quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
Perspectivas
Esses dias aconteceu uma coisa muito chocante e ao mesmo tempo reveladora comigo, nem sei explicar, mas vou tentar.
Estava eu assistindo TV em um daqueles dias normais em que você não espera que nada de muito interessante aconteça. Pois bem, estava confortavelmente deitada no meu sofá, quando passa uma daquelas chamadas de jornal. Não me lembro ao certo, acho que era a Fátima Bernardes, mas pouco importa, o importante foi o que ela disse e o que aquilo fez comigo. Ela anunciou duas manchetes, 1° disse: "Termina mais uma operação no menino das agulhas, ao todo foram retiradas 22 agulhas dele"(algo assim). A segunda foi: " Prendem(ou são detidos) os ladrões do óculos da estátua de Carlos Drumond de Andrade, eles já haviam roubado os óculos 8 vezes". E eu então exclamei: "8 vezes?" Entendem o que isso significa? As duas manchetes foram dadas em uma sequência, primeiro o menino, depois o óculos da estátua, e o que me chamou atenção?
É assim que as coisas acontecem, infelizmente, mas é. Ficamos anestesiados com as crueldades da vida, depois que ouvimos, 2 ou 3 vezes já vai perdendo o peso. Eu já tinha ouvido várias vezes e me chocava quando ouvia, mas aí deixou de ser novidade e pronto, o óculos chamou mais atenção. É terrível eu sei, mas é a realidade, que atire a primeira pedra quem nunca agiu assim. Quando você passa perto de um bêbado caido no chão e não tenta ajudar é assim que você está agindo, quando se nega a ajudar alguém que precisa, quando deixa de se comover com um bichinho machucado que seja. É assim que é, essa é vida que temos vivido, friamente, sem nos envolver com nada, não é da nossa conta, já temos problemas demais, é assim que nossa mente funciona, na maioria das vezes. Mas não, tanta gente tem tão pouco e ajuda tanto. E quando falo de ajuda não é só a financeira, tem gente que precisa só de um "ombro" pra chorar, alguém pra conversar. Se dedicarmos um dia das nossas semanas pra ir a um asilo por exemplo, conversar com um idoso, apenas isso já lhes trás uma alegria que não podemos calcular.
Mas a questão é, porque estamos ficando assim, tão frios, tão indiferentes. Porque o problema do outro deixou de ser o meu? Será que nos esquecemos do quanto dependemos uns dos outros? Será que somos ingênuos o bastante para pensar que nunca vamos precisar de ninguém? Ou pelo menos ninguém fora do nosso "mundinho"? Isso só pra sermos práticos, que é o mal desse "século" mesmo. Mas é questão é (como meu amigo Fred disse no seu último post), é entre "bichos" e pessoas.
Fiquei pensando muito da questão da mídia nessa história depois do ocorrido, e sim, acho que ela tem lá sua parcela de "culpa", mas nós também temos. Explico. A mídia tem um poder absurdo de nos "manipular", nos envolver, fazer com que "olhemos" na direção indicada. Talvez a intenção naquele momento fosse "me" fazer ver os 8 óculos roubados mesmo e não as 22 agulhas tiradas de uma criança(que já não era mais novidade). Pode ser, mas eu vi o que queria ver. Não acredito muito na teoria da agulha hipodérmica, que diz que a mídia inocula em você o que ela quer e você é obrigado a aceitar aquilo e pronto, mas ou menos isso, só pra resumir. Eu acho que sim, a mídia sabe como nos convencer, mas somos não somos bichos no sentido literal mesmo da palavra, incapazes de regeitar a "mensagem" proposta pela mídia. Enfim, sendo mais prática, nós somos capazes de dizer não, "não quero ver Luciano Huck, quero ir visitar alguém que precisa de mim, o Luciano não sentirá minha falta." Ou "não, não quero aceitar que um óculos de metal seja mais importante que a vida de uma criança."
A questão toda é repensar nosso modo de ver as coisas, de ver o mundo, retirar as vendas dos nossos olhos e acordar para a realidade, o mundo precisa de ajuda! As pessoas que vivem nele, muto mais! Nós precisamos uns dos outros, precisamos dessa senssibilidade que a vida vai nos fazendo perder. Precisamos entender que a vida é breve e que a maior riqueza que podemos deixar aqui é o que fazemos de bom, o sorriso que "colocamos" no rosto de uma criança, a amizade sincera que é o maior abrigo, depois de Deus, que podemos ter. Aaaah.. O que falta acontecer pra entender isso de uma vez por todas?
Sinceramente não falta mais nada! Ou pelo menos não deveria faltar, mas cadê que a gente muda. Não! Porque é muito mais fácil ficar confortavelmente sentados em nosso sofá nos "lamentando", fingindo que nos importamos com as angustias dos outros. E é dificíl admitir isso mas é a realidade, eu me incluo nesse grupo, faz tempo que eu não sei o que é olhar de verdade para as pessoas a minha volta e ver que elas tem problemas como eu e muitas vezes bem maiores que os meus. E que sejam menores ou iguais, tanto melhor, assim um ajuda o outro. O que não entendemos é o quanto se importar com o outro significa ao mesmo tempo se importar com sigo mesmo. Acredite você ou não na Bíblia(eu acredito), ela diz algo nesse sentido que é esclarecedor: "Amai ao próximo, como a SI mesmo." Percebem? Como a Si mesmo. Ninguém consegue amar o outro se não se ama, ninguém consegue enxergar o outro, se não se enxerga. Por isso faça o que fizer comece por se amar e verá que as coisas começam a fazer mais sentido. Vou tentar exercitar mais isso também, não é uma promessa de fim de ano! É só algo que vem perturbando essa mente inquieta, e espero que continue perturbando mesmo, porque o dia que parar vou saber que virei "bicho" de verdade.
