terça-feira, 4 de agosto de 2009

Toma que o filho é teu!

Pois é em um dia eu falo da terra/lixo do filme Wall-e (que eu acho mesmo que todo mundo já viu, eu é que tava atrasada), e no outro o ministro Carlos Minc diz que o Brasil não vai se tornar um lixão. Acho que alguém deve estar querendo dizer alguma coisa com esse ato sabia? Por exemplo quanto a moral super duvidosa dos nossos políticos. Para um país que tem um governo/lixo um pouquinho mais de lixo não deve fazer diferença não é? Se bem que acho que eles não se importam muito com isso. O fato é que ninguém explicou direito ainda por que cargas d'água esse lixo veio parar aqui. Coisas de Brasil né? O melhor é que até conseguir mandar esse lixo de volta foi uma novela. Só conseguiram ontem de manhã.

Será que a teoria do Wall-e está mais próxima do que pensamos. Se não estão sabendo mais o que fazer com o lixo e por causa disso estão enviando de presente para outro país, pode ser. Exagero ou não estamos prestes a ter que tomar medidas drásticas nesse sentido a meu ver. Nós nem nos damos conta mas um dia desses é bem capaz de termos nossos lixos devolvidos na porta de casa mesmo. Nos grandes centros isso já acontece, é só ter uma chuva mais forte e as enchentes fazem esse serviço de entrega de lixo a domicílio.

Vi um documentário na faculdade, um pouco antes das férias que falava sobre isso se chamava The Corporation. Como o título já indica trata-se de mostrar o lado sujo das corporações (se bem que eu acho que não tem como ter lado limpo). Todas as pessoas que estão nisso estão por grana, elas não querem nem saber de ambientalismo, consequentemente pouco se importam com as pessoas, e daí se a Nike lucra com trabalho em regime de escravidão, ela quer é lucrar(é o exemplo mais citado, mas não me lembro de muitos agora). Pelo que o próprio documentário cita também a maioria das grandes empresas tem um mundo de processos nas costas por causa de crime ambiental e mais um monte de coisas. Bom eu não vi o filme até o final e não deu tempo de ter uma opinião formada demais sobre ele. Mas um monte de coisas que ele mostra a maioria de nós já sabia, a grande questão é o que fazer. Sinceramente sozinhos não podemos fazer nada, pobres de nós meros mortais, e manifestaçõesinhas como o documentário mostrou também não resolvem muita coisa.

Bom mais a questão inicial era o Brasil/lixão. É que The Corporation, lixão, tem tuda a ver. Mas nós estamos mais arraigados nisso do que supomos, querendo ou não nós estamos, nós financiamos os crimes ambientais, a escravidão, e nós sabemos disso! Mas o que é que se há de fazer né? Não dá para boicotar todas em empresas que agem de forma ilegal, acredito que se fizessemos isso não comeríamos, não faríamos nada. Mas isso é tão complexo e eu não vou me atrever a entrar muito nisso, porque acho que tem que ser muito entendido do assunto para se aprofundar mesmo.

Mas voltando ao LIXÃO.rs Basicamente o que o Brasil fez ao devolve-lo foi dizer "toma que o filho é teu". Nosso é que não era, pelo menos esse não. Tem lixo nosso espalhado pelo oceano, já mostraram uma vez pontos que ficam acumulados de lixo e vão para onde bem entender. Parte dele é nosso. Só que se é prá repartir esse lixo a coisa tem que ser mais organizada, tem que repartir isso com todos os países, é o justo, só que de acordo com a poluição de cada país. Não dá prá ficar com o lixo dos outros, o ministro disse que aqui não é lixão, e se ele disse tá dito né?;) Pelo menos a gente finge que sim. Ou a gente pode mandar tudo para uma ilha deserta e contratar o Wall-e para cuidar dele, se bem que haja ilha deserta prá tanto lixo. O melhor é cada um cuidar bem do seu lixo e pronto, fica todo mundo feliz e o planeta agradece.

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