quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Assim caminha a humanidade...



Ontem vi algo que prendeu minha atenção(e isso tem sido difícil ultimamente). Vi uma criança carregando outra( a irmãnsinha mais nova provavelmente). Era um menino com um olhar assustado que corria com a menina nos seus braços, sendo carregada de lado, toda desajetada, sem nada entender. Eram olhos marcados os daquele menino, que com tão pouca idade já parecia saber o que é sofrer. Onde eles estavam? Em uma favela em São Paulo, sim aquela favela de onde foram expulsas várias famílias.

As terras são de um empresário, sim, alguém que com certeza não morreria de fome se ficasse sem aquelas terras, ou pelo menos se esperasse mais um pouco. Aquela gente sim, depende ou dependia daquelas casas de madeirite. Para o empresário era só isso, casinhas de brinquedo que caiam quase que com um "sopro", para aquelas famílias era um lar, tudo o que eles tinham caindo ao chão em um segundo.

E eu fico me perguntando para que? Para que explusar aquelas pessoas como "cães" que batemos o pé quando queremos que saia de perto de nós(até deles eu tenho pena, quanto mais de pessoas). E aquelas crianças? Pobres crianças, expostas, ficando ao relento. Mas quem é que se importa? Não se pensa mais com o coração, mas com o bolso. No corre, corre em busca do dinheiro, ninguém parou para observar o olhar daquela criança, nos jornais só eu vi duas vezes, mas ninguém comentou, é só mais uma entre tantas. Ninguém parou para ouvir sua mãe chorando sozinha, baixinho, por ver seu filho sentindo fome, frio, ninguém viu essa mesma mãe deixando de comer para alimentar seus filhos. Ela morreria se pudésse para que eles não sofressem, ela faria qualquer coisa para impedir que uma lágrima rolasse dos seus pequenos rostinhos. Mas alguém acha que o "Sr. empresário" dono daquelas terras pensou nisso? Claro que não, ele se quer deve considerar a possibilidade de existir qualquer forma de vida naquele lugar, para ele são só coisas, obstáculos que ele vai tirando do caminho. Ele sequer considerou a possibilidade de conversar amigavelmente com eles(segundo o advogado dele essa conversa aconteceu, sinceramente meio difícil de acreditar), pensar em uma forma de ajudá-los isso com certeza não o faria falir, quem tem tantas terras com certeza não sabe o que é pobreza, se um dia soube, já esqueceu. Prá mim tal ser não é humano, não conhece Deus, e com certeza não sabe muito bem o significado de família.

Só para constar, eu sou contra quem faz coisas como invadir casas e terras como o MST, até porque tá todo mundo careca de saber que alguns vendem as terras que ganham e compram carros e mais um monte de coisa. E eu até acho que algumas pessoas devem ter feito coisas parecidas, tem gente boa e ruim em todo lugar, nesse caso não seria uma excessão. Mas a gente tá falando de famílias sabe?! Tem muita gente que realmente não tinha nada, era aquele lugar ou embaixo de uma ponte. Teve um idoso, cadeirante, que contou que queimaram tudo na casa dele, ele ficou só com a roupa do corpo. Isso prá mim não é desuhumano, sinto muito, não dá prá fingir que isso normal.

Eu não sei se é sonhar demais, mas eu juro que queria viver em um lugar onde essas coisas fossem consideradas, onde essas pessoas fossem vistas como iguais. Afinal de contas ricos ou pobres todos vamos para o mesmo lugar quando morrermos(fisicamente falando) depois cabe a Deus decidir, mas o dinheiro com certeza não vai valer mais nada nesse momento. Ah.. eu queria viver prá ver isso. Quem sabe...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Olha o que encontrei visitando um blog bem legaus..

Não sou muito boa com esse negócio de baixar vídeos e esse ao acho que nem tem jeito mesmo. E não me importo nem um pouco em divulgar um blog tão legaus. Por isso estou indicando o blog para vocês entrarem e desfrutarem de um relaxamento para os olhos e para os ouvidos, me fez muito bem por isso estou indicando, vale a pena conferir. É lindo!
http://www.bemlegaus.com/2009/08/poemas-visuais.html

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Como fazer e usar uma câmera Pin Hole.. ou pelo menos tentar

Essa é para quem perdeu a aula do sábado, e para quem mais interessar.



