fita, que já até citei aqui outras vezes. Isso mesmo fita, até hoje não encontrei em cd, chama "Como ser feliz de qualquer maneira". Pois bem, nessa fita em determinado momento conta da conversa de dois amigos enquanto caia um belo temporal. Um deles (que vou chamar de Paul porque não me lembro o nome) perguntou: "Twen, você acha que a chuva vai passar?" E ele respodeu: "Até hoje sempre passou".
Completamente simples e completamente esclarecedor não é?! É a coisa mais certa, as chuvas sempre passam. Quem é que pode dizer de uma chuva que não tenha passado? Até o dilúvio passou. Não importa o quão grande pareça um problema, ele passa, de uma forma ou de outra. Depois vem outro e outro, mas assim é a vida. Quando aprendemos um "lição" passamos para a próxima, é assim que a vida nos ensina a ser fortes, é assim que Deus nos molda.
Esses dias tem sido especialmente difíceis pra mim, mil trabalhos de faculdade, meu corpo cansado, a cabeça tão cheia que parece que vai explodir e eu ainda tenho que pensar em mim, e não tá sobrando tempo. Eu estou deixando as vontades "da Marina" pra trás pra cuidar do futuro "dela", empurrando "seu corpo" da cama todos as manhãs, mesmo que "ela" não tenha dormido quase nada. Afinal a vida é assim, ou você avança ou fica parado vendo ela passar por você. "Ontem" eu estava começando a faculdade, "hoje" estou terminando o primeiro ano. É o tempo voa.
Por falar em tempo. Já pararam pra pensar em como mesmo sem querer torcemos pra que nossas vidas passem rápido? Se é segunda queremos que seja terça, se é quarta queremos que chegue logo a sexta e o fim de semana para nosso merecido descanso. Ok, descansar é muito bom, mas viver a vida com todos os seus sabores e desabores, aproveitando cada momento é melhor ainda! Por isso é tão importante fazer o que gostamos, porque aí seremos felizes todos os dias e não vamos esperar tão ansiosamente pelos "finais de semana". No momento meu "fim de semana" tão esperado está sendo minhas férias. Como preciso de um descanso! E eu não estou conseguindo não sonhar com isso, eu não vejo a hora das minhas férias chegarem porque eu estou até adoecendo, de tal cansada. Mas faz parte, eu reclamava que minha vida era parada, agora "dale" movimentação!rs Mas vai passar, daqui a pouco tem férias, depois começa tudo de novo, até que um dia acaba e eu tenho certeza que vou sentir muita falta.
Que possamos viver ou tentar viver dentro do possível, um dia de cada vez, certos de que no fim tudo acaba dando certo, se confiamos em Deus, e claro fizermos nossa parte, da melhor maneira possível. E quando estivermos cansados das tempestades no caminho, ou mesmo da correria do dia a dia e pensarmos que não vai passar é só lembrarmos da chuva, afinal, a "chuva" até hoje sempre passou.
segunda-feira, 23 de novembro de 2009
Ordem na bagunça
Sabe quando você percebe que sua vida tá uma droga(ou bem perto disso)? Quando você senta em frente a TV para assistir aquele filme da temperatura máxima que você já viu umas "500" vezes, só pra arrumar mais uma desculpa pra não arrumar seu quarto, que tá um lixo, diga-se de passagem. Até porque enquando você adia a arrumação do seu quarto você adia a "arrumação" da sua vida (que você não tá lá muito a fim de arrumar mesmo). Porque se você começar a arrumar vai ter que remexer em tudo, em todos os porões frios e úmidos, naqueles "objetos" que estão lá, escondidos há tanto tempo que estão cheios de bolor.
E você olha para o lado e vê que afinal você tem muito menos amigos do que supunha, os que tem são uns poucos que conquistou a pouco tempo, bem poucos de longa data e de infância "1 0u 2" que você tem pouco contato. E aí as pessoas olham para o seu orkut e pensam "poxa como ele(a) tem amigos!" Mas você sabe que 10 ou 20% da sua lista é de amigos de verdade. A maioria são conhecidos, alguns amigos de infância que você não conversa há uns 10 anos, mas adiciona pensando que pode reatar laços, talvez. Mas aí você percebe que não, eles só te cumprimentam no seu aniversário e pronto. E claro de certa forma é uma maneira de mostrar como a vidinha deles é legal e na verdade você também faz isso, usa o orkut como "vitrine", mesmo que na maioria das vezes nem perceba.
E quando você faz alguma "grande descoberta" na maioria das vezes você nem pensa em contar para algum amigo, pensa que pode dar um post legal, talvez. É esse mundinho virtual nos deixam meio isolados né?
Então você leitor pode pensar "caramba o "dono dessa vida" deve estar a ponto de se matar!" Mas não, porque pode ser o caso dessa pessoa ter um Deus tão incrível que faz com que essa descoberta não seja uma coisa tão ruim, muito pelo contrário. Até porque um dos poucos grandes amigos dessa pessoa diria que "é melhor viver desiludido que iludido". E sabe ele tem toda razão. Eu posso apostar que essa delilusão vai acabar levando essa pessoa para uma vida bem melhor, uma vida mais "real".
. Quarto - + ou - Ok
. Vida - "processando"
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
O "cheiro" das coisas
Foto by eu mesma..rs
Estou aqui curtindo uma nostalgia que nem é minha. Como assim? Vou explicar. Estou ouvindo Roberto Luna, acredito que poucas pessoas da minha/nossa geração conheçam. Ele é um cantor de bolero. Bom, como disse não é da minha geração e eu nem sabia que existia, até o último domingo. É que neste último domingo fui em Divinópolis fazer a prova do Enade, sim aquela que de que eu falei aqui no blog já, a que foi atrapalhada pela parada gay. Pois bem, no fim da prova eu passei na casa do meu tio/avô que mora lá e minha tia. Enfim, conversamos um pouco, ele tava meio angustiado, como tem ficado sempre ultimamente e me parece que ainda mais depois que meu avô, irmão dele morreu. No meio da conversa ele começou a mostrar uns discos e mostrou uma música do Roberto Luna, disse que um dos filhos tinha feito uma seleção e dado pra ele mas que ele só tinha uma música dele "Que murmurem", que não encontrava mais e tal. Aí eu me ofereci para procurar as tais músicas para ele, e nem foi difícil, o problema mesmo é que ele não sabe mexer em internet aí não tinha como encontrar.
Mas a questão é que eu estou aqui agora, ouvindo esse "tal" Roberto Luna. Não é meu estilo favorito, devo confessar, mas ele canta muito bem. E ouvindo ele eu comecei a pensar muito nesse meu tio, no porque dele estar tão triste. Quando eles envelhecem o que resta são as lembranças, não devia ser assim, mas é, tudo lembra alguma coisa. Aqueles tempos de moças na janela, homens dando volta do jardim cortejando essas moças e elas tímidas olhando com o canto de olho. Depois o casamento, os filhos pequenos, os planos, sonhos. E aí começam a pensar, se fizeram tudo o que queriam, se poderiam ter sido mais felizes, enfim se a vida valeu a pena. E mesmo que ela tenha valido ainda resta essa nostalgia, essa saudade sabe-se lá de que ou de onde. Como sei disso? É eu nunca fui velha, mas convivi com dois idosos minha vida inteira praticamente e conversava muito com meu avô, no fim da vida era nisso tudo que ele pensava.
É estranho, mas esse tipo de música o ritmo sei lá, me lembra alguma coisa também que eu não consigo identificar muito bem, mas pelo que me lembro meu avô ouvia essas músicas quando eu ainda era pequena, é que depois ele ouvia mais clássico, chorinho e tal.
É interessante pensar em como nosso mente funciona né? Agora a pouco andando no corredor do meu trabalho eu senti "cheiro de infância". Sabe aqueles cheiros que você sente e não identifica mas que te levou em um segundo para um determinado momento da sua vida? Pois é, isso acontece as vezes comigo, na verdade com todo mundo, de uma forma ou de outra. É alguma coisa ligada a memória olfatal, acho que é isso(será que existe esse termo?). O fato é que sempre que isso acontece nos sentimos meio estranhos, nostalgicos mesmo, nos sentimos mais velhos do que realmente somos, porque esse lugar pra onde somos transportados algumas vezes parece tão distante, tão remoto. Nós meio que "tocamos" esse passado por um instante, ele nos envolve e nos leva a um lugar estranho que já foi nosso mas não nos pertence mais. Por mais que a gente queira não dá pra entrar em uma máquina do tempo e ir lá pra dar uma espiadinha, tentar entender porque determinados "cheiros" nos fazem ficar felizes ou tristes. Meio doido divagar sobre isso né? Mas fala se não é interessante?!
E claro não falo só de cheiros em relação a olfato, mas a visão, audição, enfim, todos os nossos sentidos "trabalham" em nos trazer lembranças. As músicas do Roberto Luna por exemplo tiveram "cheiro" de vô. Não só porque eu ando lembrando muito dele esses dias, mas porque ativaram minha lembrança mesmo. Aquela coisa meio "Déjà Vu". Sei que agora que encontrei essas músicas vou entregar pessoalmente ao meu tio/avô, vou pegar de vô emprestado um pouquinho.
Termino com os versos de um brilhante poeta que fala bem de tudo o que tentei falar, ele simplesmente fala tudo em poucas linhas. Lembrei dele enquanto escrevia.
" No fim tu hás de ver que as coisas mais leves são as únicas
que o vento não conseguiu levar:
um estribilho antigo,
um carinho no momento preciso,
o folhear de um livro de poemas,
o cheiro que tinha um dia o próprio vento..."
Mário Quintana
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Prova do Enade em Divinópolis - Um espetáculo de desorganização
Depois do como sempre, brilhante post do meu amigo Ricardo Welbert sobre o tema(http://ricardowelbert.blogspot.com/2009/11/prova-do-enade-em-divinopolis-ofuscada.html), sobrou pouco pra dizer, mas mesmo assim quero deixar algumas observações.
Para quem está completamente por fora do assunto, no último domingo tivemos uma prova nacional, o Enade, que avalia as instituições de ensino. Eu e mais uma galera fizemos a prova em Divinópolis/MG em uma escola chamada Joaquim Nabuco. Pois bem, nós tentamos fazer a prova, porque bem na hora da prova no mesmo dia, no mesmo horário aconteceu uma parada gay, bem em frente a escola. Sim, em frente mesmo, tinha um trio elétrico, com som no último volume, fazendo as paredes da escola tremerem. Agora imagina você fazendo uma prova, com um bocado de questões bem pesadas, com muita coisa pra ler, que exigia muita concentração, com um "barulhinho" desse na sua cabeça. Pois é, a minha foi uma das piores, porque era a que dava pra rua, e a gente tinha a senssação de que tinha uma britadeira na nossa cabeça, só isso.
