quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Minha alma velha..


Foto Marta Almeida Olhares.com


Ouvi tantas vezes nos últimos dias que parecia uma velha que comecei a me perguntar se haveria algum sentido nisso. Será que eu sou velha em algum aspecto que não sei? Quando é mesmo que nossa geração começou a se sentir velha, ou antes, quando começaram a nos ver assim?

Não creio que todas as pessoas façam indagações nesse sentido, talvez fazê-las seja ser velho, afinal o novo não quer saber muito de parar pra pensar(na grande maioria das vezes), refletir então se tornou meio obsoleto. Eu não sei, talvez seja muito pessimista da minha parte, mas eu me pergunto onde é que toda essa "novidade" vai nos levar, pra onde é que essa era do novo, do tecnológico, do speed, vai nos guiar. Até agora tenho visto nos levar para um lugar não muito bom, um lugar onde o sentimento fica pra escanteio, onde tudo o que digo agora parece brega, sem sentido, sem graça. Mas minha alma velha insiste em ainda se apegar à esses pensamentos.

De repente me transporto pra uma praça, pessoas conversam riem e choram, são felizes, pode parecer imprecionante mas elas não morreram sem a internet, sem a TV, pode ser até mesmo que viveram mais. Naquele lugar uma pessoa nunca teria morrido porque esqueceu de comer em frente a tela de um computador, nunca teria se matado de trabalhar pra comprar o carro do momento, o bum dos computadores. Computadores não matam, eu acho, mas porque nós temos morrido? Porque não ensinamos as máquinas como queremos viver nossas vidas, ao invés de deixar que elas ditem a forma com que devemos viver?

Afinal o que é velho, o que é novo? Sentir é velho, o agora é novo, o pensar é velho, o agir é novo. Novo.. Velho.. Disso é feito a vida, disso somos feitos, e é isso que fazemos, qualificar as coisas é humano, nos qualificar, ainda mais, e é da mistura do que fomos, do que somos e do que seremos que nos encontramos por aí, que vivemos. VIDA, eis aí o centro de tudo, não deixar de pensar naquEle que nos deu a vida nos faz mais humanos, nos faz lembrar daquilo que fica no final, quando o imaterial será tudo que temos e tudo que teremos.

domingo, 28 de novembro de 2010

Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho some




Quem não conhece esse ditado popular, só que da maneira errada como costumamos usá-lo. Achei bem apropriado usá-lo para falar um pouco da atual situação do Rio. Mas uma vez vemos o Rio em guerra, mas dessa vez em uma escala maior, talvez a maior de todos os tempos. Tenho acompanhado com apreensão tudo isso, mas não posso dizer que completamente espantada porque era de se esperar, por N motivos. Vamos há alguns deles: As pacificações nos morros obviamente e com isso a perca do território dos traficantes, principalmente. Os acontecimentos importantes como olimpíadas, copa, que vão deixar o Rio em evidência, e mostrar poder assim fica bem mais fácil também, dois coelhos em uma cajadada só, mostram a que veio, "ridicularizando" o país e apavorando a população.

Mas isso nós já bem sabemos, voltemos ao tema desse post. Vendo uma das muitas reportagens sobre esse fato na TV eu vi algo que me chamou a atenção, o depoimento de uma moradora do Rio que se destacou de todos os outros. Ela disse que a fala dela pareceria estranha mas ela se sentia aliviada, porque pela primeira vez ela via algo acontecendo, a polícia se mobilizando de verdade. Intrigante não é mesmo? Alívio nesse momento. Mas ela está certa, o enfrentamento é melhor que a recua, sempre. Enquanto fugimos do problema ele só aumenta, quando enfrentamos ele some, afinal não se ganha uma guerra sem travar batalhas.

Por isso sinto que o Rio está sim no caminho certo, enfrentando de verdade essa situação. É claro que seria melhor sem que precisasse haver tanto derramamento de sangue, mas infelizmente é a dura realidade de uma guerra, e ou morrem os bandidos, ou os inocentes. Infelizmente como em todas as guerras vai ter muito choro, como já teve, mães perdendo seus filhos, filhos seus pais. É.. bandidos também tem família, mãe, pais, filhos, não podemos desconsiderar isso. Mas infelizmente quem entra nessa vida sabe que ela não tem final feliz.

Torcemos para que tudo fique bem no nosso belo Rio de janeiro, que a paz reine daquele lugar, dentro do possível, e que esse "bicho" continue sendo enfrentado de frente, não só com armas, mas com livros, educação, cultura e amor.

Achei muito boa essa foto de João Monteiro, que foi premiada inclusive no site olhares para ilustrar esse post. Essa foto foi tirada em Luanda, mas temos em comum a ela e a todos os lugares, esses sonhos de crianças, de tornar um novo Fenômeno, de crescer e ser feliz, de viver. No Rio não é diferente.

sábado, 13 de novembro de 2010

Sobre o particular..



A internet e todos os recursos midiatícos e tecnológicos que conhecemos trouxeram muitas vantagens como sabemos, o contato cada vez mais rápido e interativo, a qualidade na imagem, no som, entre tantas outras coisas. Mas temos as desvantagens também é bem verdade, maquinizados que ficamos transformando coisas simples em espetáculo. Os primeiros passos de um bebê, de nossas criações, nossas decepções, até mesmo momentos extremamente íntimos que ninguém mais além de nós deveria saber. Eu mesma já contei tantas coisas da minha vida aqui, e tudo bem até uma certa medida.

Mas eu falo de coisas que realmente são únicas e são nossas, eu falo de perder a medida entre o particular e o público, não sei se seria a melhor palavra, mas a ideia é essa. Se tudo é universal, meus gatinhos brincando, um bebê nascendo, alguém chorando, morrendo e ao mesmo tempo é particular também, então qual é a medida disso?

Eu não sei se sou eu mesmo que penso demais, complico demais ou o que mas eu me cobro por exemplo quando me vejo querendo compartilhar um monte de coisas manais. Ex: Novamente os gatinhos. rs Estou com 3 filhotes em casa, eram quatro, um já ganhou uma nova casa. Vejo-os brincando, fazendo suas artes, seus rostinhos lindos e tiro um monte de fotos, coloco no orkut, no celular, onde posso, fico querendo filmar a toda hora, mas nem tenho nenhum recurso muito bom pra isso. Mas o fato é que me policio quando vem a ideia de que tenho que mostrar o que acho bonitinho, fofo. Não tenho! Algumas coisas são só para serem admiradas mesmo, momentos pra guardar na memória e pronto. São meus e só. Será que estou complicando demais as coisas?rs

O que quero dizer é que muitas vezes deixamos de curtir alguns momentos integralmente só pensando em o que fulano ou siclano vão pensar quando virem, em quantos acessos no youtube vão ter, quantos comentários no orkut, e pra que? Só penso que talvez estejamos artificializando um pouco demais a vida, virtualizando demais e abrindo mão de pequenas coisas que nos fazem felizes e pronto. Acho que tenho batido muito nessa tecla ultimamente né? Mas é fato que isso tem me incomodado, e tudo que estou escrevendo tenham certeza, escrevo pra mim mesma também.

Continuemos a compartilhar as coisas boas da vida sim, porque não?! Só tentemos não extrapolar muito, perder a medida do particular. Afinal são essas as melhores coisas da vida, as que não se pode descrever nem com mil palavras, nem mostrar, porque só significam algo pra você mesmo, e é isso que importa.

sábado, 6 de novembro de 2010

Democracia


Foto de Manuel Madeira - Olhares.com


Esse é o tema do artigo que tenho que fazer pra sociologia e estou com certa dificuldade de começar. Tenho algumas ideias a esse respeito talvez polêmicas não sei, mas é o que penso. Por exemplo, se democracia é o poder de escolha na mão do povo porque esse poder ainda não nos é completo? Deixe-me explicar. Ok eu posso votar e escolher quem eu quero, mas aí é que tá eu não posso, eu sou obrigada a votar. Se democracia implica em liberdade então eu só deveria votar se quisesse, acho que assim sim poderia dizer que esse poder é meu. Nos Estados Unidos é assim, creio que em outros lugares também. Aí alguns falam, "ah mas eles já sabem lidar melhor com isso". E eu pergunto, quando é que um povo pode aprender a lidar com uma coisa sem exercitá-la? Temos que aprender a lidar com o poder que temos, inclusive o poder de poder escolher votar ou não.

Essas eleições nos mostraram coisas curiosas, boas e ruins. Marina com uma votação bastante expressiva em sua primeira tentativa ao cargo de presidente, Tirica eleito, uma abstenção bastante grande de voto. Mas pensemos em Tiririca por hora. Será que ele teria sido eleito se as pessoas não fossem obrigadas a votar? Teria sido um voto de protesto? Bastante alienado é bem verdade já que as consequências foram sequer avaliadas. Mas eu fico pensando nisso, em quanta gente vota por votar, só porque é obrigado, e como as coisas poderiam ser diferentes se cada um pudesse escolher votar ou não. Tem tanta gente(a maioria das pessoas por sinal), que nunca acompanha política, tá se lixando pra isso e depois vai lá e vota só pra cumprir um rito obrigatório. Eu não sei mas creio que se pudéssemos escolher votariam apenas quem tem o mínimo de respeito e consciência sobre política.