No último fim de semana aprendemos no curso de comunicação como usar uma câmera pinhole. Ninguém acreditava a princípio que ia sair alguma coisa, se não fosse nossa professora dizer que sairia uma foto até razoável.

O processo é simples, uma lata preferencial aquelas que tem tampa de metal para ficar bem lacrado e não entrar luz, fita isolante preta, folha de alumínio (daquela mais dura um pouco de colocar em cima do fogão), papel cartão preto. O importante é deixar o interior da lata todo preto, com o papel cartão e finalizando com a fita isolante para os reparos necessários. Na lata, um furo central, médio, do tamanho da ponta do dedo mindinho, mais ou menos. Lembrando que o papel cartão tem que tampar todo o interior menos o buraco que vai entrar a luz. E aí tem que separar um pedaço da folha de alumínio (que não esteja amassada), um pedaço bem pequeno que vai ficar no rumo do buraco. Esse pedacinho da folha de alumínio vai ser furado com uma agulha bem fininha fora da lata ainda(o nome pin hole é por causa desse pequeno furinho por onde entra a luz), tomando cuidado para não amassar. Aí é só pregar de um jeito que fique bem no centro do buraco da lata, com a fita adesiva. Depois disso é preciso fazer uma proteção para essa "lente", uma janelinha de papel cartão presa com fita isolante dos dois lados, e com o lugar do buraco marcado na frente para poder ter uma como direcionar melhor o foco dela. Meio complicado entender assim né? Principalmente essa parte, acho.

Bom ela fica assim:



Antes de tirar a foto, é preciso colocar o papel fotográfico dentro da lata, até porque sem isso não dá prá fazer milagre. Para colocá-lo no interior da máquina é preciso ir para o laboratório e colocar no escuro, só com as luzes vermelhas, como um laboratório normal e antigo é(como o nosso). Aí é só posicionar o papel no rumo do buraco, só que no lado oposto.

Na hora de posicionar para tirar a foto é só olhar pela marca que foi feita no papel cartão em frente ao buraco da lata.



Para tirar a foto é preciso estar atento ao sol(sim, só dá prá tirar durante o dia). Quando localizamos o objeto a ser fotografado temos que posicionar a câmera(lata) em uma superfície lisa e abrir a janelinha que foi feita em frente do buraquinho. Aí vai depender do sol, varia, as melhores que foram tiradas no dia tinham ficado uns 35segundos em média, com a janelinha aberta. Eu aconselho a tirar de um objeto prá começar, porque tirar de nós mesmos é bem complicado, até porque é preciso ficar imóvel se não você duplica sua cabeça, enfim, se não for feito direito fica meio feio.


Essa foto eu tirei da foto, então não ficou muito boa. A original eu ainda não achei, acho que perdi. Bom o lugar que marquei na minha cabeça foi onde duplicou, porque eu me mexi, já a janela lá atrás ficou perfeita e tudo que tava em volta também né? Até porque chão, planta e parede não se movem, só a Marina mesmo. E não dá prá ver mais fiquei com cara de velha por ter mexido também.

Mas se quizer mesmo fazer com o corpo duplicada tem que escolher um lugar com o sol mais fraco e ficar por exemplo, 30 segundos de um lado, depois 30 do outro. Eu nem cheguei a ver como faz, só ouvi falar, mas acredito que dê certo, nossa professora deu as explicações sobre o processo. Ah, claro, e depois se apontar, deixar por determinado tempo tem que fechar a janela de papel cartão e levar para o laboratório para revelar né? E só pode abrir a lata no escuro, se não queima e pronto. A minha primeira queimou mas foi porque eu deixei tempo demais exposto ao sol mesmo. Ah, outro detalhe para tirar a foto com o processo de pinhole é preciso sempre tirar do "objeto" de frente para o sol.