Depois de um tempo, uma meia hora de prova o diretor foi de sala em sala explicando a situação. Eles tinham um alvará, e por isso não poderiam fazer nada. Agora eu me pergunto, será que a polícia não sabia que haveria a aplicação da prova do Enade ali naquela escola? Com certeza sabia, o que nos leva a uma possibilidade apenas, facilitação pra o evento, o famoso "jeitinho brasileiro". Eu poderia estar muito enganada, mas nesse caso não, entendo um pouquinho disso, o suficiente pra saber que quando se libera um alvará tem que se verificar todos os eventos no mesmo dia, checar tudo e ver se o evento pode ser realizado. Pois é, eu não quero nem entrar na questão de mais ou menos importante. Mas essa prova já estava agendada a um tempinho né? Com certeza, então como é ninguém soube? A direção da escola também tem lá sua culpa, temos que considerar isso. Apesar da boa vontade do diretor, que explicou tudo, e no fim eu até conversei um pouco com ele e vi que ele realmente estava de mãos atadas. Mas assim como a direção dessa "parada" a direção da escola deveria ter checado melhor isso também, porque aí dava tempo de ir contra, já que a data da prova não poderia mudar, mas o a "parada" sim.
Pois bem, fica aqui meu protexto, para essas pessoas que "pregam" tanto o respeito mas são os primeiros a desrespeitarem. E pra que? Pra um evento completamente sem propósito pelo pouco que eu vi, ou melhor, ouvi. Um "batidão" direto, sem muitas palavras, sem conteúdo, que só pegaria mesmo uns desavisados que queriam mais era fazer uma "farrinha". Sei lá, acho que poderiam ter aproveitado melhor o tempo deles, afinal eles destruiram uma prova por nada, só pra "divertir" umas pessoas. Cadê todo o discurso deles? E não é questão de aceitar ou não a "escolha" deles não, nem entro nisso agora. Mas é questão de dar alguma coisa útil para ser discutida, sei lá. Eles pedem tanto por "voz" e quando tem não usam.
Eu sei que a maioria das pessoas não liga muito pra essa prova do Enade não, afinal vale ponto só pra instituição. Mas eu me importo sim e sei que não sou a única, mas pelo que percebi quando conversei com o diretor, somos minoria mesmo, porque pelo que falaram ninguém costuma reclamar de nada, por pior que seja, ninguém se importa. Percebi que ficaram positivamente surpresos com o interesse. Eu acho que muito importante sim, para as instuições de ensino serem avaliadas, e no fim das contas nós ganhamos com isso, porque se não estiverem bem podem ser ajudadas pelo governo, ou podem melhorar o que já está bom. E não é só por "consciência" do governo não, o país é avaliado muito por essa questão, o índice de desenvolvimento humano depende disso, e eles querem ficar bem lá fora, ainda mais agora com copa, olimpíadas, enfim. Pelo menos é o que se espera né? Não por isso, mas pelo Brasil mesmo, pelo povo. Se não for pedir demais. E se essa prova existe é sinal de que a preocupação com a educação, mesmo que em pequena escala, existe, e nosso papel e aproveitar esse tipo de "incentivo" que é tão raro.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
O que posso dizer.. sobre meu avô
Faz tempo já que quero falar um pouquinho do meu avô, até porque eu devo muito do que sou a ele, das minhas conquistas nem tão grandes assim ainda, mas que estão sendo cuidadosamente plantadas. Nas muitas vezes que já pensei em desistir eu pense(entre outras pessoas), nele, no quanto ele ficaria orgulhoso se me visse agora.
É difícil saber por onde começar. Sabe aquela pessoa incrível que marca sua vida e a de todas a sua volta, pois é, é ele. Ele foi um pai, um amigo, um avô incrível. Tenho muitas coisas pra contar sobre ele, mas tem uma muito especial. Bom pra entenderem melhor vou contar um pouco da história dele, brevemente, prometo.
A família do meu avô era de uma família humilde, a mãe era costureira, o pai nunca ajudava em nada em casa, então quem mantia todas as espesas era a mãe. Ela começou a costurar pra fora cada vez mais para manter a família, que era bem grande, e além do marido não ajudar em nada ele a traía. Sei que no fim das contas ele teve um filho com uma das mulheres e minha bisavó ainda criou ele. Não preciso nem falar que meu avô nunca gostou desse pai né?
Pois bem vamos viajar para o futuro. Meu avô conseguiu vencer na vida, se tornou gerente do Banco Real. E isso porque ele estudou só até a antiga 4ª série, ele brincava que se tivésse estudado mais tinha sido dono do banco, eu não duvido. Bom, mas voltando ele estudou e o destino o trouxe aqui pra Cláudio onde conheceu a minha avó. Se apaixonaram e casaram. No dia do casamento deles aconteceu uma coisa incrível! Minha vó conta que quando o casamento acabou ele ficou lá, ajoelho no altar, sozinho e ela nunca entendeu porque. Muito tempo depois ela perguntou o que ele ficou fazendo. A resposta? Estava rezando, ele pediu a Deus para que se por acaso ele fosse trair a vovó e fazê-la infeliz como o seu pai tinha feito sua mãe, para que Deus tirasse a vida dele naquele momento. Fala se não é lindo?! E o resultado? Ele viveu pra fazer a vovó e a família feliz. Acolheu a mim e a minha mãe com nossas vidinhas conturbadas e todos sempre que precisaram.
Não vemos mais homens assim como antes, sim é claro que vemos, homens tementes a Deus, fiéis, sim, eles existem (e eu estou esperando o meu), mas são bem raros. Não vemos mais tanta abnegação, isso sim é amor de verdade. Abnegação das duas partes na verdade né? Minha avó também renunciou algumas coisas, foi uma troca, por exemplo deixou de trabalhar fora, que era uma coisa que ela queria. Meu avô saiu de Frutal, uma das cidades entre as tantas que moraram e onde nasci, e voltou para Cláudio por amor a minha avó. Ele tinha toda a vida dele lá, amigos, a casa deles e tudo que ele gostava tava lá. Ele costuma viajar muito com os amigos para pescar, sair pra bater papo mesmo, beber a famosa cervejinha que ele tanto gostava, enfim, ele tava em casa. Até que ele começou a perceber minha avó triste e perguntou o que ela queria, o que faltava pra ela ser feliz, e ela, disse que queria voltar para Cláudio, para junto da família. Preciso falar o que ele fez? Mais do que depressa organizou tudo, vendeu a casa por um preço bem inferior ao real(porque a casa era muito grande, muito boa), e votaram para Cláudio.
Com a pressa em mudar por causa da minha avó, como disse ele não calculou muito bem o valor da casa e por isso quando chegaram em Cláudio não conseguiu comprar uma casa como queria. O dinheiro foi acabando e eles nunca mais tiveram uma casa própria, mas pra ele tudo bem, a vovó tava feliz, os filhos criados, crescendo na vida, era tudo que ele queria. Só tinha uma coisa que ele queria muito e que não aconteceu.
Antes de sair de Frutal, uns anos antes na verdade ele foi demitido sem justa causa do banco e não recebeu nenhum dos seus direitos e se aposentou com a uma quantia bem inferior a que ele realmente tinha direito. Ele sonhou com isso a vida inteira, mas infelizmente nunca chegou a ver a cor desse dinheiro, o processo durou mais de 15 anos, pelas minhas contas quase 20 na verdade. Essa é a nossa justiça, nem a idade do meu avô fez com que acelerassem o processo.
Pouco tempo depois que ele morreu o dinheiro saiu. Na época que ele morreu eu não estava aqui em Cláudio. Morei a vida inteira com ele mas quando ele morreu eu estava a uns meses morando em Rio Preto/SP. Quase um ano depois eu voltei para Cláudio e acompanhem o fim do processo para conseguir o dinheiro que meu avô tinha direito, até ajudei no processo, dando uma prensa no advogado, coisa que jamais tinha me imaginado fazendo. Sério, eu dei a maior broca nele, basicamente o chamei de irreponsável. Não deu outra, depois desse dia ele ficou mansinho comigo e com minha mãe e aí foi pouco tempo para o dinheiro sair. Ele saiu, uma quantinha bem inferior do que o que meu avô tinha esperado e morreu esperando. Aquele dinheiro pra mim teve um gosto de féu, se eu fosse a única herdeira dele(só uma hipótese, mega remota), eu não ia querer nada dele, porque ele foi uma das razões da tristeza do meu avô nos seus últimos tempos de vida. Aliás foi um dos maiores culpados da sua tristeza durante metade de sua vida praticamente. Mas tudo bem, o dinheiro saiu para minha avó e tem nos valido, a ela e aos filhos quando precisam, e isso era tudo que meu avô queria, poder ajudar os filhos com essa dinheiro, também queria comprar uma casa, mas o dinheiro não chega nem perto de realizar esse sonho dele.
Enfim, eu poderia ficar aqui dizendo mil coisas sobre meu avô, mas o essencial eu já disse. Só posso completar que ele foi um homem incrível, e que mesmo que ele não possa ter deixado a herança financeira que ele tanto queria, o que ele deixou dinheiro nenhum no mundo paga. Ele nos deixou um exemplo de honestidade, respeito. Ele trabalhou uma vida inteira no banco e nunca fez nada de que pudésse se envergonhar, foi honesto, só recebeu aquilo que lhe era de direito. Ele podia ter ficado rico como alguns colegas, se fosse desonesto, felizmente ele nunca foi. Aprendeu com o pai a ser o avesso dele, a ser justo, fiél e do jeito dele, transbordar amor para todos os lados. Enfim, eu tive o melhor avô do mundo, tive nele o pai que não encontrei no meu, o mais sábio, mais leal. Ah... Deixa eu parar por aqui antes que desabe.
E essa é só uma pequena parte da história de Geraldo Magela de Oliveira Castro, o melhor homem que já conheci, e que eu vou amar eternamente.
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Cultura interiorana
Ontem tive um dia, ou melhor uma noite muito proveitosa. Fui para a faculdade para assistir as duas últimas aulas de uma matéria bem chata, com uma professora que não colabora nada também, mas ok, tinha que ir porque se faltar mais uma vez que seja eu fico na matéria por falta. Só assim pra ela fazer alguém assistir aula com ela, com a ameaça de pegar dependência por causa de falta e repetir essa matéria por causa de falta é osso.