Bom mas isso aqui é Brasil e por enquanto é assim que é né? Agora Dilma foi eleita e como a querida Marina disse, agora ela é nossa presidente gostemos ou não. Temos então que fiscaliza-la, exercer nosso direito pós eleições. Como diria aquela antiga canção, "até bem pouco tempo poderiamos mudar o mundo, quem roubou nossa coragem?" Ainda podemos, se quisermos. Então olho nela, e em todos os que elejemos ou não, o que importa é que esse é NOSSO país, e temos que usar dessa "democracia" para cuidar dele.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mergulhe



Desculpem o sumiço pessoal, novamente. Para os poucos que ainda lêem o que escrevo obrigada pela paciência.rs Mas essa correria louca em que nos metemos as vezes dá nisso, a gente fica sem tempo pra fazer o que gosta, e estressado demais pra se lembrar delas. E é sobre isso que quero falar.

Tenho pensado(aliás coisa que faço demais), em como vamos passando pela vida e nos anestesiando muitas vezes para o que realmente importa e eu me pergunto se não é isso que gera tanta violência com as pessoas com a natureza. Nós passamos pelas coisas simplesmente por passar, vemos árvores nas ruas nas estradas, mas não enxergamos, tocamos, sentimos, e se não sentimos não nos pertence. "Porque preservar a natureza? E eu aí que a natureza? Que diferença faz? Ligo meu computador e vejo os lugares que quizer sem sair do lugar, coloco um bonito descanso de tela e pronto, é o mais natural que vivo."

Eu tenho uma ligação imensa com a natureza, é meu jeito pessoal de descarregar as energias e recarregar também, quando não estou bem penso logo em mato, água, e geralmente um bom mergulho ajuda bastante. Eu curto bastante essas coisas tomar banho de chuva, sentir o vento, ficar sozinha comigo mesma, só eu e Deus. Isso me leva a meditar, rever e sentir mais as coisas, quando não faço sinto falta. Mas pensa em quanta gente nunca teve contato e não sente a menor falta, tá acostumado a lidar só com máquina e maquiniza também todas as relações humanas?

O que uma coisa tem haver com a outra? Tudo. Como já disse é claro que não vou cuidar do que não sinto, consciência ambiental, que isso? Pra quem não tem o mínimo de contato com o ambiente em que vive. E gradativamente vai se perdendo o contato com o animal humano também, vai se perdendo a sensibilidade, não se enxerga mais o outro, pra quem mal se enxerga não dá pra pedir muito mesmo.

Por isso tente não se contentar com a superfície, por mais que seja difícil tente olhar pra dentro pra conseguir olhar pra fora, tente olhar mais paro o natural, para a vida. Eu sei como as vezes as coisas parecem escuras e sem solução, sei muito bem, mas elas sempre podem ficar melhores quando as enfrentamos com a alma mais aberta, despoluída nessa confusão diária do mundo. Por isso faça o que fizer não fique na superfície, mergulhe, mergulhe nos sentimentos, no contato, até mesmo na dor, faz parte então é melhor viver, ir até o fundo dela e voltar mais forte. Vamos lá, vamos mudar o mundo começando por nós. Mergulhe.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nem tudo está perdido




Não sei como foi para a maioria das pessoas, mas essa eleição para mim foi especial, e nem estou falando de "ganhadores" ou "perdedores" mas de uma coisa muito mais importante que tudo isso e que a gente não se lembra muito no dia a dia. Falo de um espírito diferente, uma coisa boa que estamos nos desacostumando a sentir, uma fé de que nem tudo na nossa política está perdida, é claro eu falo da Marina.

Sabe eu trabalhei muito na política, certa ou errada eu sempre agarrei com unhas e dentes o que eu fiz, se eu estava de um lado, fosse qual lado fosse, eu estava porque acreditava, e isso foi bom e ruim também. Não preciso nem dizer o que acontece no final né? É claro me decepcionei, minha utópica visão de política e de políticos honestos aos poucos foi sendo levada água a baixo e eu ficava me perguntando se tinha mesmo que ser sempre assim. Bom a Marina tem me mostrado que não, ainda podemos apostar em muita coisa boa por aí, a Marina trouxe uma onda muito boa que se quizermos pode durar e trazer outras.

O Brasil provou nas urnas que quer renovação, me assustei com a votação expressiva que a Marina teve, tá certo que esperava mais, mas por ser a 1ª vez dela foi excelente. Mas melhor que isso foi a mobilização que isso gerou, uma mobilização bonita de se ver, limpa, sem aquela baixaria que estamos acostumados, o que vimos foi uma pessoa boa atraindo outras, gestos, manifestações em prol de uma causa maior que vai muito além do ganhar ou perder, tem haver com o resgate daquilo que perdemos, o respeito a política. To me lixando pra Tiririca, "Azias" e todo o resto, se colocarmos tudo na balança o resultado foi muito bom sim, o que não podemos é deixar isso acabar.

A Marina venceu sim, venceu porque resgatou a nossa fé, coragem e altivez. E quer saber? Se nos unirmos a cara que o Brasil terá não será de Serra ou Dilma, será a nossa, eu insisto nisso porque é verdade e temos que acreditar nisso, nós podemos fazer muito se quizermos se não escondermos nossa coragem embaixo de uma cama. Vamos lá, mostremos de que é que o Brasileiro é capaz pela sua terra, pelo seu povo principalmente, vamos mostrar que estamos acordados e alertas ao que tem acontecido a nossa volta. Será que to sendo utópica de novo? Eu espero que não.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Do It



Do It
Lenine
Composição: Lenine/Ivan Santos

Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, aguenta

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance

Se tá puto, quebre
Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta, não se submeta..

Mais uma vez as músicas do Lenine, não posso evitar.rs Gosto muito dessa letra, principalmente porque ela é toda movimento e eu creio que isso é o que mais tem faltado para todos, para nossa sociedade de um modo geral. Passa tempo, meses e anos e vemos pouca coisa mudar porque escolhemos assitir a vida ao invés de atuar nela.

Pensem no cenário que temos hoje na política, da distruibuição de renda, nos nossos direitos. Direitos.. Será que ainda os temos de fato? Renunciamos tão facilmente, parece tão barato, tão pouco. As vezes eu confesso que tenho medo, medo do futuro, do que vai ser se ninguém resolver se mover, mas se mover de verdade. É claro que não dá pra generalizar, nunca, mas poucos fazendo muitas coisas, não dá, nem que esses poucos quizessem conseguiriam dar conta de tudo.

Por isso essa mensagem é pra hoje, pra ontem, pra sempre. Do It! Façamos algo enquanto ainda podemos, a ditadura maior de todas é aquela que imputamos a nós mesmos, por medo, por preguiça, por qualquer coisa não justificável, façamos algo e façamos já.

sábado, 11 de setembro de 2010

Mito da caverna moderno




Minha professora de filosofia a uns dias atrás nos deu um desafio que eu amei diga-se de passagem, reescrever o mito da caverna de Platão. Pra mim foi como "jogar o sapo n'água" como dizem, amo escrever e o mito é incrível. Então humildemente eu escrevi e vou compartilhar com vocês, não ficou muito curto, mas se tiverem paciência de ler.rs Aí vai.

Pensamentos de Beatriz

Beatriz vive em um mondo de coisas estranhas, de bichos estranhos que se escondem, ela mal pode vê-los, passam sempre tão depressa. Beatriz mal se enxerga a luz a clareia rapidamente e logo se vai. Ela vaga como um zumbi sem esperança de um dia sair dali. O que estaria acontecendo com todos afinal? Ela ouve contar que um garoto foi morto porque esbarrou em uma mulher com um bebê em um ônibus, depois disso ao andar ela evita encostar nas pessoas, agora além de ela mal falar com a s pessoas ela tem medo de toca-las.

Beatriz começou a ficar com medo de tudo e de todos, começou a desenvolver manias estranhas como a de se lavar o tempo todo e já quase não saia de casa. A mania de se lavar ela percebia que geralmente vinha depois que tocava em alguém em casa, no trabalho, onde quer que fosse. Afinal como não sentir repulsa por homens que se revelavam tão cruéis?

Foi então que Beatriz começou uma busca quase que solitária pelas respostas que precisava sobre o que acontecia com ela. Pesquisou em livros e na internet e descobriu que estava com depressão, mas o que seria isso? Sabia como motorista que depressão na pista significava um buraco ou uma grande baixada, estaria ela então dentro de um buraco? Um dia um amigo(um dos poucos que ela ainda tinha) foi visita-la e lhe disse algo revelador. Ele disse que só tinha depressão quem pensava minimamente sobre a vida, quem refletia sobre ela e não apenas vivia e se acomodava sem se preocupar com o sentido dela. Beatriz então se sentiu especial, ela era diferente da maioria das pessoas, suas buscas a levaram a depressão talvez essa fosse a chave para que ela pudesse sair também.