Bom é isso, não sei se fui suficientemente clara. Mas foi só prá dar uma ideia mesmo de como esse processo é interessante. Foi uma experiência bem legal. Pena que só tirei duas fotos(sendo que a primeira queimou), porque tava um lixo de cansada, e aproveitei a carona de um amigo prá voltar prá Cláudio. Mas já deu para ter uma noção do processo que no fim das contas não tem tanto segredo não.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Medo



MiedoLenineComposição: Pedro Guerra/Lenine/Robney Assis

Tenho medo de gente e de solidão
Tenho medo da vida e medo de morrer
Tenho medo de ficar e medo de escapulir
Medo que dá medo do medo que dá
Tenho medo de acender e medo de apagar
Tenho medo de esperar e medo de partir
Tenho medo de correr e medo de cair
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma linha que separa o mundo
O medo é uma casa aonde ninguém vai
O medo é como um laço que se aperta em nós
O medo é uma força que não me deixa andar
Tenho medo de parar e medo de avançar
Tenho medo de amarrar e medo de quebrar
Tenho medo de exigir e medo de deixar
Medo que dá medo do medo que dá

O medo é uma sombra que o temor não desvia
O medo é uma armadilha que pegou o amor
O medo é uma chave, que apagou a vida
O medo é uma brecha que fez crescer a dor
Medo de olhar no fundo
Medo de dobrar a esquina
Medo de ficar no escuro
De passar em branco, de cruzar a linha
Medo de se achar sozinho
De perder a rédea, a pose e o prumo

Medo de pedir arrego, medo de vagar sem rumo
Medo estampado na cara ou escondido no porão
O medo circulando nas veias
Ou em rota de colisão
O medo é do Deus ou do demo
É ordem ou é confusão
O medo é medonho, o medo domina
O medo é a medida da indecisão

Medo de fechar a cara
Medo de encarar
Medo de calar a boca
Medo de escutar
Medo de passar a perna
Medo de cair
Medo de fazer de conta
Medo de dormir

Medo de se arrepender
Medo de deixar por fazer
Medo de se amargurar pelo que não se fez
Medo de perder a vez

Medo de fugir da raia na hora H
Medo de morrer na praia depois de beber o mar
Medo... que dá medo do medo que dá
Medo... que dá medo do medo que dá

Mais uma fantástica do Lenine. Essa música quase que despensa comentários.

Ontem fiquei pensando muito sobre essa questão do medo enquanto ouvia a música, depois quando cheguei em casa depois da faculdade. Sei lá, acho que estar na faculdade, apesar em não saber bem como vou chegar ao fim dela(principalmente se tratando de dinheiro). Se tivésse medo, como já tive, com certeza não teria nem começado.

Tememos tantas coisas ao longo da vida. Coisas novas sempre nos dão um certo medo, porque são carregadas de incertezas. Um novo trabalho, mudança de cidade, de país, seja lá o que for mudanças são sempre mais problemáticas. Mas deveria mesmo ser assim? Mudamos de cabelo, de relacionamento, de estação. A vida é assim, fecha um ciclo, começa outro, e isso é natural, ou pelo menos deveria ser. Mas acaba não sendo prá muita gente, gente que vive com medo. Falo por causa própria, já fui assim e digo, é horrível!

E é engraçado pensar no modo com que o medo haje em nós. Como a própria canção diz, temos medo de fazer algo e nos arrepender, medo de deixar de fazer, medo de errar, medo de acertar. Sim porque a maioria dos "medrosos" pensam tanto no erro que não conseguem imaginar o acerto, aí fica difícil saber o que fazer se der certo. O erro muitas vezes é minunciosamente calculado, mas o acerto, não. É como desejar com todas as forças uma determinada coisa, um carro por exemplo, mas nunca tirar carteira de motorista, porque imagina que a chance de tê-lo é tão pequena que nem vale a pena tentar. É um exemplo tosco, mas é só um exemplo.

