sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Os outros



Bom, consegui adiantar algumas coisas, semana que vem já não vai dar, mas essa semana tá tudo caminhando e eu não aguentei.rs

Bom, nessa quinta tivemos uma discussão na minha faculdade muito interessante, sobretudo para quem está no ramo de Comunicação, claro. O tema foi os rumos do jornalismo em Divinópolis, mas no fim foi tudo menos isso. Mas foi muito bom, mas depois eu faço um post detalhando tudo. Por hora quero contar uma coisa que aconteceu antes do debate começar.

Eu e um amigo estávamos já no local da palestra, mas não tinha quase ninguém ainda, só o pessoal da organização, mas ficamos lá assim mesmo por algum tempo. Em um determinado momento um moço se aproximou de nós e disse que poderíamos ir tomar um lanche que tinha logo na entrada antes do debate se quizéssemos, então fomos. Chegamos lá e estavam todos ao redor da mesa, mas ninguém tocava em nada, nem no suco, chá, salgados, nada. Aí meu amigo disse que não ia comer nada porque ninguém tava comendo, rebati falando que tinhamos sido convidados a lanchar e servi suco, porque nem tava com fome, depois ele serviu também. Ficaram todos nos olhando com cara de "meu Deus que isso", mas eu nem me importei, e logo começaram a se servir também. Parece meio bobo, mas é só uma ilustração porque isso me fez refletir muito.

Já repararam como todo o tempo ficamos preocupados com que os outros vão pensar de nós? Se gostam da nossa roupa, do nosso sapato, cabelo. Perdemos muito tempo pensando na visão que os outros tem de nós ou deveriam ter e nos esquecermos de pensar na visão que temos de nós mesmos. As vezes nos produzimos para estar sempre na moda, no padrão(ô palavra que detesto), para ser aceitos, mesmo que para isso tenhamos que fazer, usar e agir de maneira que não nos reconheçamos mais. Quem somos nós afinal? Fruto do que as pessoas pensam de nós? Não, nem temos que ser, temos que ser simplesmente nós mesmos, como nossos defeitos, qualidades, tudo. E daí se eu prefiro de all star(eu prefiro mesmo) ao invés de salto, de jeans ao invés de terno? Se as vezes contamos piadas nas ocasiões mais impróprias(claro que um pouco de senso é bom). Mas tem horas que isso salva uma festa chata por exemplo, pode ajudar alguém que não tá lá nos seus melhores dias. São essas coisas que nos fazem, como vi uma vez(não me lembro onde), são parte do nosso "kit eu".

Enfim, é claro que ninguém vai sair pelado por aí, nem usar roupas ridículas, tem alguns padróes socias que não podemos fugir, e é bom até para nossa autoestima. Mas é preciso relaxar também, curtir mais a vida. Por isso sorria mais, pule, brinque mais, viva mais sem se importar com "os outros". Eu acostumei a pensar da seguinte forma, se ninguém paga minhas contas, me consola quando não estou bem, não sabe nada de mim, eu to me lixando para o que pensem de mim. Tem um provérbio antigo que diz que é preciso comer um saco de sal juntos para se conhecer de verdade alguém, e olha isso leva bastante tempo. Por isso tento o máximo possível não me preocupar como a opinião dos outros, a menos que ela seja realmente construtiva, nesse caso vale ouvir, principalmente se for de alguém que realmente se importe com você.

Um jeito simples que costumávamos usar para explicar isso para as crianças na igreja é que quanto apontamos o dedo para alguém tem quatro apontados para nós. Ou seja, melhor não julgar para não sermos julgados.

3 comentários:

  1. Nunca me importei com a opinião de desconhecidos, me importo com minha familia e amigos, mas mesmo assim tomo atitudes e não penso se eles aprovarão ou não. Talvez eu esteja errado, mas sou assim mesmo.
    Bjsss...
    Jeferson

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  2. Nossa... Parabéns, Marina. Você está se tornando uma excelente cronista... Gostei da parte em que fui citado... kkk. Beeeijo, querida! Adorei este post.

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