No dia seguinte Beatriz que estava de licença do trabalho começou a andar pela casa pensando nessas coisas, de repente passou por um espelho grande que ficava em sua sala e parou em frente a ele, sentou-se no chão e começou a olhar cada traço de seu rosto, suas olheiras fundas de noites e noites em dormir direito, o cabelo descuidado. Onde estaria aquela mulher vaidosa e cheia de vida que ela já fora um dia? E então ela começou a fazer uma oração silenciosa, quase que instintivamente, coisa que já não fazia há muito tempo. Abriu os olhos e já se sentia um pouco melhor.

Ela levantou-se e continuou a andar pela casa, onde estariam todos? Lembrou se morava sozinha e tinha poucos amigos. Ela então se encaminhou ao jardim, sim ela tinha um jardim, o que era um privilégio em uma cidade tão grande, mas quase sem nenhuma flor, estava seco, como ela mesma. Ela molhou bem a terra e começou a mexer nela, arrancar as pragas, enquanto o fazia pensava na própria vida, mas “pragas” que foi deixando acumular ao longo do caminho, da solidão do medo. Ela nem sabia mais o que era um relacionamento sadio com a família ou quem quer que seja. Tinha agora 30 anos e estava há uns 5 anos sozinha.

Beatriz começou uma longa viagem para dentro de si mesma, e foi só com ela mesma que ela conseguiu encontrar as respostas que precisava. Os dias foram passando e as primeiras folhas novas foram nascendo em seu jardim, Beatriz acorda bem cedo d penteava, se pintava e ficava bela para ela e para seu jardim, e quanto mais aprendia e compreendia quem ela era, mais se sentia feliz. Até um dia sentir uma paz tão grande que não cabia mais naquelas paredes.

Beatriz saiu de casa e foi contar para todos o que acontecera com ela, com um vestido florido e toda arrumada, o cabelo solto, saia a contar como descobrira que a vida podia ser sim, muito mais bela e possível de ser vivida, e como o contato consigo mesma a deixara mais sensível e mais humana. Mas as pessoas diziam que ela agora sim estava louca e iludida, que a vida não era um conto de fadas como ela imaginava. E ela se perguntava se haveria alguém que pudesse entendê-la.

Com o tempo ela descobriu que sim, essas pessoas existiam, mas não eram tantas assim, teria de se acostumar com a ideia de que sempre se sentiria meio estranha a partir daquele momento, mas não importava mais, ela era mais feliz.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Falar e ser ouvido..




Das muitas coisas que sempre penso, uma em especial ficou martelando na minha cabeça nos últimos dias, a dificuldade que temos tido na correria do dia-a-dia de ouvir o próximo. Há um mês mais ou menos aconteceu um fato muito triste com uma amiga, ela perdeu uma amiga de infância que foi morta pelo namorado, o caso teve até destaque na mídia, foi um crime bárbaro. O que tem a ver? Bom, estudos mostram que falta de afeto e atenção, principalmente nos primeiros anos de vida, tornam as chances de uma pessoa se tornar um psicopata bem maior, 70%, é bastante. Parece que esse era o caso desse rapaz, falta de carinho, de atenção, que pode ter gerado um bloqueio que no fim virou uma falta de aceitação da rejeição, que acabou levando a morte de uma outra pessoa.

Fico me perguntando o que tem feito com que nos tornemos tão individualistas e insensíveis, a ponto de não estender a mão para quem precisa, não parar por um minuto pra ouvir uma outra pessoa, pra abraçar, dar carinho. Como disse foi comprovado que quando a criança não recebe carinho ela pode se fechar tanto que pode se tornar um psicopata. Pensando nisso soube que um grupo de pessoas vai como voluntário em alguns orfanatos só para dar colo aos bebes, dar carinho, "conversar". Fiquei encantada quando soube disso, alguém ainda se importa, temos que aprender a nos importar também. Assim como uma criança que chora por um colo e não tem pode acabar ficando doente no futuro, isso acontece em certa medida com todos nós. Todos sabemos como é horrível e desesperador "gritar" sem que ninguém escute, quer dizer, espero que nem todos tenham tido essa sensação. Eu já tive, mas no meu caso eu tive a certeza de que a "pessoa" mais importante me ouvia, e Ele se fez presente, meu Deus não me desamparou. Mas para quem não tem nem isso, imagino que deva ser desesperador.

Nesse momento a centenas e milhares e milhões de vozes "gritando" por aí, em blogs, em vlogs, em casa, no campo, em tantos lugares. Com ou sem a tecnologia, se escondendo ou não por trás dessa máquina onde muitos preferem passar o tempo fugindo do mundo real, como no mito da caverna, como se não existisse mais nada. Seja de que forma for há pessoas sofrendo, com medo de tudo e de todos, e pra elas até mesmo um bom dia fará diferença. Afinal o mundo é bem maior que nosso umbigo, podemos criar as máquinas mais modernas e mais rápidas do mundo, ainda não inventaram uma máquina de carinho, e se inventarem que guardem para si, ainda prefiro o real. Por isso se vir alguém sofrendo ao seu lado, tente fazer algo, não precisa ser muito, talvez ela só queira ser ouvida.

domingo, 15 de agosto de 2010

Ganhar ou perder?



Eis a grande questão da humanidade, ser vencedor ou ser perdedor? Um garoto cresce ouvindo que precisa vencer na vida, ser o 1º, vencer os outros, e aí nem todo mundo entende isso da mesma maneira. Ser melhor como? Vale tudo pra isso? Vale matar, roubar, enganar? Esse mesmo garoto se vê em uma situação ruim, ele não é enxergado, ele não é o 1º ele sequer é o último, e então alguém coloca uma arma em sua mão e o diz que com ela ele nunca vai passar despercebido, agora ele manda. Quem são culpados? Todos nós. Porque alguém tem que ser sempre o 1º? Porque alguém tem que perder para outro ganhar? Porque não podem existir vários ganhadores de formas diferentes? Posso não ser o mais rápido, mas posso ser o mais engraçado, o mais carinhoso, o mais amigo, leal. Porque temos que rotular as pessoas e dizer que umas são melhores que as outras?

Temos que nos policiar com as sutilezas da vida que nos são impostas todos os dias. Ouvi algo muito sutil na época da copa e fiquei pensando. Estávamos vendo os jogos e alguém disse que era melhor ganhar em 3° do que ser 2º lugar, porque quem é 2º na verdade perdeu do 1º. Que triste não? Alguém sempre tem que ser perdedor? Ser 2º não basta, ou 3º ou 4º, só o 1º vale. Se for assim estamos perdidos não é? Não cabem todas as pessoas do mundo no 1º lugar do pódio ou cabem? Você é melhor em alguma coisa, em fazer alguém sorrir, em amar com todas as forças, em tirar de uma pessoa simples aos olhos dos outros o que há de mais especial de dentro dela, você vai ser sempre o 1º pra alguém, não importa o que faça ou quantos prêmios tenha, você é especial pra alguém, pra você mesmo e isso basta. E isso basta? Deveria.

Podemos não ser os melhores nas nossas profissões, nem o mais bem sucedido, mas faça o que fizer faça de coração e você será muito bom nisso, o melhor pra alguém, pra sua comunidade, pro seu bairro, pra sua empresa, ou pro seu colega de trabalho. Ame, ame muito viver, você com certeza faz diferença pra alguém ou fará se agir assim. Não se constrói nada sozinho, não existiria o 1º se não houvesse o segundo e por aí vai, por isso é besteira perder tempo com coisas pequenas, com números e colocações, a coisas melhores a se fazer, viver por exemplo. Eu digo por mim, quero a partir de hoje perder menos tempo em tentar superar os outros, mas tentar a cada dia me superar, me realizar e realizar a Deus que pra mim é quem mais importa. Quero ser feliz, amar muito, ser muito amada, sonhar e realizar tudo o que puder, sem importar se serei a primeira ou a última, serei eu, e basta.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Coisas que eu não entendo.. Importantes pra quem?



Tem muitas coisas na verdade que não entendo nos dias de hoje então a maioria delas se destaca de uma maneira absurda, mas vamos lá. Uma das coisas que menos entendo, como pessoas conseguem idolatrar outras pessoas como se as tais fossem feitas de uma matérias diferente dos outros seres humanos, como se não tivessem as mesmas necessidades, as mesmas fraquezas, como se não fossem humanas mesmo. Eu não consigo entender isso, porque não tem nenhum sentido, se amanhã eu vir um artista de televisão na minha frente eu não vou fazer nada, primeiro porque eu não conheço, não faz diferença pra mim, se um amigo passar aí sim vou cumprimentar, abraçar, faço uma festa dependendo do tempo que não vejo, aí sim.