Realmente o "medo é uma linha que separa o mundo", ele separa as pessoas entre as que encaram e vencem(ou não) e entre as que tem medo de tentar, porque pode dar muito errado, pode acontecer algo sobrenatural, e blá blá blá blá.
É claro que o medo é bom as vezes, que bom que eu tenho medo de me atirar de um prédio, de andar sozinha em um lugar escuro e sem nenhum movimento, isso pode evitar um desastre. Mas esse é um instinto de sobrevivência, é diferente, só um louco não teme pela própria vida.
Sei que é bem melhor tentar, por menor que seja a possibilidade de uma coisa dar certo, do que ficar chorando depois e se sentindo a vítima do mundo( e eu também sei o que é isso).


Houve um tempo em que eu me sentia a própria, eu achava que o universo inteiro queria que eu me desse muito mal, eu acredita piamente nisso, é claro que eu estava com um sério problema. Mas eu superei isso, e hoje eu sei que nunca mais vou me sentir assim de novo, pelo simples fato de que eu descobri que o mundo tem mais o que fazer do que ficar conspirando contra mim, e que se Deus é por mim nada será contra mim. E claro, se faço a minha parte, estudando, trabalhando para isso tanto melhor será. E eu digo é muito bom quando você deixa de ser seu próprio inimigo para se tornar seu maior aliado, é muito bom quando você acorda e mesmo destruído de cansaço(porque não dormiu grandes coisas), você pensa, "bom eu já venci quatro dias, só falta um". Ser otimista é muito bom, e ajuda muito quando você vive um dia de cada vez, um dia em si já trás tantos desafios, eu vou lá querer saber o que vai acontecer amanhã? Pense nisso! =)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A globo deve estar arrependida uma hora dessas...

Sei que tá todo mundo falando sobre isso, mas não tem nem como não comentar. Eu soube por um blog que eu sigo, o Balacobacu, confesso. Porque não tenho tido tempo de assistir TV hora nenhuma então o jeito mesmo é procurar por notícias na internet, e tem horas que elas aparecem sem procurar mesmo.

Todos nós(ou menos quase todos, sei lá) sabemos que a Globo não é nenhuma santa, aliás está a léguas disso, a começar pelo acordo com a Time Life. A Globo nunca gostou mesmo de se submeter a lei nenhuma e em um país como o nosso você tem que ter cassife para manter essa posição, e isso ela tem de sobra. Manipulou e manipula muito, tudo o que vemos, não é nem um pouco inocente, tem uma intenção por trás de cada matéria, de cada novela, de tudo que a Globo coloca no ar, óbvio.(* Só para completar, todas as emissoras fazem isso é claro, não quero dizer que é mérito da Globo não). Mas dessa vez ela dançou bonitinho com essa história do Edir Macedo(mais conhecido como pedir mais cedo). Enfim, a Record tem lá sua razão, "a Globo" com certeza tá "roendo as unhas dos pés" de nervoso pensando em como derrubar a concorrênte, só que o feitiço pode virar contra o feiticeiro. Da mesma forma que a Globo comprou e compra tudo o que puder para conseguir o que quer, a Record também.

A Record tá suja igual pau de galinheiro, não tenha dúvida. Ninguém conquista um império daqueles da noite para o dia como o Edir Macedo. O cara é podre de rico, e é sim o dinheiro que ele rouba dos fiés que faz isso, e a igreja tem muitos. Eu nem sei se eu tenho pena sabe de quem entra para essa gangue da igreja Universal, sim, nisso eu concordo com a Globo, aquilo nunca foi e nunca vai ser uma igreja, é uma gangue mesmo. Mas como eu dizia não sei se tenho pena dos membros dessa igreja, porque sinceramente é ingenuidade ou burrice demais, ou uma ou outra. É o cúmulo que em pleno século 21 o povo ainda acredite em "papai noel". A teologia da prosperidade que eles pregam diz que todos os filhos de Deus tem de ser ricos, que foram predestidados a isso. É o fim, então os pobres não tem vez no reino de Deus né? Cada um tem o seu bocado nesse mundo, tem uns que tem mals bocados justamente por causa de gente como o Edir Macedo. Mas nem quero entrar em questões doutrinárias.