Bom mas antes da aula dela a noite tava boa. Conversei muito com um amigo sobre um projeto que quero fazer aqui na minha cidade, a nem tão pacata Cláudio. E por causa disso entramos em uma discussão muito interessante sobre a questão cultural em cidades interioranas. Conversamos sobre como existe uma cultura como posso dizer, um tanto fechada, vou tentar explicar. As pessoas não aceitam muito bem coisas novas. Ele usou um exemplo que é bem simples e explica bem. Se uma pessoa em São Paulo resolve usar uma roupa mega diferente(tipo até uma saia com uma meia calça amarrada na cintura como se fosse um cinto e um chapéu em forma de capitão caverna vestido de Carmen Miranda), sim as pessoas estanhariam, até eu estranhei minha ideia. Mas enfim, o que quero dizer é que sim, as pessoas estranhariam mas não ligariam muito, e com o tempo alguns até poderiam imitar. Agora experimenta fazer isso no interior? As pessoas vão rir de você até babar, vão apontar e perguntar quem é o "e.t" que inventou aquilo.
Eu sei por experiência própria, eu nunca fui de seguir moda, nem regrinhas sociais(não as idiotas claro), nunca fui de aprontar, muito pelo contrário sempre fui quieta demais. O que quero dizer é que não me importava muito em deixar de fazer alguma coisa só porque as pessoas acham estranho. Por exemplo, uma coisa idiota, tem nada a ver com as regras socias que falei, mas pra pessoal de interior é quase isso. Uma vez, quando era nova ainda, sai com uma sombrinha no sol, pra tampar do sol, sombrinha, sol, normal. Mas para quem viu a cena não foi, ficaram tirando a maior onda com a minha cara, dizendo coisas do tipo: "que chuva!" Sabe? Muito idiota, mas eu não liguei, apesar de que era adolescente na época e como uma adolescente ficar um pouco sem graça sim. Um exemplo tosco com já disse, mas é só uma coisa mínima pra ajudar a entender todo o resto.
Tanto aqui como na maioria das cidades de interior, acredito, existe essa mentalidade pequena. E mais ainda se aquela pessoa só conviveu com aquilo a vida inteira, só aquela vidinha de concluir o segundo grau, arrumar um tabalho, casar e ter filho(não necessariamente nessa ordem nem com todas as etapas). Claro, alguns fazem faculdade também, aliás aqui muita gente faz sim, mas na proporsão que se esperaria. Mas é isso sabe. Conversando com o meu amigo eu comecei a pensar em como seria minha vida se eu não tivesse morado pelo menos um tempinho fora daqui. Eu nasci em outra cidade e vim pra cá com 5 anos e meio, aqui fiquei até meus 19 anos, morei um ano e meio fora e voltei com 20. Foi pouquíssimo tempo morando fora daqui, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, mas o que esse pouco tempo modificou minha vida é fato. Antes de ir pra lá eu não tinha qualquer pespectiva de futuro, não tinha noção de como seria minha vida. Acho mesmo que não seria nada demais. Eu estava sem emprego, sem estudar, porque fazia supletivo e só tinha na cidade visinha e não tinha como ir direto, e sem ânimo nenhum também. Não via nada interessante aqui que pudésse me ajudar. Eu tava muito pra baixo.
Um belo dia meus tios foram passar o natal aqui em Claúdio e comecei a conversar com minha tia. Conversávamos sobre o que ia fazer da vida, falamos dos estudos, disse que tava parada, por causa do que já falei e ela me perguntou porque não ia para Rio Preto, para a casa dela que lá tinha bons supletivos e poderia concluir lá. Disse que era complicado, que queria muito mas não tinha como. Nesse momento meu tio chegou e perguntou: " o que falta para você ir para Rio Preto?" Disse que era grana e ele falou que não faltava mais, ia me ajudar lá enquanto precisasse. Então em menos em dois dias, eu acho, eu arrumei minhas coisas e mesmo sabendo que ficaria longe da minha mãe, dos meus avós e dos poucos amigos que tinha, eu fui, com a cara e com a coragem, certa de que não teria outra chance como aquela.
E foi nesse ponto que começamos a refletir sobre a questão cultural no interior. Porque acho mesmo que falta muita opção de cultuta em muitos lugares, aqui cultura basicamente não existe. Cultura aqui quase que é só ir pra um boteco no fim de semana e encher a cara, usar droga, quebrar garrafa, e não estamos falando só de periferia não, é uma cultura geral. E não os culpo completamente, não tem nenhuma opção de cultura mesmo. Tava falando com ele sobre como queria ajudar nesse sentido aqui, trazendo coisas novas, culturas como Hip Hop que ajudam nesse sentido de estravasar essa carga negativa, e trasformar numa coisa bacana. Enfim, dá pra fazer tanta coisa. Mas pra dar certo as pessoas tem que conseguir "abrir a mente", se não fracassa antes de começar. Se olharem pra isso como olharam pra minha "sombrinha", aí a coisa não funciona. É preciso abraçar a oportunidade, como eu fiz, mesmo sem ter ideia do quanto a minha decição me ajudaria futuramente. Se as pessoas não tiverem a mentalidade de crescer mesmo, de entender que tem muito mais coisa interessante na vida que festa, farra e droga, as coisas não mudam. E nesse caso podem ser oferecidas grandes oportunidades que nada vai mudar.
Eu sonho em ver minha cidade melhor nesse sentido e que futuramente possa até servir de espelho para outras cidades que vivem da mesma forma, quase que "paradas no tempo". Não quero generalizar a coisa, é claro que tem muita gente com uma boa visão cultura e sem visão cultural nenhuma em todos os lugares, mas é que no interior isso fica mais marcado mesmo. Mas as coisas sempre podem mudar e eu ainda espero ver muita coisa mudar, a começar por aqui. Porque como já disse em um post uma vez, não é a cidade que escolhi, mas que me escolheu e eu quero ajudar a deixar alguma marca nela, como ela deixou em mim, de uma forma, ou de outra.
Bom mas antes da aula dela a noite tava boa. Conversei muito com um amigo sobre um projeto que quero fazer aqui na minha cidade, a nem tão pacata Cláudio. E por causa disso entramos em uma discussão muito interessante sobre a questão cultural em cidades interioranas. Conversamos sobre como existe uma cultura como posso dizer, um tanto fechada, vou tentar explicar. As pessoas não aceitam muito bem coisas novas. Ele usou um exemplo que é bem simples e explica bem. Se uma pessoa em São Paulo resolve usar uma roupa mega diferente(tipo até uma saia com uma meia calça amarrada na cintura como se fosse um cinto e um chapéu em forma de capitão caverna vestido de Carmen Miranda), sim as pessoas estanhariam, até eu estranhei minha ideia. Mas enfim, o que quero dizer é que sim, as pessoas estranhariam mas não ligariam muito, e com o tempo alguns até poderiam imitar. Agora experimenta fazer isso no interior? As pessoas vão rir de você até babar, vão apontar e perguntar quem é o "e.t" que inventou aquilo.
Eu sei por experiência própria, eu nunca fui de seguir moda, nem regrinhas sociais(não as idiotas claro), nunca fui de aprontar, muito pelo contrário sempre fui quieta demais. O que quero dizer é que não me importava muito em deixar de fazer alguma coisa só porque as pessoas acham estranho. Por exemplo, uma coisa idiota, tem nada a ver com as regras socias que falei, mas pra pessoal de interior é quase isso. Uma vez, quando era nova ainda, sai com uma sombrinha no sol, pra tampar do sol, sombrinha, sol, normal. Mas para quem viu a cena não foi, ficaram tirando a maior onda com a minha cara, dizendo coisas do tipo: "que chuva!" Sabe? Muito idiota, mas eu não liguei, apesar de que era adolescente na época e como uma adolescente ficar um pouco sem graça sim. Um exemplo tosco com já disse, mas é só uma coisa mínima pra ajudar a entender todo o resto.
Tanto aqui como na maioria das cidades de interior, acredito, existe essa mentalidade pequena. E mais ainda se aquela pessoa só conviveu com aquilo a vida inteira, só aquela vidinha de concluir o segundo grau, arrumar um tabalho, casar e ter filho(não necessariamente nessa ordem nem com todas as etapas). Claro, alguns fazem faculdade também, aliás aqui muita gente faz sim, mas na proporsão que se esperaria. Mas é isso sabe. Conversando com o meu amigo eu comecei a pensar em como seria minha vida se eu não tivesse morado pelo menos um tempinho fora daqui. Eu nasci em outra cidade e vim pra cá com 5 anos e meio, aqui fiquei até meus 19 anos, morei um ano e meio fora e voltei com 20. Foi pouquíssimo tempo morando fora daqui, em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, mas o que esse pouco tempo modificou minha vida é fato. Antes de ir pra lá eu não tinha qualquer pespectiva de futuro, não tinha noção de como seria minha vida. Acho mesmo que não seria nada demais. Eu estava sem emprego, sem estudar, porque fazia supletivo e só tinha na cidade visinha e não tinha como ir direto, e sem ânimo nenhum também. Não via nada interessante aqui que pudésse me ajudar. Eu tava muito pra baixo.
Um belo dia meus tios foram passar o natal aqui em Claúdio e comecei a conversar com minha tia. Conversávamos sobre o que ia fazer da vida, falamos dos estudos, disse que tava parada, por causa do que já falei e ela me perguntou porque não ia para Rio Preto, para a casa dela que lá tinha bons supletivos e poderia concluir lá. Disse que era complicado, que queria muito mas não tinha como. Nesse momento meu tio chegou e perguntou: " o que falta para você ir para Rio Preto?" Disse que era grana e ele falou que não faltava mais, ia me ajudar lá enquanto precisasse. Então em menos em dois dias, eu acho, eu arrumei minhas coisas e mesmo sabendo que ficaria longe da minha mãe, dos meus avós e dos poucos amigos que tinha, eu fui, com a cara e com a coragem, certa de que não teria outra chance como aquela.