Não sei porque isso acontece, mas nos acostumamos a pensar que esse aparelhinho que temos em casa chamado TV torna as pessoas mágicas, encantadas, sei lá. Sei que a maioria das pessoas tem certeza que tem um posinho de pirlipimpim ali dentro, só pode ser. Só pode ser porque é só aparecer alguém ali dentro pra ele ser importante. Até os bandidos ficam importantes, olha só, vendo assim nem parece tão mal né? Mas não, eles não são maiores, nem melhores, nem mais perfeitos que ninguém. Sou mais importante que qualquer um deles, para os meus amigos, minha família, assim como eles são para outros. Por isso não tem nenhuma lógica pensar que seja diferente e eu fico chocada com quem pensa que sim, que saber da vida inteira de um estranho vai tornar ele mais próximo, vai fazer com que ele tenha qualquer consideração por tal pessoa e mesmo que tivésse pra que?

Bom eu sei que prefiro o mundo real, sem fantasias, eu já as tive mas acho que isso é coisa de criança, quando você cresce você tem que começar a agir como gente grande e aí muito do que você fazia antes começa a parecer babaquice. Babaquice querer ser uma super top model pra todo mundo te notar e invejar seu corpo, babaquice querer ser um super astro do cinema pra ter todas as mulheres a disposição e todo o dinheiro que puder, mas se você ama de verdade essas coisas aí sim.

De qualquer forma o que eu sonho hoje e acho que devemos pensar nisso, é em fazer a diferença no nosso meio, poder ajudar as pessoas com o pouquinho que a gente sabe, unir as forças e construir um bairro melhor, uma cidade melhor, um estado e um país melhor. E não importa se isso não vai ser notícia no jornal, na internet ou no cinema, o que importa é não passar por essa vida em branco, não viver como quem está a passeio mas como quem quer e pode ser e fazer melhor sempre, mesmo que ninguém nunca reconheça isso. Vamos nessa?!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

A tão antiga e famosa guerra dos sexos...




Desde sempre comenta-se o papel do homem e o papel da mulher na sociedade, no relacionamento e etc, etc e etc.. O que me espanta é que eu percebo nessa sociedade atual muito de outras sociedades, de 1900 e lá vai bolinha, em algumas coisas só, claro, mas muito mais do que deveria. Eu sei lá, tem algumas coisas muito ultrapassadas a meu ver, principalmente nos relacionamentos. Por exemplo: Muitas mulheres ainda acham que ser "certinhas" significa não demonstrar muito os seus sentimentos aos homens, eles que tomem atitude, elas não, as que tomam são qualificadas com nome de peixes e animais e por aí vai. É claro que não tem que ser nem 8 nem 80 né? Mulher atirada demais assusta "nossos homens" do século 20, brincadeira. Não sou a favor de muito atiramento não, de nenhuma das partes.

A bem da verdade é que todo mundo tem que rever seus conceitos, nem se podar demais, nem estrapolar também. A gente acaba perdendo tanta coisa por medo, vergonha de expor nossos sentimentos, anceios, e que sentido isso tem? Eu sei que aos poucos estou deixando o excesso de pudores de lado e encarando a vida com menos medo, dando mais a "cara a tapa" pra não me arrepender depois. E poxa como isso é bom! Afinal quem foi que determinou que só o homem tem que expor seus sentimentos, tem que "chegar" como costumam dizer, com o que anda tendo de "bunda mole" por aí se as mulheres não se mexerem eu vou falar, a coisa vai ficar difícil.

Então mulheres e homens, atitude é a palavra, sigam o coração em primeiro lugar, botem o medo pra correr e vamos deixar de ser "década de 20" e lutar pelos nossos sonhos, nossos amores, com responsabilidade, respeito e dignidade. Porque afinal quem tem que correr atrás da nossa felicidade somos nós, ninguém vai bater na nossa porta oferecendo um pacote. Pensem nisso!

sábado, 31 de julho de 2010

Voltei!!



Olá!! Desculpem o desligamento dos últimos dias mas eu tava precisando, curti minha família amigos, desliguei um pouco do mundo e agora to de volta. Sentiram minha falta? Nada né? Mr. Gomeli obrigada pelo recadinho to aqui "traveis".

Então eu cheiguei de viagem ontem, 14 longas horas, e to muito pregada ainda, então vou falar de uma coisa meio boba e depois eu escrevo sobre um assunto descente.rs Vou falar da minha mudança de visual. Quando cheguei na casa da minha tia meu tio detonou com a minha aparência e ele tinha razão tava detonada demais, mas eu dei um jeito nisso, minha tia pintou, cortou meu cabelo, fez sombrancelhas, enfim, barba, cabelo e bigode. E eu fiquei assim:




Foi muito bom pra minha auto-estima, foi ótimo pra mim mesmo. Sabe a gente não se dá conta na maioria das vezes como isso faz diferença e é tanta coisa que a gente esquece de se cuidar algumas vezes,mas pra mim foi muuito bom nesse momento. Sabe com a correria do dia-a-dia a gente acaba esquecendo esses cuidados de mulher, e homem claro, todos temos que nos cuidar. Eu ultimamente deixei muita coisa de lado, agora vou tentar não perder mais esse lado de vista. Sou contra quem é escravo do espelho, mas cuidado com a aparência é essencial.

Bom, estou na "ressaca" da viagem e sem muita cabeça pra escrever, mas to de volta não vou abandonar o blog mais não.rs

Beijos a todos!

sábado, 17 de julho de 2010

Mais coisas sobre o tempo...



Os últimos dias tem sido de extrema reflexão pra mim, não me planejei pra isso, estou de férias, mas essas coisas não se planeja mesmo e não dá pra tirar férias de si mesmo. É bem verdade que dá vontade, mas não dá, pra onde quer que vamos levamos na nossa bagagem nossos medos, anseios, mágoas, fantasmas, tudo aquilo que superamos e que julgavamos ter superado, tudo aquilo nos faz, que nos molta e nos leva a ser quem somos. Nos últimos dias um sentimento me envolveu de uma forma repentina, a culpa. Culpa sei lá de que e sei lá de onde, culpa de não ter feito mais quando deveria, de não ter corrido atrás, de ter tido medo ou sei lá o que. Como disse uma culpa meio sem sentido.

Pensemos. Quando deixamos de fazer algo, quando sentimos medo, não nos sentimos prontos ou seja qual for o motivo, nós o fazemos porque queremos? Creio que não, fazemos, na maioria das vezes, porque não conseguimos, naquele momento, fazer de outra forma. Somos de carne e osso, tudo o que acontece nas nossas vidas nos afeta de certa forma, desde a nossa infância até a vida adulta, cada um aceita as coisas de uma forma. Algumas pessoas tem uma força incrível e uma facilidade imensa de superar situações difíceis, outras não, simplesmente porque ninguém tem uma história igual a do outro. Por isso como já disse algumas vezes, não gosto de comparações porque simplesmente não vejo sentido nelas.

Mas como dizia, as vezes temos esses sentimentos completamente humanos, de culpa, por não termos conseguido ser diferentes como gostariamos ou deveriamos. Mas a verdade é que tudo tem seu tempo, cada um tem um reloginho interior e as coisas acontecem no seu momento, se esse reloginho estiver em primeiro lugar apontado para Deus a chance dessas coisas darem certo é obviamente muito maior. Mas o fato é que temos que respeitar esse nosso tempo e saber que existe uma coisa chamada maturidade, não dá pra ter reações de adulto quando se é criança, por isso se algumas coisas fogem ao nosso controle em alguns momentos é porque nós simplesmente não estavamos prontos pra elas e pronto. Se o "adulto" da vez não pode fazer tão pouco uma criança poderia, e talvez esse "adulto" também não tenha conseguido crescer na hora certa.

Conclusão? Sei lá, isso depende de cada um, só sei que a culpa é um sentimento que nos leva de lugar nenhum a lugar algum. O perdão sim, esse modifica todas as coisas ao nosso redor, e nos faz caminhar, seguir em frente. Por isso antes de qualquer coisa é preciso se perdoar e tentar mudar sempre, porque ninguém nunca vai ser pronto e acabado, não aqui nesse mundo limitado. Que permaneça a essência e o que de melhor pudermos cultivar, que permaneça o amor.

sábado, 10 de julho de 2010

To de férias..



É, enfim minhas tão sonhadas e merecidas férias, hora de rever a família os amigos, de mudar o visual.. É, estou de cabelo novo e tudo, o que é ótimo porque eu bem que estava precisando e minha tia é cabeleireira agora(e das boas), então ficou mais fácil.