Pois bem, eu não sei onde eles querem chegar com isso, mas ambas(Record e Globo) estão atirando no pé, porque daqui a pouco vão explodir podres ainda maiores e aí eu quero só ver segurar isso. O governo está ficando cada vez mais sujo com essa história(se é que é possível), e vai pensar um pouquinho mais antes de apoiar ou não a Globo nessa briga. Enfim, é o que eu acho. Que fale a voz do bom censo, se é que ainda existe algum.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Aprendi...

Já li muitos textos que começavam assim, mas a verdade é que acho que todos deveriam escrever alguma coisa nesse sentido algum dia, em forma de balanço de vida, pode ser bem útil.

Aprendi... Que nada é tão monstruoso como parece a 1ª vista muitas vezes.

Aprendi que com o tempo começamos a enchergar a vida com mais serenidade, porque o tempo nos ensina isso. Mas não ensina com a mesma velocidade para todos.

Aprendi que quando temos medo de errar nossas chances aumentam consideravelmente.

Aprendi que o medo nos impede de crescer, e de errar muitas vezes, mas de acertar também.

Aprendi que nunca sabemos exatamente a força que temos exatamente até nos forçarmos ao máximo, no nosso limite.
Aprendi que limites são feitos para serem vencidos.

Aprendi que nunca se aprende o bastante.

Aprendi que o tempo ensina muito, e considerando isso envelhecer não parece tão mal.

Aprendi que não importa o quanto me sinta fraca se tenho um Deus forte que me ampara sempre que penso que vou cair.

Aprendi que cair pode não ser tão ruim, se nos levantarmos em seguida.

Aprendi tanto e tão pouco, mas assim é a vida, se deixarmos de aprender já estaremos mortos, de uma forma ou de outra.


Continua... Sempre.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Tempo


Tempo...
Esse relógio da vida que passa sem trégua. Faceiro vai nos levando, nos tomando sem que nos demos conta dele.

Quando pequenos, mal o percemos, afinal há tanta vida e tão pouca pressa. Mas de repente, num piscar de olhos, já nos vemos adultos, até que finalmente, nos enchergamos velhos.


Acredito que não seja possível imaginar o quão difícil é ficar velho até chegar lá. Quando jovens temos tão pouca paciência com os velhos que um dia seremos. Mais sábio mesmo é observá-los e tentar compreendê-los, dar colo, acarinhar nosso futuro. Sim porque acredite você ou não na Bíblia ela diz uma coisa que é óbvia até, "o que semeias também ceifarás". E não é verdade? Se plantamos batata não podemos colher abacates. Dessa mesma maneira é com nossas vidas, se queremos ser bem tratados e cuidados quando chegarmos a velhice cuidemos também bem dos nossos "velhos" agora, assim nossos filhos terão bons exemplos e aprenderam desde cedo uma preciosa lição. Além de ser maravilhoso fazê-lo. É tão difícil parar para ouví-los, mas se o fizéssemos veríamos o quanto eles tem para nos dizer, para ensinar, e acabaríamos por entendê-los melhor, e julgar menos.


Ah.. Se pudéssemos entender o quanto é difícil acordar e ver que por mais que a mente deseje, o corpo já não obedece mais como antes, já faz suas manhas, tem seus caprichos. E nós perdemos a paciência quando eles insistem em continuar dirigindo, saindo sozinhos, arrumando a casa. Na verdade é difícil entender como muitas vezes mesmo lúcidos seus corpos já não são mais os mesmos, já estão debilitados, desgastados pelo tempo. Se pudéssemos por um minuto sentir o quanto isso é difícil para eles. É por isso que a paciência que muitas vezes é tão rara, é tão necessária nesses tempos, onde tudo que eles mais desejam e mais necessitam é de amor e compreensão. Afinal, com o tempo eles se tornam as crianças que um fomos, as crianças que eles embalaram, ampararam com todo amor. Eles nunca pediram nada em troca por esse amor, mas agora precisam dele, como terra seca. Até porque eles começam a se preparar para o momento mais solitário do ciclo da vida, o momento em que por mais que se esteja rodeados de pessoas elas nada podem fazer para aplacar essa solidão, a morte. No fim dessa jordada temos de seguir sozinhos, ninguém(pelo menos ninguém humano) pode nos acompanhar nela, pode nos dar a mão.