E foi nesse ponto que começamos a refletir sobre a questão cultural no interior. Porque acho mesmo que falta muita opção de cultuta em muitos lugares, aqui cultura basicamente não existe. Cultura aqui quase que é só ir pra um boteco no fim de semana e encher a cara, usar droga, quebrar garrafa, e não estamos falando só de periferia não, é uma cultura geral. E não os culpo completamente, não tem nenhuma opção de cultura mesmo. Tava falando com ele sobre como queria ajudar nesse sentido aqui, trazendo coisas novas, culturas como Hip Hop que ajudam nesse sentido de estravasar essa carga negativa, e trasformar numa coisa bacana. Enfim, dá pra fazer tanta coisa. Mas pra dar certo as pessoas tem que conseguir "abrir a mente", se não fracassa antes de começar. Se olharem pra isso como olharam pra minha "sombrinha", aí a coisa não funciona. É preciso abraçar a oportunidade, como eu fiz, mesmo sem ter ideia do quanto a minha decição me ajudaria futuramente. Se as pessoas não tiverem a mentalidade de crescer mesmo, de entender que tem muito mais coisa interessante na vida que festa, farra e droga, as coisas não mudam. E nesse caso podem ser oferecidas grandes oportunidades que nada vai mudar.
Eu sonho em ver minha cidade melhor nesse sentido e que futuramente possa até servir de espelho para outras cidades que vivem da mesma forma, quase que "paradas no tempo". Não quero generalizar a coisa, é claro que tem muita gente com uma boa visão cultura e sem visão cultural nenhuma em todos os lugares, mas é que no interior isso fica mais marcado mesmo. Mas as coisas sempre podem mudar e eu ainda espero ver muita coisa mudar, a começar por aqui. Porque como já disse em um post uma vez, não é a cidade que escolhi, mas que me escolheu e eu quero ajudar a deixar alguma marca nela, como ela deixou em mim, de uma forma, ou de outra.
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Tempos Modernos
Esse é o título de um famoso filme de Charles Chaplin, brilhante por sinal. É incrível como ele teve uma visão tão inovadora naqueles tempos, e mais incrível ainda é que mesmo sendo antigo esse filme seja cada vez mais atual. Afinal esses novos tempos modernos, nos forçam a levar uma vida cada vez mais corrida, "mecânica".
É incrível como corremos para tudo. Eu digo de causa própria. Acordo as 6:30, corro para o trabalho, ás 7 já estou no trabalho e aí vou até as 11:30, quando saio para almoçar. No minha período de almoço, eu tenho que arrumar minhas coisas para a faculdade, quando não tenho que fazer trabalho, almoçar, tomar um banho,quando não tenho que lavar a "juba"(o que dá leve bastante tempo, por causa do tamanho dela), engulo a comida e aí corro de volta para o trabalho. Volto à 13:00, fico no trabalho até as 17:00. Do meu trabalho eu vou pegar o ônibus para a faculdade(quando não passo em casa, porque quando passo é outra correria). Aí eu entro no ônibus às 17:45, que corre para a faculdade. Lá eu fico até as 23:00, pego o ônibus de volta para a minha cidade e chego em casa 00:00. Aí finalmente eu dormo, pra no outro dia começar tudo de novo.
Essa "coisa" toda de ser moderno é boa por lado e ruim por outro. Sim, primeiro que não dá para fugir disso e segundo que é necessário, se a gente não lida com isso fica parado no tempo, não vive. Mas o lado ruim é que a gente fica sempre tão preocupado com ganhar dinheiro, ser competênte e blá blá blá blá, que esquece de coisas pequenas que fazem a vida muito mais feliz, a-cor-da a vida. Por exmplo, agora mesmo eu tava admirando uma pererequinha que tava aqui em frente ao meu trabalho, uma graça, pequenininha. Ela tava custando a pular porque o piso aqui da galeria é de ardósia e ela tava escorregando. Tava muito bonitinha, eu até filmei ela um pouquinho. Aí veio um tosco da acadêmia ao lado e empurrou ela com a vassora e eu acho que matou ela. E pior que a culpa foi meio que minha porque eu chamei a atenção pra ela, até então ninguém tinha nem visto ela ainda.
É disso que eu to falando sabe? Ninguém tem mais tempo, ninguém se importa com essas coisas que "acordam" a vida, colorem. A vida fica muito vazia se a gente pensa só em trabalhar, pra comer, vestir, se "divertir". Tem tanta coisa que nos faz feliz e que tá aí na nossa frente, de graça!!
Domingo passado por exemplo eu fui com um amigo para uma serra aqui na minha cidade mesmo. Entramos no mato, me arrenhei nos espinhos, tirei mil fotos. Enfim, foi bom demais, andei demais, cheguei morta de cansaço, mas feliz, leve.
Eu admirando a beleza da minha terrinha.
Eu acho que melhor mesmo é ser moderno, sem perder a essência de "caipira", no sentido de ser do mato mesmo, da terra. Entender o quando é bom ter contato com essa coisa linda que Deus nos deu e tantas outras coisas. Parar pra ver uma criança brincando, um passarinho cantando, a vida acontecendo com toda a sua beleza, em cada detalhe.
Fácil não é, mas é possível. E quanto mais perto chegarmos dessas coisas, "simples", melhor será para todos. Além de sermos seres humanos mais felizes, seremos mais conscientes também. Porque a gente não dá valor as coisas até ver o quanto são importantes. Se pararmos para pensar dá para enteder porque o ser humano não cuida da própria terra. Ele não para pra admirar, para observar, e ver o quando é importante, pelo menos a maioria das pessoas não. E como vamos valorizar uma coisa que não nos é familiar? Não adianta nada esse monte de campanha ambiental se não pararmos para ver, entender, tocar. É preciso ser moderno sem deixar de ser humano.
sexta-feira, 16 de outubro de 2009
Um pouco de bom senso afinal
Parece que os padrões da moda estão mudando, finalmemte!
Duas das principais revistas de moda do mundo, estão defendendo os padrões de beleza mais "naturais", da mulher comum, não dá "midiática". A revista Glamour divulgou uma foto polêmica de uma modelo com a barriguinha saliente a mostra.
E a revista "Brigitte" anunciou que não vai colocar fotos de modelos magérimas em suas páginas e sim de pessoas "comuns", porque para ela, mostrar as modelos afastava as leitoras de sua revista.(Se quizer saber mais leia a notícia em http://br.noticias.yahoo.com/s/05102009/48/entretenimento-revistas-apelam-gordinhas-busca-da.html)
Já não era sem tempo não é? Demorou até demais para entender que não dá para atrair muitas leitoras estampando na capa das revistas um modelo de mulher inatingível. É até desumano o que essas modelos passam para atingir esse dito "padrão de beleza", e igualmente desumano é esfregar isso na cara das pessoas, como se esse fosse o único padrão aceitável. Será que ninguém pensa que a realidade é bem outra? Que a maioria das mulheres não tem tempo para ficar malhando em um acadêmia, e não quer passar fome para emagrecer? Nem pode.
É muito bom mesmo que comecem a pensar nas pessoas, nas mulheres principalmente, como pessoas reais, não "cabides" ou objetos. Temos sangue correndo em nossas veias, não somos um reflexo da mídia, temos desejos, sonhos, sentimos fome, frio, cansaço. E todas temos biotipos diferentes. Nem todas mundo fica bem magras, algumas nunca vão ser muito magras, não é o tipo físico ideal para todas. E não é isso que torna uma pessoa feia ou bonita, cada pessoa é bela a sua maneira.
Sou a favor da liberdade, liberdade de viver e ser feliz sem que lhe digam que você tem que pesar "50 quilos" para conseguir isso. Isso também é uma forma de ditadura, a "ditadura da beleza"(eu sei que já vi esse termo em algum lugar, mas não lembro onde, por isso, vai faltar a fonte).
O que a mídia faz é criar mulheres depressivas, insatisfeitas com o próprio corpo e com elas mesmas, e isso não é nada justo. É de mulheres reais que o mundo é feito, e são elas que "movem esse mundo", com o suor do seu trabalho, carregando um "mundo" nas costas para educar seus filhos, sustentar, acalentar. As belas modelos que estampam as capas de revistas que me perdoem, mas suas vidas não são lá muito reais, e sim uma ilusão, que acaba bem cedo. Um dia elas acordarão e verão seus rostos marcados de rugas e os pneusinhos aparecendo, tal qual a modelo da capa da "Glamour".
Por isso que se irritem se quizerem de perderem seus postos para as mulheres "reais", sou muito mais elas, nós(porque me incluo também, claro). Sou muito mais a verdade, sem máscaras, sem ter que ficar dependendo de fotoshop. Sem radicalismo, fotoshop é muito útil, claro, mas use com moderação.
Viva a mulher "real", viva a mulher brasileira com toda a sua beleza e naturalidade! Viva o "ser diferente"! Viva todas as pessoas que acreditam que a beleza interior também conta muito(para homens e mulheres)! Viva a "vida real", com toda a sua simplicidade e beleza!
Duas das principais revistas de moda do mundo, estão defendendo os padrões de beleza mais "naturais", da mulher comum, não dá "midiática". A revista Glamour divulgou uma foto polêmica de uma modelo com a barriguinha saliente a mostra.
E a revista "Brigitte" anunciou que não vai colocar fotos de modelos magérimas em suas páginas e sim de pessoas "comuns", porque para ela, mostrar as modelos afastava as leitoras de sua revista.(Se quizer saber mais leia a notícia em http://br.noticias.yahoo.com/s/05102009/48/entretenimento-revistas-apelam-gordinhas-busca-da.html)
Já não era sem tempo não é? Demorou até demais para entender que não dá para atrair muitas leitoras estampando na capa das revistas um modelo de mulher inatingível. É até desumano o que essas modelos passam para atingir esse dito "padrão de beleza", e igualmente desumano é esfregar isso na cara das pessoas, como se esse fosse o único padrão aceitável. Será que ninguém pensa que a realidade é bem outra? Que a maioria das mulheres não tem tempo para ficar malhando em um acadêmia, e não quer passar fome para emagrecer? Nem pode.
É muito bom mesmo que comecem a pensar nas pessoas, nas mulheres principalmente, como pessoas reais, não "cabides" ou objetos. Temos sangue correndo em nossas veias, não somos um reflexo da mídia, temos desejos, sonhos, sentimos fome, frio, cansaço. E todas temos biotipos diferentes. Nem todas mundo fica bem magras, algumas nunca vão ser muito magras, não é o tipo físico ideal para todas. E não é isso que torna uma pessoa feia ou bonita, cada pessoa é bela a sua maneira.
Sou a favor da liberdade, liberdade de viver e ser feliz sem que lhe digam que você tem que pesar "50 quilos" para conseguir isso. Isso também é uma forma de ditadura, a "ditadura da beleza"(eu sei que já vi esse termo em algum lugar, mas não lembro onde, por isso, vai faltar a fonte).