Eu custei a acreditar que estava vindo pra cá, quantas saudades de todos, a maior parte dos meus amigos eu ainda nem vi mas vou ver hoje em um culto na casa de amigos muito queridos. No mais quero aproveitar muito esses dias, descansar, abraçar muito todas as pessoas que tanto amo e organizar alguns pensamentos na minha amada São José do Rio Preto, minha segunda casa.

Beijos a todos, até logo!

sábado, 3 de julho de 2010

Aniverário do blog!! êêê!!




Olá!!

1 aninho de blog, "dizendo", matracando um monte de coisas, e vocês "ouvindo" e comentando, êêêê!!! Dia de festa aqui no blog. 1 ano da ideia de parar de "falar" tanto sozinha e começar a dividir um pouco minhas divagações com vocês, o que amo fazer diga-se de passagem.

Pois bem, pra comemorar resolvi fazer uma seleção, a minha seleção das postagens mais marcantes, as que mais gostei de escrever(difícil!), os que mais me chamaram atenção nos comentários, as mais polêmicas, as que ninguém leu, enfim..rsrs Escolhi doze dessas postagens das 76, se não me engano, até agora. O que acontece é que quando a gente escreve algo tem que fazer sentido 1º pra quem escreve claro, senão não vai fazer pra mais ninguém, então aí vão os que mais fizeram sentido pra mim, mais representativos sei lá.rs Aí também quem chegou agora e ainda não leu lê. Enfim, a casa é de vocês a festa é nossa, fiquem a vontade. E claro aproveito para agradecer a todos aqueles que não deixaram esse blog acabar, nos momentos em que fiquei muito triste e pensei em para de escrever, meu muito obrigado ao apoio de todos, vocês nem sabem como me ajudam sempre, esse lugar aqui acabou se tornando muito especial pra mim por causa de vocês.

E vamos aos doze:

Onde dói a ferida

Paciência

Espera que o sol já vem

Nova façanha da Paris


Mente cheia..mente vazia

As polêmicas:
Minha opinião lei contra homofobia

O mais comentado:
Feliz ano velho

Cheiro das coisas

Um aniversário e um drama: rsrs
É quando as folhas caem

Como a faculdade me deixava muitas vezes
Sem inspiração

Um pouquinho de política(que nunca foi meu tema favorito, mas eu tento):
Votado vale-cultura

Só vontade, ainda to aqui: rs
Vontade de desistir

Beijos a todos que ajudaram a costruir esse cantinho, as referências que tive como Fred, meu amigo Ricardo, Calebe e tantos outros. Beijos a todos, saúde, paz e que Deus os ilumine sempre! Até a próxima! Vocês vão ser sempre bem-vindos nesse "trem".

sexta-feira, 2 de julho de 2010

E agora Brasil?



Pois é, escrevo agora na emoção dessa desclassificação, quase chorei junto com o Júlio César, o grito de campeão ficou preso na garganta, não deixa de bater uma tristeza não tem jeito. Mas vamos lá, tiramos muita coisa boa daí, a seleção lutou, lutou até o fim como dever ser, mas o peso de um país inteiro nas costas torcendo por aquele gol que teimou em não sair pesou, pesaria se fossemos nós, qualquer um. Faltou equilíbrio? Sim, é fato, mas acontece. E não adianta agora dizer quem é que errou, quem é que deveria ter ido e não foi, acabou, por enquanto.

Acho que tiramos como disse muita coisa boa dessa copa, o cala boca do Dunga na rede Globo pra mim foi uma das melhores coisas, ingenuidade em partes porque ela é muito mais poderosa que ele, mas valeu pela coragem, espero que ele continue como treinador, ele tem coragem, tem fibra, digam o que quizerem eu ainda aposto nele. Palmas também para nossos jogadores, jogaram um futebol bonito, não todo o tempo, mas foram chegando no lugar aos poucos, não há tempo pra Holanda. E parabéns é claro a todos os brasileiros, a torcida que é sempre tão fervorosa, confiante, tomarta que agora sejam especialmente generosas na volta do Brasil pra casa, eles não merecem nada menos que todo o nosso carinho e respeito.

Sorte.. Essa tal sorte é uma variável, azar pra nós, sorte pra Holanda, pra Argentina também que não tá merecendo diga-se de passagem, principalmente por causa daquele "mala-dona", mas agora estão mais tranquilos sem nós. E pra Gana, eu sei que tem poucas chances mas minha torcida agora é pra ela. E pra todos os que continuam, pra cada azar tem uma sorte do outro lado.

Perda.. Eis um sentimento que ninguém gosta, da sempre aquela agonia, aquele sentimento de algo a mais poderia ser feito, mas na maioria das vezes a resposta é nada, nada poderia ser mudado, nada poderia ser diferente, as coisas são o que são, só perde quem não luta e isso com tudo na vida. Então nós ganhamos, sim, ganhamos muito!

E agora vamos juntar essas forças, esse grito, essa coragem para a nossa "copa" da democracia. Lutar contra tiranos como a rede Globo que já dão Dilma como eleita no seu posicionamente em todos os momentos, e tenta apagar Marina que ao meu ver seria o grande "gol" para o Brasil de fato. Mas que está praticamente perdido como a vitória do Brasil já estava aos 44 do 2º tempo. Acho que sobra gana, garra e empolgação pra copa e falta pra lutar contra a maré do conformismo quando se trata de Brasil de fato, do nosso país. Eu custo a acreditar que a Dilma esteja na frente na corrida presidencial. Quem é Dilma? Ela não é clone do Lula como se pensa, e ele foi um idiota ao apoiar ela, mais idiota ainda é quem pensa que ela é ele. Vamos acordar agora da "ressaca" da copa e pensar na vitória do nosso país, sinceramente a mim dá vergonha só de pensar em ter uma fulaninha qualquer arrogante e sem conteúdo algum, ao meu ver, dirigindo um país. Enquanto Marina tem uma bagagem de meio ambiente, de luta pelo nosso país, competência e inteligência, reconhecimento mundial. Querem mais uma desclassificação? Dilma pra presidente, "depois chora na cama que lugar quente!"

sábado, 26 de junho de 2010

Mudanças de "estação"




Olás!! Cá estou outra vez. Como diriam os meninos do JV, "mais uma vez de novo, aqui, novamente!!" rs E sem muita inspiração pra falar bem a verdade. Fim de período, carta de demissão e um cansaço gigante. Pois é, pois é, fui demitida. Acho que essa foi a melhor notícia dos últimos tempos, fizeram por mim o que não tive coragem de fazer, mesmo detestando o que tava fazendo, porque afinal de contas eu tenho minhas contas, a faculdade é cara e tudo mais. Aí é aquela coisa, você sai do trabalho mais o trabalho demora a sair de você, ainda mais quando a coisa é feita repentinamente e friamente como foi no meu caso. Você se sente apunhalada, a pior das criaturas, até ver que o mundo não acabou por causa disso. Pelo contrário, "seu mundo" acaba de começar a se florir novamente de voltar a primavera, mesmo que a primaveira interior tenha um outro tempo, diferente do que gostariamos.

Sabe, a verdade é que não gostamos muito quando a vida nos prega essas "surpresinhas", boas ou ruins nós sempre temos medo, as mudanças dão medo. Mas elas tem que acontecer e são boas, na maioria das vezes, se bem que acho que elas sempre são, depende do que nós vamos fazer com elas. Se vamos nos enterrar em uma cama e chorar as injustiças do mundo, que de repente resolveu se virar contra nós, ou confiar em Deus, arregaçar as mangas e lutar sabendo que sempre dá pra fazer as coisas melhores, fazer dos nossos campos mais floridos, e que essas surpresas acontecem muitas vezes pra nos mostrar isso.

Tudo o que sei, é que confio sim naquEle que me deu a vida e sei que o que Ele fez foi o melhor pra mim. Para vocês o que espero que fique é o que estou tentando fazer com que "fique" em mim (e estou conseguindo,rs). As mudanças são boas sim, nos tiram do lugar de conforto e nos fazem lutar pela vida, pelo que queremos de verdade e não defender o que temos, por medo de não conseguir nada melhor. Nós sempre podemos mais, e são esses momentos que revelam a força que nós nem imaginavamos que tinhamos. Por isso mude, mude quantas vezes for preciso, até alcançar a sua felicidade. A minha antes de qualquer coisa começa em Deus, se essa é a nossa base então é só "meter as caras" como dizem, "bola pra frente" e que seja bem-vinda a nova vida!!

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Até o fim..



Esse vídeo foi um achado, não pude deixar de postar, confesso que ainda não tinha ouvido. Amo Chico, Ney também, mas essa realmente não conhecia. Tecnicamente falando fiquei impressionada, um clip bem moderno, não sei ao certo a data mas deve ter uns 15 anos pelo menos, imagino.

Quanto a letra, bom, o que dizer? As vezes as coisas podem não começar muito bem, mas temos que continuar, ir até o fim. Mas no caminho certo não persistir na estrada torta, é o que acrescento aí.rs Sem mais no momento, curtam o clip, esse é histórico.