Li sobre isso em um livro há alguns anos já e nunca me esqueci, confesso que até então nunca tinha parado para refletir sobre isso. Eu recomendo é uma leitura que é fundamental para todos nós convivendo ou não com idosos, chama-se As Cores do Crepúsculo de Rubem Alves. É um livro maravilhoso, não posso descrevê-lo leiam e verão do que falo. Quando li não entendia muitas coisas, hoje entendo e convivendo diariamente com minha avó vou foleando-o pouco a pouco sem perceber. Sobre a morte, descortinou-se sobre mim quando perdi meu avó e antes quando percebia-o acabando sem nada poder fazer.

Por isso demonstremos todo o amor, todo o afeto que sentimos pelos nossos entes enquanto ainda há tempo. Cuidemos para que os últimos momentos sejam os mais felizes e repletos de amor. Cuidemos para que só restem boas lembranças quando eles se forem, e para que quando chegar o nosso tempo, deixemos mais do que lágrimas mas principalmente lições de seres humanos falhos, sim, mas que viveram e respeitaram todas as etapas da vida e as aceitou no espírito certo, aproveitando o melhor de cada uma delas.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Toma que o filho é teu!

Pois é em um dia eu falo da terra/lixo do filme Wall-e (que eu acho mesmo que todo mundo já viu, eu é que tava atrasada), e no outro o ministro Carlos Minc diz que o Brasil não vai se tornar um lixão. Acho que alguém deve estar querendo dizer alguma coisa com esse ato sabia? Por exemplo quanto a moral super duvidosa dos nossos políticos. Para um país que tem um governo/lixo um pouquinho mais de lixo não deve fazer diferença não é? Se bem que acho que eles não se importam muito com isso. O fato é que ninguém explicou direito ainda por que cargas d'água esse lixo veio parar aqui. Coisas de Brasil né? O melhor é que até conseguir mandar esse lixo de volta foi uma novela. Só conseguiram ontem de manhã.

Será que a teoria do Wall-e está mais próxima do que pensamos. Se não estão sabendo mais o que fazer com o lixo e por causa disso estão enviando de presente para outro país, pode ser. Exagero ou não estamos prestes a ter que tomar medidas drásticas nesse sentido a meu ver. Nós nem nos damos conta mas um dia desses é bem capaz de termos nossos lixos devolvidos na porta de casa mesmo. Nos grandes centros isso já acontece, é só ter uma chuva mais forte e as enchentes fazem esse serviço de entrega de lixo a domicílio.

Vi um documentário na faculdade, um pouco antes das férias que falava sobre isso se chamava The Corporation. Como o título já indica trata-se de mostrar o lado sujo das corporações (se bem que eu acho que não tem como ter lado limpo). Todas as pessoas que estão nisso estão por grana, elas não querem nem saber de ambientalismo, consequentemente pouco se importam com as pessoas, e daí se a Nike lucra com trabalho em regime de escravidão, ela quer é lucrar(é o exemplo mais citado, mas não me lembro de muitos agora). Pelo que o próprio documentário cita também a maioria das grandes empresas tem um mundo de processos nas costas por causa de crime ambiental e mais um monte de coisas. Bom eu não vi o filme até o final e não deu tempo de ter uma opinião formada demais sobre ele. Mas um monte de coisas que ele mostra a maioria de nós já sabia, a grande questão é o que fazer. Sinceramente sozinhos não podemos fazer nada, pobres de nós meros mortais, e manifestaçõesinhas como o documentário mostrou também não resolvem muita coisa.