O que a mídia faz é criar mulheres depressivas, insatisfeitas com o próprio corpo e com elas mesmas, e isso não é nada justo. É de mulheres reais que o mundo é feito, e são elas que "movem esse mundo", com o suor do seu trabalho, carregando um "mundo" nas costas para educar seus filhos, sustentar, acalentar. As belas modelos que estampam as capas de revistas que me perdoem, mas suas vidas não são lá muito reais, e sim uma ilusão, que acaba bem cedo. Um dia elas acordarão e verão seus rostos marcados de rugas e os pneusinhos aparecendo, tal qual a modelo da capa da "Glamour".
Por isso que se irritem se quizerem de perderem seus postos para as mulheres "reais", sou muito mais elas, nós(porque me incluo também, claro). Sou muito mais a verdade, sem máscaras, sem ter que ficar dependendo de fotoshop. Sem radicalismo, fotoshop é muito útil, claro, mas use com moderação.
Viva a mulher "real", viva a mulher brasileira com toda a sua beleza e naturalidade! Viva o "ser diferente"! Viva todas as pessoas que acreditam que a beleza interior também conta muito(para homens e mulheres)! Viva a "vida real", com toda a sua simplicidade e beleza!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Vale-cultura foi votado ontem
Foi votado ontem o projeto do vale-cultura. O projeto prevê aos trabalhadores um vale de 50,00 mensais para serem gastos com cultura. A questão era saber se esse vale seria dado em dinheiro ou em um cartão magnético, ganhou o cartão magnético por enquanto. Mas para virar lei, o projeto ainda deverá ser aprovado pelo Senado e por Lula. As empresas podem aderir ou não ao projeto, sendo que será descontado do funcionário que ganha até 5 salários mínimos, 10% do valor do vale e será estendido a pessoas com deficiência até 7 salários. Os funcionários que recebem salários superiores, podem ter o benefício, mas terão um desconto maior, entre 20 e 90% do vale. (dados do site de notícias G1)
Pois bem, a lei foi votada, pelo que tudo indica será aprovada, mas e aí, o que vai mudar de fato para o trabalhador? Se aprovado e se for aderido pelas empresas, isso pode ser bom sim para incentivar a buscar por cultura aqueles que não estão muito familiarizados com ela. Por falta de grana muitas vezes? Sim, mas por falta de incentivo também, de hábito, enfim, por vários motivos.
A questão toda é, será que as empresas vão "comprar" a ideia. Venhamos e convenhamos, uma empresa que mal paga um salário mínimo para o empregado não vai querer pagar um vale-cultura também. Ou seja, pode ser que esse projeto acabe por não beneficiar quem seria o foco dele, as pessoas que realmente não tem condições de investir em cultura. Se a questão é beneficiar os trabalhadores de baixa renda(principalmente), esse projeto pode não ter êxito, pelo menos não nos atuais moldes.
Outra coisa, falaram em dar o vale-cultura em dinheiro. É óbvio que não ia funcionar. Para um trabalhador que mal tem dinheiro para pagar suas contas, qualquer dinheiro que entre acaba ficando para "tapar algum buraco", uma conta de luz, gás, tudo, menos cultura. Por isso eu acho que foi bem sensata a decisão de dar o vale-cultura através do cartão magnético, assim ele cumpre bem melhor o seu papel. Mas também não é garantia de um uso correto né? Se não for um cartão pessoal, os créditos podem ser simplesmente vendido para outra pessoa e pronto, quem não tinha acesso a cultura vai continuar não tendo se puder optar por isso.
Segundo Manuela D'Ávila o projeto não institui um "dirigismo cultural", o que significa que o Estado não vai controlar o tipo de cultura que poderá ser gasto com o vale.(site terra) Mas como não? Alguma definição vai ter que existir não é? Como as pessoas vão saber onde o vale será aceito? Se ficar assim as pessoas vão chegar em qualquer supermercado e usar, pronto, quem é que vai impedir isso? É preciso que se tenha um pouco desse "dirigismo" sim. Se não vão ficar todos perdidos, as pessoas, as instituições, enfim. É dito que esse vale poderá ser usado em peças de teatro, cinema, livros, e outros.. Aí é que mora o perigo. É bom que definam muito bem esses outros senão vai ficar tudo bem confuso. É o que eu acho.
É, agora é esperar pelas "cenas do próximo capítulo". Conhecendo o Brasil e o famoso "jeitinho brasileiro", tudo pode acontecer.
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Sem inspiração
Sabe qual é o desespero de um(a) blogueiro(a)? Ficar sem inpiração para escrever, eu acredito. Pois bem, esse é o meu caso. É como se eu olhasse para dentro da minha cabeça e visse só um enorme vazio. As ideias sumiram, sei lá, se esconderam em algum canto que eu não consigo achar, estão trabalhando contra mim, não mais que de repente resolveram fazer greve. Se o caso for aumento de salário estão perdidas porque eu estou falida! Por excesso de trabalho é que não é, ando tão cansada que nem tenho as solicitado tanto. Fora que na última vez que elas trabalharam não fizeram lá grande coisa né?
A grande questão é o que fazer quando isso acontece. Dar um tempo, deixar os neurônios descansarem ou fazer uma expécie de ginastica com eles? Encher eles de informações e ver o que acontece. Talvez estejam sedentários como a dona. Ontem eu fui subir no pé de jaboticaba e comecei a dar caimbra. Será esse o problema com minhas ideias? Falta de exercício?
Essa semana eu estou de folga da faculdade, vou aproveitar para caminhar um pouco, talvez ajude. Se esse for o problema logo saberão, porque semana que vem talvez "alguém" aqui em cima resolva trabalhar. Sedentarismo é fogo mesmo, pelo visto desconserta até as ideias.
Ps: Foto de Isabel Gomes da Silva - Olhares(www.olhares.com)
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Merecemos!!
Bom, eu não podia deixar de falar do assunto do momento né? Rio 2016. Mas é até difícil. Eu confesso que eu não tinha visto muita coisa das campanhas para as olimpíadas no Rio, até porque eu tenho visto pouca TV. Mas o Youtube ajuda nisso, acessei e vi tudo o que pude. Eu fiquei chocada com a qualidade da campanha para sediar os jogos, ficou exelente, como a própria música tema, maravilhosa. Eu nem sei quem foi ou foram os publicitários que fizeram isso, mas eu já sou uma admiradora do trabalho deles, foi uma campanha para marcar mesmo, mostraram a que viemos.
E tirando o trabalho maravilhoso deles, estou feliz demais por tudo que isso representou e vai representar ao povo brasileiro. Sim, porque hoje eu entendo que é importante mesmo, isso vai fazer bem a todos nós, para levantar os animos mesmo. O Brasil é tão discriminado, tão sofrido mesmo, é bom ter alguma coisa que nos faça sentir orgulho de ser quem somos. É claro que temos um milhão de coisas com que nos preocupar, a política, a violência, tanta coisa. Mas temos mil qualidades também, moramos em um país lindo, rico demais, com um povo trabalhador, em sua maioria, criativo ao extremo, e por aí vai. Por isso eu estou muito orgulhosa por todos nós, porque apesar de tudo eu amo meu país e sei que esse é um bálsamo merecido por tudo o que já passamos. Talvez pra muita gente não faça muita diferença agora, mas há de fazer um dia porque isso vai divulgar uma imagem boa do Brasil, se Deus quizer, e consequentemente vai afetar a todos.
Eu confesso que no começo, quando começaram a falar em construções, gastos imensos para sediar as olimpíadas eu fui contra, por um motivo, principalmente, porque vamos ter muitos gastos com isso e o Brasil tem um monte de necessidades mais urgentes. Estamos acostumados a ouvir o tempo todo que falta verba pra quase tudo, de onde saíra todo esse dinheiro então? Mas como eu disse eu era contra, não sou mais, pelos motivos que já mencionei e por um outro, por um efeito colateral de tudo isso. Já pararam para pensar em quanta criança, jovens que vão começar a se interessar por esportes? Mesmo que não seja pra essa olimpíada ainda. E daí se uma criança de 6 anos começar a praticar agora pensando nessa olimpíada? Ela pode não participar, mas se ela começar a praticar um esporte, ótimo, uma criança a menos perdida para o tráfico, para a violência. Para mim só por isso já vai valer a pena. Por isso que venham as olimpíadas e todos os benefícios venham com ela. Parabéns Rio, parabéns Brasil! MERECEMOS!!!
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Meu sonho para o futuro!
Outro dia por curiosidade entrei em uma dessas janelinhas que ficam "pulando" na tela pelo MSN. Era uma campanha da Petrobras que fez um espaço para as pessoas compartilharem sonhos para o futuro. Tinha de tudo, gente que dizia sonhar com uma mulher linda, com carro, enfim, um monte de coisas(apesar de achar que essa não era bem a proposta da Petrobras). Mas uma entre todas as respostas que eu vi, chamou minha atenção, não pelo conteúdo em si, mas por outra coisa. Veja:
O meu sonho para o futuro é ver as crianças alfabetizadas de verdade, não apenas semi-alfabetizadas. É de se questionar o que estão ensinando nas escolas, sei lá, na minha época a educação era melhor. Ok, eu aprendi a ler e escrever basicamente com a minha mãe, mas porque ela desde que eu era nova começou a me ensinar em casa, ela quis fazer isso. Mas mesmo assim em minhas( um pouco vagas já) lembranças da escola eu me lembro de ter aprendido muita coisa(nessa questão da escrita mesmo), até porque nem que minha mãe quizésse ela teria tempo e condições de me ensinar tudo.
Eu não sei, sinceramente é difícil entender para onde vai a verba da educação(na verdade a gente sabe pra onde vai né?). Porque não é possível que se tenha tão pouco, a ponto de não conseguirem investir em profissionais mais preparados, melhor remurenados, com melhores condições mesmo de dar uma educação de qualidade para essas crianças. E quando falo de preparo não estou falando do estudo científico apenas, mas também do conhecimento, do preparo para a realidade das escolas hoje, que não é como sei lá, 10, 20 anos atrás. Hoje em dia é preciso se considerar o crescente aumento da violência escolar que torna a educação um desafio ainda maior. Hoje não é só chegar e dar aula(na minha época já não era assim), é preciso entender mais de psicologia eu diria, muitas vezes, do que outra coisa. E não é preciso ir muito longe como os assassinatos em Columbine para entender isso. Aqui mesmo, e nos dias atuais vemos cada vez mais esse tipo de coisa acontecendo. Alunos que matam professores, alunos que matam outros alunos, ou apenas ameaçam, brigas frequentes, preconceito e mais uma infinidade de violências físicas e morais.