Beijos

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Esse tal patriotismo que chega de 4 em 4 anos...




Nos últimos tempos tem sido bastante comum ver muros sendo pintados, bandeirinhas espalhadas por toda a parte, camisas sendo desfiladas como uniformes pelas ruas, e todas com a mesma cor, com um mesmo sentido. É, o verde e o amarelo invadiu o país, de repente parece que ficou bom exibi-los, a superioridade no futebol nos faz ficar assim, patriotas de repente. Sim, de repente porque não se vê isso sempre, casas pintadas, caras pintadas, um orgulho que vem assim "sei lá de onde" e que permanece por um tempo determinado pela "vitória" ou "derrota".

E aí é hora de se perguntar qual é a impulsão desse patriotismo agendado, porque ele tem que ser agendado? Eu digo claro desse patriotismo "exagerado" explodindo por onde quer que se olhe. E não me entendam mal, nada contra, também amo nosso futebol, quero torcer a cada jogo, viro técnica também(dentro do que sei de futebol), vibro, sofro junto, enfim, não sou insensível a isso. Mas acho que se esse patriotismo "sobra" em algumas horas, ele falta em outras. Porque não somos patriotas na hora de defender nosso país da corrupção, do medo, das injustiças que são cometidas dia após dia? Porque não somos patriotas na hora de lutar por nossos direitos como a redução de impostos, melhores salários, uma saúde e educação mais dignas? Digo no geral é claro, temos sim muitas pessoas lutando por isso.

Amo meu país, creio sim que somos(em sua grande maioria) um povo forte, batalhador, que quer e pode ver ainda muita coisa boa acontecer. E temos visto, com todos os pós e os contras, ter elegido um presidente como Lula foi um passo bastante importante para lutar contra o "coronelismo" que impera desde sempre no governo. Ter eleito alguém mais próximo do povo fez ao menos muito bem para a auto-estima do povo brasileiro, não só isso, mas também. Mas a questão não é essa, foi mesmo um exemplo. A verdade é o que temos que pensar no que nos motiva como brasileiros, o que nos impulssiona a vibrar pelo nosso país e não só pela seleção brasileira. Do que nos orgulhamos, do que nos envergonhamos, o que podemos fazer para transformar esse país a cada dia em um Brasil para brasileiros.

Mais que rótulos, mais que títulos e menções honrosas pelo mundo, temos que construir a cada dia um país de que possamos nos orgulhar cada vez mais. E lembrar, lembrar sim de todos os motivos que já temos para amar esse país e de todos os outros que ainda podemos ter. A seleção precisa da nossa torcida de 4 em 4 anos, o Brasil precisa da nossa torcida e do nosso empenho dia após dia. E não só na seleção existem homens e mulheres que merecem nosso respeito e carinho, há muitas pessoas que fazem sentirmos sim um orgulho imenso de sermos brasileiros, e elas geralmente estão bem longe dos olofotes. Se não podemos fazer nada sozinhos juntemos-nos a essas pessoas, a esses homens e mulheres que aprenderam o caminho de mover nossa país para frente, para a direção certa. Vamos gritar "pra frente Brasil" não só para nossa seleção, mas muito mais ainda para nosso país. Ele ainda vai precisar de nós quando a copa acabar.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Tempo, tempo...



Mais uma daquelas reflexões que faz tempo que não faço. Quem não conhece essa bela canção?!

Sobre O Tempo
Pato Fu

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã

Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final

Ah-ah-ah ah-ah
Ah-ah-ah ah-ah

Tempo, tempo mano velho, falta um tanto ainda eu sei
Pra você correr macio
Como zune um novo sedã

Tempo, tempo, tempo mano velho
Tempo, tempo, tempo mano velho
Vai, vai, vai, vai, vai, vai

Tempo amigo seja legal
Conto contigo pela madrugada
Só me derrube no final...

Ah o tempo.. Como gostariamos de controlá-lo não é mesmo, mas felizmente não é possível, digo felizmente porque Deus sabe o que faz e se isso fosse possível ia ser tudo muito sem graça.

Gosto dessa canção é uma bela reflexão para mentes inquietas como a minha. As vezes o tempo voa e as vezes passa feito uma lesma mas porque ao invés de viver pensamos em tudo o que poderiamos fazer e não fizemos, ou no que queremos fazer. É tão mais fácil fazer ao invés de pensar né? Sim, agora conta isso pra minha cabeça. Nela as coisas acontecem e desacontecem com uma rapidez incrível, e aí pronto, ela entende que já foi feito. Não preciso agir porque minha mente já agiu e já decidiu que vai dar certo ou errado.

Melhor que imaginar e viver em um tempo mental, onde as coisas nunca acontecem de fato é arregaçar as mangas e agir. Mas o duro é que quando você apanha muito da vida sua mente manda uma mensagensinha(que precisa ser ignorada), dizendo a você que é melhor se poupar, que não vale a pena sofrer, mas a verdade é que o que não vale a pena é assistir a vida passar sem fazer nada. É o que eu não quero, ficar velhinha e olhar pra trás e ficar imaginando tudo o que poderia ter feito e não fiz.

Por isso eu digo a esse tempo o mesmo que essa letra diz, "só me derrube no final", na verdade não me derrube nem no final, porque o final desse ensaio de vida aqui pra mim vai ser o começo de uma vida de verdade, a eterna.

É claro que a gente erra, quem não erra? Mas é melhor errar tentando acertar. É sempre melhor viver, amar, ser feliz, é o que todos queremos, mas será que temos coragem? Bom to indo buscar a minha.

terça-feira, 25 de maio de 2010

É bom tentar..

Pra não fugir do tema meio ambiente e sustentabilidade que eu gosto bastante. Esse clip da Broker Fraser propõe uma reflexão sobre isso.



Temos uma grande responsabilidade em nossas mãos, será que estamos prontos? Na veradade tinhamos que estar a muito tempo né? Alguns dizem que não há esperança, eu como já disse outras vezes, ainda tenho. Eu sou do tipo que sempre tem esperança, não sei se estou certa em ser assim, na verdade não temos muitos motivos pra confiar no "homem" mas. Eu não creio que ele seja tão burro a ponto de ver o barco afundar sem pelo menos tentar dar umas braçadas. Quem sabe.. Oro pra que Deus dê mais consciência para as pessoas, a começar para mim mesma a cada dia. Com gestos simples podemos tentar salvar o mundo.

Pelo que vemos o Brasil ainda está bem a frente em muitas questões, até pela contribuição da Marina e tantas pessoas que lutaram nesse sentido, mas claro ainda falta muito. Vivemos em um lugar privilegiado, onde tem muita água, muito verde, riquezas incalculáveis. E fico pensando em países como Estados Unidos que "dizem" não dar a mínima pra essas questões e só agem na base da pressão, mas que vivem de olho na amazônia por exemplo. Será que eles esperam correr pra cá quando tudo explodir? É uma hipótese louca, talvez, mas o que eles fazem também não é loucura. Sentar e assitir o meio ambiente "ir para o espaço" de braços cruzados? Além de ser uma tremenda burrice é egoísmo porque não dá pra colocar "muros" na poluição e deixar ela ficar só por lá. Seria bom se pudessem assim eles provariam de verdade do próprio veneno e aí quem sabe pensariam melhor e mediriam as consequências disso.

Mais uma vez alguns podem dizer que é viagem minha sei lá. Mas acho que viagem maior ainda é investir tanto dinheiro em explorações a outros planetas quando não conseguem dar conta nem de um. Será que acabar com um não está de bom tamanho? Será que eles imaginam mesmo que vai dar pra arrumar a malinha e mudar pra um deles? Eu realmente fico chocada com tamanha tolice. Bom eu vou continuar tentando salvar esse aqui, vamos lá? Ele é nosso e precisamos nos unir e lutar para defendê-lo, acima de todas as coisas, de todas as lutas, sem essa todas as outras são desnecessárias.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

O que se pode dizer.. sobre mim



Sabe uma das coisas que me incomodam as vezes, quando abro uma conta nos sites de relacionamentos e tem aquela opção "quem sou eu", ou "fale um pouco de você". Até parece que eu consigo falar de mim em poucos caractéres.rsrs Eu sou tagarela, e nossa tem tanta coisa que já conteceu e acontecendo na minha vida que não dá. Sei que é assim com todo mundo, mas eu sou bem mulher quando se trata de falar, falo mesmo.rs Não tenho medo de rato, nem barata, não implico com futebol(aliás eu até gosto um pouco), não demoro pra me arrumar, pra essas coisas fujo um pouco da feminilidade, se é que pode se dizer assim. Mas pra falar eu honro a categoria.rs

Bom em breve estará na rede um novo blog que vou fazer em parceria com alguns amigos, se Deus quizer. E neles vamos dar nossos testemunhos e deixar espaço para ouvi-los também, mas enquanto isso vou puxar a fila e dar o mais sucintamente o meu testemunho. Vai ser mole não, qualquer coisa eu divido em 2 posts pode ser?rsrs

Nasci em Frutal/MG e fiquei lá até os 5 anos e meio, morei alguns anos só com meus avós porque minha mãe veio para Cláudio para fazer direito. Depois ela voltou pra me buscar e meus avós acabaram vindo também. Vou pular a infância que foi um capítulo a parte e pular logo pra pré-adolescência. Não posso dizer que tenha sido uma criança infeliz mas tive bastante problemas e era bastante introspectiva como ainda sou. Com cerca de 11 anos comecei a entrar em um quadro depressivo que duraria até uns 16 anos. Nesse período evoluiu para síndrome do pânico, chegava a ir ao hospital as vezes 2, 3 vezes ao dia, desesperada achando que estava morrendo. Foram dias, anos de muito sofrimento pra mim e minha mãe, eu não dormia e também não deixava ela dormir, tinha muito medo. Muito nova experimentei drogas tão fortes para combater essa depressão e sindrome do pânico, coisas fortes demais para minha estrutura, tinham mais efeitos colaterais do que benéficos de fato.