Bom mais a questão inicial era o Brasil/lixão. É que The Corporation, lixão, tem tuda a ver. Mas nós estamos mais arraigados nisso do que supomos, querendo ou não nós estamos, nós financiamos os crimes ambientais, a escravidão, e nós sabemos disso! Mas o que é que se há de fazer né? Não dá para boicotar todas em empresas que agem de forma ilegal, acredito que se fizessemos isso não comeríamos, não faríamos nada. Mas isso é tão complexo e eu não vou me atrever a entrar muito nisso, porque acho que tem que ser muito entendido do assunto para se aprofundar mesmo.

Mas voltando ao LIXÃO.rs Basicamente o que o Brasil fez ao devolve-lo foi dizer "toma que o filho é teu". Nosso é que não era, pelo menos esse não. Tem lixo nosso espalhado pelo oceano, já mostraram uma vez pontos que ficam acumulados de lixo e vão para onde bem entender. Parte dele é nosso. Só que se é prá repartir esse lixo a coisa tem que ser mais organizada, tem que repartir isso com todos os países, é o justo, só que de acordo com a poluição de cada país. Não dá prá ficar com o lixo dos outros, o ministro disse que aqui não é lixão, e se ele disse tá dito né?;) Pelo menos a gente finge que sim. Ou a gente pode mandar tudo para uma ilha deserta e contratar o Wall-e para cuidar dele, se bem que haja ilha deserta prá tanto lixo. O melhor é cada um cuidar bem do seu lixo e pronto, fica todo mundo feliz e o planeta agradece.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Últimos dias de férias



Nesses últimos dias de férias aproveitei para fazer o que não consegui fazer nas férias inteiras porque estava tão esgotada que não conseguia me concentrar em mais nada no fim de semana. Peguei 3 filmes que não posso deixar de indicar porque achei perfeitos.

Bom vou começar com Wall-e. O filme tem uma forte pegada ecológica, apesar do diretor ter dito que essa não foi a intenção, cá prá nós, duvido muitíssimo(aliás não só eu como o Maracanã inteiro). Mas enfim, o filme mostra um robosinho que ficou sozinho na terra, na terra/lixão melhor dizendo. Como os seres humanos não conseguiam mais viver lá já que não existia mais nenhum sinal de vida, eles ficaram em uma nave vagando pelo espaço esperando algum sinal de vida na Terra para poder voltar. E o diretor ainda diz que não quis propor nada especial em relação a ecologia, tá bom né? Se ele acha que engana alguém. Mas de qualquer forma vejam se ainda não viram, não vou contar muita coisa não, até porque detesto ver filmes que já tenham me contado toda a história por isso não vou fazer o mesmo.



O segundo que quero indicar pode parecer a primeira vista mais um romancesinho bobo daqueles que a gente já tá acostumado, e já se cansou prá falar a verdade. Mas não é. O filme aborda o amor de uma forma bem interessante a meu ver, não só o amor óbvio entre homem e mulher mais um amor fraternal também, sem interesse. Me identifiquei muito com esse filme, muita gente, com certeza se identificou. E mesmo sendo meio óbvio não é tanto quanto a maioria dos filmes que costumo ver. O que ele propõe na verdade é uma visita interior, uma mudança de "ambiente", umas férias consigo mesmo, para poder então descobrir quem se é de fato, o que se deseja da vida e o que se espera ser no futuro.



E finalmente o terceiro, que para mim é um filme obrigatório para os casais, em crise ou não, já que todos, se ainda não passaram, vão passar um dia por ela. Sugiro que ele seja visto sem preconceito, independente da fé de cada um, se for visto no espírito certo ele pode mudar sua vida conjugal. Sério, faz muito tempo que não vejo um filme tão bom nesse sentido, dá para ver que ele foi feito cuidadosamente, pensado especialmente para aquelas pessoas que ainda dão valor ao amor e aos votos que fizeram um dia diante da lei de Deus e dos homens. O que posso dizer é que vale muito a pena. O nome é Prova de Fogo. Assistam!
Enfim meu final de férias foi bem produtivo eu diria, consegui me visitar enquanto via esses filmes e me reorganizar para o retorno das aulas, coisa que não tinha conseguido fazer no mês inteiro de férias.