Claro, há de lembrar da mão oposta também nessa violência. Muitos alunos são violentos por consequência de professores violentos. Falo com uma pouca experiência nisso. No primeiro período fizemos um documentário sobre o tema violência escolar. Foi bem interessante, (nem tanto pelo documentário em si que só me fez passar raiva), mas pelas pesquisas que tivemos que fazer, e depois virou um artigo que justamente por causa da raiva que passei com o documentário, resolvi fazer sozinha e no fim das contas deu certo, me salvou em Sociologia.
Mas como dizia, é preciso entender todas as faces da educação, se pensar em como organizá-la, entendê-la, porque a verdade é que parece mesmo que ninguém entende. Não generalizando, mas na maioria das vezes, o que a gente vê são iniciativas aqui e ali(quando tem), mas sem muito apoio, e uma outra parte emburrando como dá, sem planejar, sem uma pesquisa expecífica para a educação de acordo com cada realidade. O que propus humildemente no meu artigo foi entender as partes separadamente, aluno, professor, família e por aí vai, porque acredito que só assim é possível começar a problematizar mais a questão e buscar soluções para o problema educacional.
Bom, eu continuo cá, sonhando com crianças felizes e educadas, e com um governo melhor que pare de criar tanto imposto e comece a pensar mais em como usar o dinheiro que tem(e que não é pouco), para fazer alguma coisa boa para esse povo tão sofrido. Se eu fosse escrever alguma coisa naquele espaço que a Petrobras criou eu escreveria isso, mas não é meu perfil fazer isso não(até porque não acho que resolva nada), prefiro conversar com vocês sobre isso aqui mesmo.
O meu sonho para o futuro é ver as crianças alfabetizadas de verdade, não apenas semi-alfabetizadas. É de se questionar o que estão ensinando nas escolas, sei lá, na minha época a educação era melhor. Ok, eu aprendi a ler e escrever basicamente com a minha mãe, mas porque ela desde que eu era nova começou a me ensinar em casa, ela quis fazer isso. Mas mesmo assim em minhas( um pouco vagas já) lembranças da escola eu me lembro de ter aprendido muita coisa(nessa questão da escrita mesmo), até porque nem que minha mãe quizésse ela teria tempo e condições de me ensinar tudo.
Eu não sei, sinceramente é difícil entender para onde vai a verba da educação(na verdade a gente sabe pra onde vai né?). Porque não é possível que se tenha tão pouco, a ponto de não conseguirem investir em profissionais mais preparados, melhor remurenados, com melhores condições mesmo de dar uma educação de qualidade para essas crianças. E quando falo de preparo não estou falando do estudo científico apenas, mas também do conhecimento, do preparo para a realidade das escolas hoje, que não é como sei lá, 10, 20 anos atrás. Hoje em dia é preciso se considerar o crescente aumento da violência escolar que torna a educação um desafio ainda maior. Hoje não é só chegar e dar aula(na minha época já não era assim), é preciso entender mais de psicologia eu diria, muitas vezes, do que outra coisa. E não é preciso ir muito longe como os assassinatos em Columbine para entender isso. Aqui mesmo, e nos dias atuais vemos cada vez mais esse tipo de coisa acontecendo. Alunos que matam professores, alunos que matam outros alunos, ou apenas ameaçam, brigas frequentes, preconceito e mais uma infinidade de violências físicas e morais.
Claro, há de lembrar da mão oposta também nessa violência. Muitos alunos são violentos por consequência de professores violentos. Falo com uma pouca experiência nisso. No primeiro período fizemos um documentário sobre o tema violência escolar. Foi bem interessante, (nem tanto pelo documentário em si que só me fez passar raiva), mas pelas pesquisas que tivemos que fazer, e depois virou um artigo que justamente por causa da raiva que passei com o documentário, resolvi fazer sozinha e no fim das contas deu certo, me salvou em Sociologia.
Mas como dizia, é preciso entender todas as faces da educação, se pensar em como organizá-la, entendê-la, porque a verdade é que parece mesmo que ninguém entende. Não generalizando, mas na maioria das vezes, o que a gente vê são iniciativas aqui e ali(quando tem), mas sem muito apoio, e uma outra parte emburrando como dá, sem planejar, sem uma pesquisa expecífica para a educação de acordo com cada realidade. O que propus humildemente no meu artigo foi entender as partes separadamente, aluno, professor, família e por aí vai, porque acredito que só assim é possível começar a problematizar mais a questão e buscar soluções para o problema educacional.
Bom, eu continuo cá, sonhando com crianças felizes e educadas, e com um governo melhor que pare de criar tanto imposto e comece a pensar mais em como usar o dinheiro que tem(e que não é pouco), para fazer alguma coisa boa para esse povo tão sofrido. Se eu fosse escrever alguma coisa naquele espaço que a Petrobras criou eu escreveria isso, mas não é meu perfil fazer isso não(até porque não acho que resolva nada), prefiro conversar com vocês sobre isso aqui mesmo.
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Presente para vocês!
Hoje é meu aniversário, mas quero entregar um "presente" para vocês! Esse ano eu já ganhei presentes maravilhosos do meu Deus, aliás eu os recebo todos os dias, mas por vários motivos esse é especial, por isso quero compartilhar um pouquinho dessa alegria com vocês.
Quero desejar a todos vocês, a alegria de uma criança, com toda a sua pureza, tempo e nenhum preocupação, só de ser feliz..
Que seus jardins tenham sempre flores..
Dias ensolarados..
Chuva para regar seu jardim.. ajudar a crescer..
E sabedoria nas tempestades..
Uma coisa boa sobre as tempestades é que elas ensinam muito se são recebidas no "espírito" certo.. Ouvi uma vez uma coisa que nunca esqueci, que: "As dificuldades fazem com que algumas pessoas caiam em prantos e outras caiam em si".. Então aconteça o que acontecer, aceite as tempestades como dádivas disfarçadas..
E tenha fé, não a nada tão grande quando se tem um Deus soberano e fiél ao nosso lado..
Cuitive as verdadeiras amizades..
E vida cada dia como se fosse o último, aproveitando a beleza nas coisas mais simples..
Beijão
Quero desejar a todos vocês, a alegria de uma criança, com toda a sua pureza, tempo e nenhum preocupação, só de ser feliz..
Que seus jardins tenham sempre flores..
Dias ensolarados..
Chuva para regar seu jardim.. ajudar a crescer..
E sabedoria nas tempestades..
Uma coisa boa sobre as tempestades é que elas ensinam muito se são recebidas no "espírito" certo.. Ouvi uma vez uma coisa que nunca esqueci, que: "As dificuldades fazem com que algumas pessoas caiam em prantos e outras caiam em si".. Então aconteça o que acontecer, aceite as tempestades como dádivas disfarçadas..
E tenha fé, não a nada tão grande quando se tem um Deus soberano e fiél ao nosso lado..
Cuitive as verdadeiras amizades..
E vida cada dia como se fosse o último, aproveitando a beleza nas coisas mais simples..
Beijão
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
É quando as folhas caem..
Esses dias foram de extrema reflexão para mim. Sei lá, talvez seja o fato de estar ficando mais velha, tudo parece cada vez mais complexo, urgente, mais sério mesmo. Afinal 23 anos já começam a pesar um pouco, assim como 22 já pesavam né? Mas cada ano que passa trás cada vez mais responsabilidades.
Bom como já tinha dito, nesse último fim de semana comemorei meu aniversário antecipado, comemorei toda uma nova fase na minha vida, que chamei de verão. Bom, para quem viu os dizeres do meu convite fica mais fácil. E para quem não viu eu mostro. Ficou assim:
"Nas nossas vidas estamos sempre mudando de fase, como nas estações; passamos pelo outono(transições), inverno(dificuldades),primavera(mudanças) e verão(a semente boa que resulta de todas as outras estações).
Convido-o a comemorar o meu verão."
Esses foram os dizeres do meu convite, eu criei, de acordo com o que estava sentindo, e como comemorei alguns dias antes do meu aniversário acho que verão foi mais apropriado mesmo. Meio poético, mas eu sempre escrevi poesia, não tinha como ser diferente.
Enfim, quando escrevi tinha esse "verão" em mente, a tradução do convite, mas com o decorrer da festa e depois, no dia seguinte percebi que na verdade eu não estava comemorando o meu verão, mas meu outono. Vou deixar isso mais claro, mas antes preciso fazer algumas considerações.
Eu descobri várias coisas na festa no meu verão/aniversário. Entre elas descobri que essa semente de que falei, a minha semente, ainda não está pronta para brotar, está sendo preparada, ainda precisa passar por mais alguns invernos, mais algumas primaveras, para então ficar forte, firme o suficiente para germinar. Percebi que eu preciso sim deixar uma certa carga emocional para trás, certas "velharias" de "uma Marina" que eu já não sou mais e não quero voltar a ser, mas preciso ao mesmo tempo me manter focada no que eu não quero perder, para não me perder demais de mim, da minha essência e sobretudo não me perder nunca do meu Deus.
É claro que eu nunca vou deixar de amar a Deus, Ele é tudo pra mim, mas tenho aprendido que cultivar esse amor não é uma tarefa tão fácil como parecia a princípio, isso exige tempo, paciência, enfim, é um aprendizado diário. Todo amor precisa disso, o amor entre familiares, amigos, com todos a nossa volta, não seria diferente com Deus, aliás muito pelo contrário, esse é o supremo amor, o que mais precisa de cuidado.
Bom, mas voltando ao meu aniversário, eu me senti meio estranha durante a festa, sei lá, meio melancólica, tive meus motivos, como disse muitas coisas mudando ao mesmo tempo. É estranho, estar em uma cidade que eu não escolhi mas que me escolheu, desde sempre, e mesmo que eu não goste muito disso é aqui que eu vou ficar por um bom tempo ainda, acredito. Não que eu deteste tudo aqui, eu gosto de algumas coisa, mas poucas coisas eu confesso, mas essas coisas existem, e claro pessoas também. Mas a verdade é que passo muito tempo pensando no que poderia ser feito para que essa cidade fique melhor, e tenho algumas ideias em mente, mas isso é outra história.