Com uns 13, 14 anos fui internada em uma clínica que em sua maioria só tinha loucos, fiquei em uma área reservada para pacientes com depressão mas sem nenhum motivo as freiras "caridosas" como eram chamadas uma bela noite me arrastaram para a outra ala, sem nenhum motivo, me amarraram em um quarto escuro e com tanta força que meus punhos ficaram roxos por dias. Nessa outra ala fiquei no meio de pacientes psiquiatricos mesmos, e claro isso não me fez muito bem, mas agradeço a Deus, lá mesmo como estava Deus quis que eu conhecesse uma menina que estava se tratando do vício de drogas, e pude falar de Cristo pra ela. Fui dopada como todos os outros, fui submetida a terapia de eletro-choque e perdi parte da memória curta principalmente naqueles dias e hoje em dia vejo que esqueci de muito do que vivi naquela época, não tanto, mas uma boa parte. Como não me lembrava de quase nada depois disso, uma colega de quarto me dava banho, comida na boca e no meu último dia lá até tomou meus remédios, disse que não queria que saisse de lá dopada. Tudo isso acontece num prazo de 3 dias, porque minha brava mãe vendo o que acontecia e me ouvindo clamar pra que me tirasse de lá, assinou um termo de responsabilidade e me tirou de lá imediatamente.

Aceitei a Cristo com certa uns 12 anos, não posso afirmar a data exata foi um processo progressivo, fui conhecendo e amando esse Deus que segue comigo desde então. Em todo esse período escuro não teria sobrevivido se não fosse Ele. Como percebem interompi um pouco a história mas intencionalmente. Depois da internação, remédios e tudo mais que se podia fazer resolvi que não esperaria mais nada do lado humano, parei de tomar todos os remédios, para a princípio o desespero de todos, abandonei os tratamentos psicológicos e dissea a Deus que a partir daquele momento seria apenas com Ele, estava nas mãos dele me curar e eu estava certa de que Ele o faria.

Um belo dia minha mãe recebeu um telefone, da editora globo, uma atendente muito simpatica oferendo revistas da turma da mônica que minha mãe já tinha assinado pra mim, minha mãe disse que não por enquanto porque no momento já tinha assinado outra, explicou que assinava porque eu quase não saia de casa e ela perguntou porque. É estranho porque atendentes, vendedoras, não costumam se preocupar muito com a vida pessoal de ninguém. Pois bem ela era cristã. Minha mãe contou parte da história, disse que eramos cristãs e ela disse para minha mãe me levar a um seminário em Belo Horizonte chamado Veredas Antigas, onde ficariamos por 3 dias, dormindo e acordando ali no meio de cristãos que estariam orando e nos ajudando para que fossemos curadas, sim porque a essa altura é claro que já não restava muito da minha mãe também. Foram dias incriveis, passamos por experiências que não poderia contar e nem teria como. Ficavamos durante o dia em grupos, falavamos das nossas "chagas", compartilhavamos essas dores e no fim oravamos por elas. Durante a noite enquando dormiamos um grupo de pessoas passava a noite em claro orando por nós.

No último dia sentia que alguma coisa já havia mudado mas não estava curada e Deus me apontou para o problema, eu estava com medo. Sabia que uma força muito ruim me oprimia e tinha medo de como essa libertação se daria, é eu estava sim oprimida por forças malígnas, mas resolvi que não importava o que aconteceria, eu sairia dali curada se essa fosse a vontade de Deus. No último momento, na última oração que fizeram por mim no meu grupo eu fechei meus olhos e me soltei, me joguei com tudo o que tinha nos braços do Pai para receber minha cura, e recebi. Após a oração ao abrir meus olhos parecia ver o mundo pela 1ª vez, não conseguia parar de sorrir, senti uma paz me invadir e transformar tudo a minha volta, a opressão se fora. Fui liberta por aquEle a quem outrora tinha entregado minha vida.

Bom, muitas e muitas coisas ainda aconteceram, passei por muitas coisas mesmo depois da minha cura, como disse sempre fui introspectiva e o estado depressivo perscistia em muitos momentos. As coisas demoraram a acontecer na minha vida, estudo, trabalho, tudo foi adiado, mas por propósitos de Deus e o louvo por isso, sei que não seria a mesma sem Ele, aliás eu não seria nada.

Hoje estou estudando, trabalhando e ainda passando por lutas físicas e espirituais de "gente grande", mas me sinto a cada dia mais próxima daquEle que é a razão da minha vida, crescendo a cadia dia, criando casca e olhando com mais firmeza pra vida, sem medo, pela certeza de tudo o que Ele fez, faz e fará por mim. Pela certeza de que aconteça o que acontecer Ele estará ao meu lado e isso é tudo o que mais importa pra mim, prefiro mil vales com Cristo que um dia sem Ele. Eu sei que a estrada é longa e que as coisas não vão ser fácies, mas eu estou pronta para o que meu Rei mandar, certa de que no fim dessa breve e sofrida estrada Ele estará me esperando de braços abertos em um lugar onde não vai mais importar o que vivi, tudo o que sofri, tudo será confortado e eu saberei que valeu a pena.

Obrigada Pai, obrigada por tudo, nunca terei palavras para agradece-lo por estar em minha vida, por me chamar tua filha.

terça-feira, 11 de maio de 2010

"Coisas do coração..."



"Apareceu a margarida" outra vez! Pois é, pra variar eu sumo não dou notícias, é assim mesmo, falta de tempo isso chama, hoje mesmo enquanto estou aqui escrevendo deveria estar escrevendo um artigo. Porque que não é fácil assim né? Anem. rs

Teria mil coisas pra falar, mas hoje especialmente quero falar de uma que aflige a homens e mulheres, talvez as mulheres mais do que aos homens, o coração. Não esse orgão que bombei o sangue para o corpo, não esse.rs Mas o sentimento, esse que nos faz voltar a adolescencia algumas vezes, ficar tontas, bobas, idiotas até. Pra quem já encontrou o amor da sua vida é só felicidade, para quem ainda espera por ele, como eu, só dificuldade.rs

A verdade é que não fomos meus criados para ficar sozinhos, isso é biblico, o tão famoso "não é bom que o homem esteja só", e ainda é "é melhor serem dois do que um, porque o cordão de 3 dobras não se pode romper". Sim, especialmente válido para os cristãos obviamente. Mas a verdade é que a maioria das pessoas prefere quebrar a cabeça que esperar em Deus. Acho que seria uma delas, eu seria com certeza se não fosse Cristo, e se não fosse por ter ouvido uma das explicações mais esclarecedoras da minha vida nesse sentido. Ouvi em um seminário chamado Veredas antigas, e nunca mais esqueci, eles disseram que, nosso coração é como uma folha de papel e quando nos ligamos a uma pessoa é como se colassemos nossa folha com cola a esse outro papel. O que acontece se colamos uma folha de papel a outra com cola? Ao tentarmos deslogar eles saem inteiros, ilesos? A resposta é não. E assim é com os nossos corações, cada relacionamento mal sucedido tira uma lasquinha desse nosso papel. E se vizermos isso muitas vezes durante as nossas vidas, imagina só o que vai acontecer? Quando a pessoa certa chegar vamos entregar para ela um coração em farrapos, cansado de sofrer, cansado das escolhas erradas que fez durante toda a vida.

Pessoa certa.. pessoa errada.. Tá aí uma questão que intriga a todos né? Como saber se ninguém vem com uma estrelinha na testa? Boa pergunta! A resposta só Deus pode dar, se colocamos não só isso, mas todas as coisas nas mãos dEle, Ele dirá, Ele mostrará isso de alguma forma, que você saberá. Não é nenhuma fórmula, "receitinha de bolo", Deus age com cada um individualmente, o que vale pra mim como um sinal, uma confirmação talvez não valha pra você e por aí vai.

Tudo o que eu sei é que por mais que essa espera seja difícil é melhor confiar, se entregar nas mãos de Deus e esperar a vontade dEle, mesmo que essa não seja uma tarefa nada, nada fácil. Além dos desafios que enfrentamos como a solidão algumas vezes, a vontade de atropelar tudo e fazer no nosso jeito, porque esperar não é nada fácil. Enfim, além de tudo isso tem o olhar e julgamento das pessoas que desconhecem o significado de esperar em Deus. Na maioria das vezes essas pessoas lançam coisas do tipo: "Ah, mas você nunca vai namorar?" ou "Tem fulano e ciclano, vou "arrumar" ele pra você." Eu digo que se alguém vai tiver que arrumar algo pra mim não vai ser ninguém humano, essa escolha vai ter que ter nascido do coração de Deus, antes de qualquer coisa.

Mas o que quero dizer é que temos muitas provas de nosso Deus todos os dias que nos mostram que vale a pena confiar e esperar nele, não só nos assuntos do coração, como em todas as outras coisas, e Deus sabe quando estaremos prontos para receber cada uma delas. Por isso quem escolhe descansar nEle nunca perde tempo, só ganha, e esse é um ganho a longo prazo, um ganho para se comemorar ao longo da vida, porque quem espera em Deus nunca se arrepende.

Para todos aqueles que como eu ainda esperam pelo amor desejo força e fé. Não é uma caminhada fácil mas estejam certos de que valerá a pena, e temos que repetir isso para nós mesmos todos os dias, esperar em Deus é o melhor.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Mais uma vez paciência.. paciência sempre..



Bom este é um post mais antigo, estou repetindo ele por dois motivos, falta de tempo e necessidade de paciência, essa postagem é a minha preferida, falta colocar mais em prática o que escrevi, mas muita coisa já venho conseguindo. Por isso cá está ela de novo, espero que gostem, a maioria acho que não chegou a ler e para os que já leram sempre bom recordar essa bela canção.

Gosto de uma música do Lenine que é uma reflexão atualíssima, apesar da música já ser antiga.

Paciência
Lenine
Composição: Lenine e Dudu Falcão

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára...
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora, vou na valsa... A vida é tão rara...
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência...O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós...
Um pouco mais de paciência...
Será que é tempo que lhe falta prá perceber? Será que temos esse tempo prá perder?
E quem quer saber?A vida é tão rara, tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára.. A vida não pára não...
Será que é tempo que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo prá perder? E quem quer saber?
A vida é tão rara, tão rara...
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida é tão rara
A vida não pára não... A vida não pára... A vida é tão rara!

Uma bela meditação sobre esses tempos modernos, onde carinhos, declarações e sorrisos tem hora marcada.

Esperamos o dia das mães para dizer o quanto a amamos, o dos pais, namorados, etc. E se nem para isso tivermos tempo? Quantas vezes temos que perder as pessoas que amamos para perceber o quanto elas são importantes para nós? E ficamos nos perguntamos porque não dissemos a elas o quanto as amavamos quantas vezes fosse necessário, ou sempre que desse vontade.

Minha avó conta que passou a vida toda querendo dar um beijo em sua mãe, mas a rigidez daqueles tempos a impedia de fazê-lo. Ela passou a vida toda desejando isso mas não pode fazer, ela deu o primeiro beijo e único em sua mãe quando ela estava no caixão.

Será que é isso que queremos fazer com nossas vidas? Enterrar nossos sonhos, sepultar nossos sentimentos porque não temos tempo para eles? Passar a vida correndo de um lado para o outro sem nunca parar para observar uma simples borboleta? As vezes é bom parar para sentir o vento, olhar para dentro, e "ouvir" no silêncio ensurdecedor de nossas almas, nossos clamores mais ocultos pela vida. E é no silêncio que podemos ouvir a voz de Deus a nos guiar. Isso não é perca de tempo, isso é ganhar tempo.

Já tentou fazer coisas simples e meio malucas, mas que são estremamente prazeirosas? Como deitar em um rego de água(vale de roupa e tudo) e sentir a água passar pelo corpo, ouvindo só o barulho da água. Correr na chuva ou simplesmente correr, só prá sentir o vento batendo no rosto. Na era dos "enlatados" quantas vezes paramos para fazer coisas do tipo? Se ainda não fez nenhuma dessas coisas, faça! Vale a pena!

"A vida é tão rara."

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O que se pode ver..

Segue algumas fotos, auto-retratos que eu tirei. Poucas porque tirar fotos é uma das coisas que mais faço.




Essa eu usei no meu convite de aniversário de 23 anos

O resultado foi esse, com a arte do meu amigo Felippe Amaral, e a mensagem infelizmente minha, na época eu expliquei porque, meu verão virou outono. Pra quem não viu e quer ver. http://oquesepodedizer.blogspot.com/2009/09/e-quando-as-folhas-caem.html




Gatinhos comunitários - Esse gatinho e um outro rajado que aparece em outra foto, são gatos que ficam na visinhança, um pouco em cada casa. Lá em casa geralmente é pouco tempo porque minha cadelinha espanta eles logo. Nesse dia ela ficou trancada pra eu curtir eles um pouquinho.rs







Deitado do meu pé, muito fofo. Não entendo como tem gente que consegue maltratar uma coisa linda dessas, pelo menos esses são muito amados.



Na serra de Cláudio










Também na serra de Cláudio, pra mim o que tem de melhor aqui. Não é o lugar mais bonito, mas é um lugar lindo também. Ah.. E antes que estranhem, não, eu não sou a favor do desmatamento. Neste caso é um eucalípto, foi plantado expecíficamente para este fim e gostei das cores, da natureza percistente crescendo em volta, é o ciclo da vida.









Essa eu amo, também na serra, no mesmo dia das anteriores. Quem me segue a mais tempo talvez se lembre, deixei ela no blog um bom tempo.


E pra terminar girassóis do jardim de Cláudio... E chega de fotos né?rs Espero que tenham gostado, apesar da baixa qualidade já que foram tiradas de mp6 e celular. Vida de estudante é assim mesmo, um dia ainda compro uma câmera decente e aí sim, quero de repente fazer o roby virar coisa séria. Não sei se escolhi as melhores, mas com certeza algumas que gosto bastante, e como disse são muitas.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

E a vida?



Sumi de novo né? A vida anda corrida, temos que correr atrás de tudo, ela não nos dá mesmo trégua. Mas cá estou novamente.

Por falar em vida, como as coisas estão, ou melhor são estranhas né? É espantoso a forma com que passamos muitas vezes pela vida sem notar nada a nossa volta, sem descobrir verdadeiramente a essência das coisas. Usamos, somos usados e assim vamos vivendo.

Dentre as muitas coisas que estou estudando no meu curso estou estudando a cultura, a raiz da palavras, suas nuances, se é que posso chamar assim. E é interessante ver como certas coisas estão impregnadas mesmo em nossa cultura sem que percebamos, detalhes que nos passam despercebidos na maior parte do tempo. Como a forma que temos nos conformado em ser uma sociedade sem cara, sem voz. Somos silenciados pelo Estado, pela mídia, mas creio que o somos por nós mesmos também.

Como conversamos ainda ontem na faculdade, vivemos em uma sociedade do politicamente correto. O bom sujeito é o discreto que não incomoda as pessoas, não fala em momentos importunos, quanto mais invisível melhor, mas melhor pra quem mesmo? Porque não saimos mais nas ruas clamando por uma política honesta, por salários mais diginos e tantas outras coisas? Porque não podemos? Também. A história do políticamente correto não admite algazaras, e isso é uma forma sutil de nos calar, mas porque nos acomodamos também. Nos acomodamos com a situação de explorados, de "invisíveis", nos acostumamos com nossa péssima política. "Afinal o que podemos fazer?" Pensamos.

Realmente mudar esse quadro não é fácil, exige uma consciência individual pra começar, para com essa história de que sozinho não conseguimos fazer nada. Se todos pensarem assim realmente não sairemos mesmo do lugar. Mas se todos se conscientizarem dos seus direitos e deveres e acima de tudo do poder que cada um tem em suas mãos de transformar, podemos sim fazer muito mais do que sonhamos um dia. Vamos tentar?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Um poema...meu



Esse poema é meu testemunho simplificado, ou não.rs Acabou virando uma música, passei o poema para meu tio e ele se transformou em minha "canção de guerra".

Eu mereci

Eu mereci
Passar por tudo que passei
Chorar por tudo que chorei
Toda dor que aqui passei foi por Ti meu Rei

Carrego em mim a dor da cruz
Tua dura morte Jesus

Tudo o que choro
Todo o meu medo
Toda minha dor
É por Ti Senhor

Não mereço a Tua luz
Sei que não mereço o Teu amor Jesus
Mas o Senhor nada disso ligou
Só me amou

Marina de Oliveira Brito
Ao autor da minha fé