No momento me sinto desprotegida do muro que eu ergui ao meu redor a vida inteira, estou tentando encontrar um ponto entre "8 e 80", porque se tem uma coisa que eu sempre fui é extremista. Estou transitando entre um ponto e outro, tentando encontrar a melhor forma de viver, sem nunca deixar de lado meus princípios, minha fé, mas sem me fechar para o mundo, para as coisas que também são importantes, algumas eu diria essenciais, como meus amigos. É, eu confesso que não tenho tirado tanto tempo assim para eles, na verdade eu tenho tirado pouco tempo até para mim mesma. Eu nem sei quanto tempo eu fiquei sem ter contato com água, algo que amo, acho que não ia ao clube da cidade a mais ou menos 2 anos. Ontem, um dia depois do meu aniversário eu fui, e me senti muito bem, mais leve, eu costumo brincar que a água é meu habitat. Eu nuca fico muito tempo sem pelo menos molhar os pés em um riacho, ou alguma coisa do tipo, mas fiquei muito tempo sem dar um belo mergulho.
Por isso agora eu vejo que na verdade eu não comemorei meu verão, mas meu outono. Outono é renovação, novidade, é uma preparação para uma nova fase, é quando as folhas caem para dar lugar a novas, e se preparar para uma nova etapa no ciclo da vida. Nesse momento me sinto nesse outono onde muita coisa boa ainda vai acontecer, mesmo que para isso algumas folhas tenham que cair. Afinal outono, é quando as folhas caem.
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
Os outros
Bom, consegui adiantar algumas coisas, semana que vem já não vai dar, mas essa semana tá tudo caminhando e eu não aguentei.rs
Bom, nessa quinta tivemos uma discussão na minha faculdade muito interessante, sobretudo para quem está no ramo de Comunicação, claro. O tema foi os rumos do jornalismo em Divinópolis, mas no fim foi tudo menos isso. Mas foi muito bom, mas depois eu faço um post detalhando tudo. Por hora quero contar uma coisa que aconteceu antes do debate começar.
Eu e um amigo estávamos já no local da palestra, mas não tinha quase ninguém ainda, só o pessoal da organização, mas ficamos lá assim mesmo por algum tempo. Em um determinado momento um moço se aproximou de nós e disse que poderíamos ir tomar um lanche que tinha logo na entrada antes do debate se quizéssemos, então fomos. Chegamos lá e estavam todos ao redor da mesa, mas ninguém tocava em nada, nem no suco, chá, salgados, nada. Aí meu amigo disse que não ia comer nada porque ninguém tava comendo, rebati falando que tinhamos sido convidados a lanchar e servi suco, porque nem tava com fome, depois ele serviu também. Ficaram todos nos olhando com cara de "meu Deus que isso", mas eu nem me importei, e logo começaram a se servir também. Parece meio bobo, mas é só uma ilustração porque isso me fez refletir muito.
Já repararam como todo o tempo ficamos preocupados com que os outros vão pensar de nós? Se gostam da nossa roupa, do nosso sapato, cabelo. Perdemos muito tempo pensando na visão que os outros tem de nós ou deveriam ter e nos esquecermos de pensar na visão que temos de nós mesmos. As vezes nos produzimos para estar sempre na moda, no padrão(ô palavra que detesto), para ser aceitos, mesmo que para isso tenhamos que fazer, usar e agir de maneira que não nos reconheçamos mais. Quem somos nós afinal? Fruto do que as pessoas pensam de nós? Não, nem temos que ser, temos que ser simplesmente nós mesmos, como nossos defeitos, qualidades, tudo. E daí se eu prefiro de all star(eu prefiro mesmo) ao invés de salto, de jeans ao invés de terno? Se as vezes contamos piadas nas ocasiões mais impróprias(claro que um pouco de senso é bom). Mas tem horas que isso salva uma festa chata por exemplo, pode ajudar alguém que não tá lá nos seus melhores dias. São essas coisas que nos fazem, como vi uma vez(não me lembro onde), são parte do nosso "kit eu".
Enfim, é claro que ninguém vai sair pelado por aí, nem usar roupas ridículas, tem alguns padróes socias que não podemos fugir, e é bom até para nossa autoestima. Mas é preciso relaxar também, curtir mais a vida. Por isso sorria mais, pule, brinque mais, viva mais sem se importar com "os outros". Eu acostumei a pensar da seguinte forma, se ninguém paga minhas contas, me consola quando não estou bem, não sabe nada de mim, eu to me lixando para o que pensem de mim. Tem um provérbio antigo que diz que é preciso comer um saco de sal juntos para se conhecer de verdade alguém, e olha isso leva bastante tempo. Por isso tento o máximo possível não me preocupar como a opinião dos outros, a menos que ela seja realmente construtiva, nesse caso vale ouvir, principalmente se for de alguém que realmente se importe com você.
Um jeito simples que costumávamos usar para explicar isso para as crianças na igreja é que quanto apontamos o dedo para alguém tem quatro apontados para nós. Ou seja, melhor não julgar para não sermos julgados.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Volto logo
Bom, estou passando para pelo menos dar um oi né? Estou meio parada com meus posts, mas ultimamente o tempo e as ideias tem sido um tanto raros. Mas enquanto isso eu vou fazer uma coisa diferente, contar um pouquinho na minha vidinha bem normal(ou quase isso).
Bom nos últimos tempos eu tenho feito o que a maioria das pessoas fazem, casa trabalho, faculdade e cama(porque também não sou de ferro). Tem dias que me sinto estremamente cansada e penso em jogar a toalha, mas peço a Deus que me dê forças e no outro dia me sinto nova. Tem dias que tenho uma tendência mais pessimista, acordo achando mesmo que não vai acontecer nada de bom naquele dia, mas claro felizmente e graças a meu bom Deus sempre acontece muita coisa boa.
De segunda para terça foi um desses dias para mim, na noite do feriado fiquei muito prá baixo, sei lá, aquelas coisas que a gente não explica. Até porque eu estou muito feliz com essa fase na minha vida, estou trabalhando e estudando, tenho o colo do meu Pai a todo momento e isso é mais do que muita gente tem. Mas por um motivo que não sei explicar eu queria mesmo sumir, deixar de ser eu por um momento que fosse. Como faço sempre pedi a Deus que me renovasse, me desse uma boa noite e um dia maravilhosa depois de tudo aquilo, e como sempre, Ele o fez. Ontem acordei leve, feliz, transbordando mesmo de uma paz incrível. Até porque nem dá prá ficar triste né? Tanta coisa para comemorar. Como já disse a uns meses atrás eu não tinha nada, nem trabalho, nem tava estudando, nem planos muito interessantes. E sendo assim esse ano vou comemorar, meu niver tá chegando e vou fazer uma festinha para meus amigos, e aproveitei para exercitar minha criatividade no meu convite, nada convêncional, ou pelo menos nem tanto.
Enfim nos próximos dias estarei bem ocupada com(além de todo o resto), os últimos preparativos para a festa, mas eu volto logo.
Abraço
Bom nos últimos tempos eu tenho feito o que a maioria das pessoas fazem, casa trabalho, faculdade e cama(porque também não sou de ferro). Tem dias que me sinto estremamente cansada e penso em jogar a toalha, mas peço a Deus que me dê forças e no outro dia me sinto nova. Tem dias que tenho uma tendência mais pessimista, acordo achando mesmo que não vai acontecer nada de bom naquele dia, mas claro felizmente e graças a meu bom Deus sempre acontece muita coisa boa.
De segunda para terça foi um desses dias para mim, na noite do feriado fiquei muito prá baixo, sei lá, aquelas coisas que a gente não explica. Até porque eu estou muito feliz com essa fase na minha vida, estou trabalhando e estudando, tenho o colo do meu Pai a todo momento e isso é mais do que muita gente tem. Mas por um motivo que não sei explicar eu queria mesmo sumir, deixar de ser eu por um momento que fosse. Como faço sempre pedi a Deus que me renovasse, me desse uma boa noite e um dia maravilhosa depois de tudo aquilo, e como sempre, Ele o fez. Ontem acordei leve, feliz, transbordando mesmo de uma paz incrível. Até porque nem dá prá ficar triste né? Tanta coisa para comemorar. Como já disse a uns meses atrás eu não tinha nada, nem trabalho, nem tava estudando, nem planos muito interessantes. E sendo assim esse ano vou comemorar, meu niver tá chegando e vou fazer uma festinha para meus amigos, e aproveitei para exercitar minha criatividade no meu convite, nada convêncional, ou pelo menos nem tanto.
Enfim nos próximos dias estarei bem ocupada com(além de todo o resto), os últimos preparativos para a festa, mas eu volto logo.
Abraço
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Assim caminha a humanidade...
Ontem vi algo que prendeu minha atenção(e isso tem sido difícil ultimamente). Vi uma criança carregando outra( a irmãnsinha mais nova provavelmente). Era um menino com um olhar assustado que corria com a menina nos seus braços, sendo carregada de lado, toda desajetada, sem nada entender. Eram olhos marcados os daquele menino, que com tão pouca idade já parecia saber o que é sofrer. Onde eles estavam? Em uma favela em São Paulo, sim aquela favela de onde foram expulsas várias famílias.
As terras são de um empresário, sim, alguém que com certeza não morreria de fome se ficasse sem aquelas terras, ou pelo menos se esperasse mais um pouco. Aquela gente sim, depende ou dependia daquelas casas de madeirite. Para o empresário era só isso, casinhas de brinquedo que caiam quase que com um "sopro", para aquelas famílias era um lar, tudo o que eles tinham caindo ao chão em um segundo.
E eu fico me perguntando para que? Para que explusar aquelas pessoas como "cães" que batemos o pé quando queremos que saia de perto de nós(até deles eu tenho pena, quanto mais de pessoas). E aquelas crianças? Pobres crianças, expostas, ficando ao relento. Mas quem é que se importa? Não se pensa mais com o coração, mas com o bolso. No corre, corre em busca do dinheiro, ninguém parou para observar o olhar daquela criança, nos jornais só eu vi duas vezes, mas ninguém comentou, é só mais uma entre tantas. Ninguém parou para ouvir sua mãe chorando sozinha, baixinho, por ver seu filho sentindo fome, frio, ninguém viu essa mesma mãe deixando de comer para alimentar seus filhos. Ela morreria se pudésse para que eles não sofressem, ela faria qualquer coisa para impedir que uma lágrima rolasse dos seus pequenos rostinhos. Mas alguém acha que o "Sr. empresário" dono daquelas terras pensou nisso? Claro que não, ele se quer deve considerar a possibilidade de existir qualquer forma de vida naquele lugar, para ele são só coisas, obstáculos que ele vai tirando do caminho. Ele sequer considerou a possibilidade de conversar amigavelmente com eles(segundo o advogado dele essa conversa aconteceu, sinceramente meio difícil de acreditar), pensar em uma forma de ajudá-los isso com certeza não o faria falir, quem tem tantas terras com certeza não sabe o que é pobreza, se um dia soube, já esqueceu. Prá mim tal ser não é humano, não conhece Deus, e com certeza não sabe muito bem o significado de família.
Só para constar, eu sou contra quem faz coisas como invadir casas e terras como o MST, até porque tá todo mundo careca de saber que alguns vendem as terras que ganham e compram carros e mais um monte de coisa. E eu até acho que algumas pessoas devem ter feito coisas parecidas, tem gente boa e ruim em todo lugar, nesse caso não seria uma excessão. Mas a gente tá falando de famílias sabe?! Tem muita gente que realmente não tinha nada, era aquele lugar ou embaixo de uma ponte. Teve um idoso, cadeirante, que contou que queimaram tudo na casa dele, ele ficou só com a roupa do corpo. Isso prá mim não é desuhumano, sinto muito, não dá prá fingir que isso normal.
Eu não sei se é sonhar demais, mas eu juro que queria viver em um lugar onde essas coisas fossem consideradas, onde essas pessoas fossem vistas como iguais. Afinal de contas ricos ou pobres todos vamos para o mesmo lugar quando morrermos(fisicamente falando) depois cabe a Deus decidir, mas o dinheiro com certeza não vai valer mais nada nesse momento. Ah.. eu queria viver prá ver isso. Quem sabe...
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Olha o que encontrei visitando um blog bem legaus..
Não sou muito boa com esse negócio de baixar vídeos e esse ao acho que nem tem jeito mesmo. E não me importo nem um pouco em divulgar um blog tão legaus. Por isso estou indicando o blog para vocês entrarem e desfrutarem de um relaxamento para os olhos e para os ouvidos, me fez muito bem por isso estou indicando, vale a pena conferir. É lindo!
http://www.bemlegaus.com/2009/08/poemas-visuais.html
http://www.bemlegaus.com/2009/08/poemas-visuais.html
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Como fazer e usar uma câmera Pin Hole.. ou pelo menos tentar
Essa é para quem perdeu a aula do sábado, e para quem mais interessar.
No último fim de semana aprendemos no curso de comunicação como usar uma câmera pinhole. Ninguém acreditava a princípio que ia sair alguma coisa, se não fosse nossa professora dizer que sairia uma foto até razoável.
O processo é simples, uma lata preferencial aquelas que tem tampa de metal para ficar bem lacrado e não entrar luz, fita isolante preta, folha de alumínio (daquela mais dura um pouco de colocar em cima do fogão), papel cartão preto. O importante é deixar o interior da lata todo preto, com o papel cartão e finalizando com a fita isolante para os reparos necessários. Na lata, um furo central, médio, do tamanho da ponta do dedo mindinho, mais ou menos. Lembrando que o papel cartão tem que tampar todo o interior menos o buraco que vai entrar a luz. E aí tem que separar um pedaço da folha de alumínio (que não esteja amassada), um pedaço bem pequeno que vai ficar no rumo do buraco. Esse pedacinho da folha de alumínio vai ser furado com uma agulha bem fininha fora da lata ainda(o nome pin hole é por causa desse pequeno furinho por onde entra a luz), tomando cuidado para não amassar. Aí é só pregar de um jeito que fique bem no centro do buraco da lata, com a fita adesiva. Depois disso é preciso fazer uma proteção para essa "lente", uma janelinha de papel cartão presa com fita isolante dos dois lados, e com o lugar do buraco marcado na frente para poder ter uma como direcionar melhor o foco dela. Meio complicado entender assim né? Principalmente essa parte, acho.
Bom ela fica assim:
Antes de tirar a foto, é preciso colocar o papel fotográfico dentro da lata, até porque sem isso não dá prá fazer milagre. Para colocá-lo no interior da máquina é preciso ir para o laboratório e colocar no escuro, só com as luzes vermelhas, como um laboratório normal e antigo é(como o nosso). Aí é só posicionar o papel no rumo do buraco, só que no lado oposto.
Na hora de posicionar para tirar a foto é só olhar pela marca que foi feita no papel cartão em frente ao buraco da lata.
Para tirar a foto é preciso estar atento ao sol(sim, só dá prá tirar durante o dia). Quando localizamos o objeto a ser fotografado temos que posicionar a câmera(lata) em uma superfície lisa e abrir a janelinha que foi feita em frente do buraquinho. Aí vai depender do sol, varia, as melhores que foram tiradas no dia tinham ficado uns 35segundos em média, com a janelinha aberta. Eu aconselho a tirar de um objeto prá começar, porque tirar de nós mesmos é bem complicado, até porque é preciso ficar imóvel se não você duplica sua cabeça, enfim, se não for feito direito fica meio feio.
Essa foto eu tirei da foto, então não ficou muito boa. A original eu ainda não achei, acho que perdi. Bom o lugar que marquei na minha cabeça foi onde duplicou, porque eu me mexi, já a janela lá atrás ficou perfeita e tudo que tava em volta também né? Até porque chão, planta e parede não se movem, só a Marina mesmo. E não dá prá ver mais fiquei com cara de velha por ter mexido também.
Mas se quizer mesmo fazer com o corpo duplicada tem que escolher um lugar com o sol mais fraco e ficar por exemplo, 30 segundos de um lado, depois 30 do outro. Eu nem cheguei a ver como faz, só ouvi falar, mas acredito que dê certo, nossa professora deu as explicações sobre o processo. Ah, claro, e depois se apontar, deixar por determinado tempo tem que fechar a janela de papel cartão e levar para o laboratório para revelar né? E só pode abrir a lata no escuro, se não queima e pronto. A minha primeira queimou mas foi porque eu deixei tempo demais exposto ao sol mesmo. Ah, outro detalhe para tirar a foto com o processo de pinhole é preciso sempre tirar do "objeto" de frente para o sol.
Bom é isso, não sei se fui suficientemente clara. Mas foi só prá dar uma ideia mesmo de como esse processo é interessante. Foi uma experiência bem legal. Pena que só tirei duas fotos(sendo que a primeira queimou), porque tava um lixo de cansada, e aproveitei a carona de um amigo prá voltar prá Cláudio. Mas já deu para ter uma noção do processo que no fim das contas não tem tanto segredo não.
No último fim de semana aprendemos no curso de comunicação como usar uma câmera pinhole. Ninguém acreditava a princípio que ia sair alguma coisa, se não fosse nossa professora dizer que sairia uma foto até razoável.
O processo é simples, uma lata preferencial aquelas que tem tampa de metal para ficar bem lacrado e não entrar luz, fita isolante preta, folha de alumínio (daquela mais dura um pouco de colocar em cima do fogão), papel cartão preto. O importante é deixar o interior da lata todo preto, com o papel cartão e finalizando com a fita isolante para os reparos necessários. Na lata, um furo central, médio, do tamanho da ponta do dedo mindinho, mais ou menos. Lembrando que o papel cartão tem que tampar todo o interior menos o buraco que vai entrar a luz. E aí tem que separar um pedaço da folha de alumínio (que não esteja amassada), um pedaço bem pequeno que vai ficar no rumo do buraco. Esse pedacinho da folha de alumínio vai ser furado com uma agulha bem fininha fora da lata ainda(o nome pin hole é por causa desse pequeno furinho por onde entra a luz), tomando cuidado para não amassar. Aí é só pregar de um jeito que fique bem no centro do buraco da lata, com a fita adesiva. Depois disso é preciso fazer uma proteção para essa "lente", uma janelinha de papel cartão presa com fita isolante dos dois lados, e com o lugar do buraco marcado na frente para poder ter uma como direcionar melhor o foco dela. Meio complicado entender assim né? Principalmente essa parte, acho.
Bom ela fica assim:
Antes de tirar a foto, é preciso colocar o papel fotográfico dentro da lata, até porque sem isso não dá prá fazer milagre. Para colocá-lo no interior da máquina é preciso ir para o laboratório e colocar no escuro, só com as luzes vermelhas, como um laboratório normal e antigo é(como o nosso). Aí é só posicionar o papel no rumo do buraco, só que no lado oposto.
Na hora de posicionar para tirar a foto é só olhar pela marca que foi feita no papel cartão em frente ao buraco da lata.
Para tirar a foto é preciso estar atento ao sol(sim, só dá prá tirar durante o dia). Quando localizamos o objeto a ser fotografado temos que posicionar a câmera(lata) em uma superfície lisa e abrir a janelinha que foi feita em frente do buraquinho. Aí vai depender do sol, varia, as melhores que foram tiradas no dia tinham ficado uns 35segundos em média, com a janelinha aberta. Eu aconselho a tirar de um objeto prá começar, porque tirar de nós mesmos é bem complicado, até porque é preciso ficar imóvel se não você duplica sua cabeça, enfim, se não for feito direito fica meio feio.
Essa foto eu tirei da foto, então não ficou muito boa. A original eu ainda não achei, acho que perdi. Bom o lugar que marquei na minha cabeça foi onde duplicou, porque eu me mexi, já a janela lá atrás ficou perfeita e tudo que tava em volta também né? Até porque chão, planta e parede não se movem, só a Marina mesmo. E não dá prá ver mais fiquei com cara de velha por ter mexido também.
Mas se quizer mesmo fazer com o corpo duplicada tem que escolher um lugar com o sol mais fraco e ficar por exemplo, 30 segundos de um lado, depois 30 do outro. Eu nem cheguei a ver como faz, só ouvi falar, mas acredito que dê certo, nossa professora deu as explicações sobre o processo. Ah, claro, e depois se apontar, deixar por determinado tempo tem que fechar a janela de papel cartão e levar para o laboratório para revelar né? E só pode abrir a lata no escuro, se não queima e pronto. A minha primeira queimou mas foi porque eu deixei tempo demais exposto ao sol mesmo. Ah, outro detalhe para tirar a foto com o processo de pinhole é preciso sempre tirar do "objeto" de frente para o sol.
Bom é isso, não sei se fui suficientemente clara. Mas foi só prá dar uma ideia mesmo de como esse processo é interessante. Foi uma experiência bem legal. Pena que só tirei duas fotos(sendo que a primeira queimou), porque tava um lixo de cansada, e aproveitei a carona de um amigo prá voltar prá Cláudio. Mas já deu para ter uma noção do processo que no fim das contas não tem tanto segredo não.
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