Esse post contou com a influência deste, confiram também.
http://ventonavaranda.blogspot.com/2009/12/amigo-bichoculto.html
(Vão ter que copiar e colar porque a criatura aqui ainda não aprendeu a criar link tá?)rs
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Feliz ano velho!
Eu acho o "ano novo" engraçado, por vários motivos, um deles, pela possibilidade de fazer as pessoas acharem que tudo vai ser diferente só por causa de um minuto, como se naquele minuto alguma coisa incrível pudesse acontecer. Como se 00:01 o mundo passasse por uma transformação, as pessoas se tornassem melhores, os sonhos mais próximos, os fardos menos pesados. Sei lá, de uma maneira ou de outra as pessoas acham que algo vai mudar, tem obrigação de mudar. Aí elas fazem metas para o novo ano, prometem começar aquele regime, ser mais pacientes, mais solidárias, mas a maioria esquece tudo isso antes do carnaval.
Então me pergunto qual o sentido de tudo isso. É só mais um dia, como outro qualquer, nada de sobrenatural vai acontecer só porque mudamos de um mês para o outro. Vai ser só mais um dia, entre tantos, a mudança é só simbólica, vai continuar tudo no mesmo lugar.
Por isso o melhor a fazer é começar a "faxina" hoje, a dieta hoje, tentar ser melhor hoje e tentar manter isso todos os dias. A empolgação do ano novo passa rápido e se contarmos só com ela não conseguiremos nada de muito concreto, afinal o que pode sair de concreto em planos feitos sobre pura ilusão? Melhor mesmo é manter os pés firmes no chão. Sonhar? Sim, sempre, mas sonhar com metas que não dependam de um novo ano, da famosa "segunda-feira", mas que sejam construidas dia após dia.
No natal conversávamos sobre a falsidade por trás do "Feliz natal". Pessoas que no ano todo não olham pra nossa cara nem pra dizer bom dia, no natal desejam feliz natal com o maior sorriso, lembram que você tem mãe, vó. É uma coisa linda! Falávamos que não nos sentiamos a vontade pra ser como essas pessoas e sair desejando feliz natal pra essas pessoas, até porque o verdadeiro sentido de natal já foi esquecido pela maioria das pessoas mesmo. Eu prefiro não dizer nada ou dizer apenas para meus amigos do que sair cumprimentando a vizinhança inteira.
E a mesma coisa eu penso do ano novo. Além de como já disse, não achar que tem nada demais nisso, aí fica ainda mais sem sentido. Porque a verdade é que somos só nós "velhos homens" entrando para um novo ano velho. Nada muda se nosso esforço para essa mudança não acontecer todos os dias, se nossas metas não forem traçadas todos os dias e a tentativa para alcança-las não for constante.
E é isso que eu desejo para todos para esse ano que entra, firmeza nos propósitos, nos passos e muita, muita fé. Que Deus abençõe a todos sempre. Deus não escolhe data pra abençoar ninguém, não vai abençoar mais ou menos porque vamos mudar de calendário, então faça o que fizer faça de coração, empenhe todas as suas forças nisso e aí com certeza você terá bons frutos disso. Claro esses frutos muitas vezes vem disfarçados, nem sempre as coisas acontecem como desejamos, mas se depositarmos nossos desejos na Mão certa, podemos estar seguros de que o melhor irá acontecer.
Gosto de pensar em uma música da Pitty chamada "Semana que vem", que diz:" Não deixe nada prá depois, não deixe o tempo passar, não deixe nada pra semana que vem, porque semana que vem pode nem chegar". Pense nisso, quantas pessoas fizeram planos para o novo ano e não vão nem viver para realizar?
Então é isso, desejo tudo de bom para todos vocês, hoje e sempre! Vivam o hoje, não esperam o "melhor dia" para tudo, espere um pouco melhor de você a cada dia, para poder esperar um pouco melhor da vida, gire essa "roda" e verão como as coisas podem ser muito melhores. Digo isso para mim mesma, é o que desejo para mim também, a começar por hoje.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Planeta sintético
Pois é, mas uma vez eu tomei um chá de sumiço por uns dias né? E na verdade eu nem deveria estar aqui escrevendo agora, amanhã tenho um trabalho para entregar de 10 laudas, mas como eu já fiquei até as 2:30 assistindo um filme para esse trabalho e separando por tópicos cá estou eu, ocupando um dos "poucos" espaços que tenho como "massa".
Vi uma coisa no fantástico no domingo que me deixou chocada, trata-se de uma reportagem que falava das mudanças climáticas, fim do mundo e tal. Então, agora estão descobrindo e a coisa tá feia e aí começou uma corrida frenética pra saber quem tem a ideia mais idiota para salvar o planeta. O que você acha mais fácil, plantar mais árvores(por mais que elas demorem a crescer, um dia crescem) ou sair por aí distribuindo árvores sintéticas? Recriar uma coisa que a natureza já dá de graça! Pensar em poluir menos, encontrar formas alternativas para filtrar ou evitar de se liberar tantos gases poluentes para a atmosfera ou dar remédio para que as vacas arrotem menos? Pensar em uma sustentabilidade, em todos os sentidos (e isso incluiu leis mais rigorosas e tal para que parem de derrumar tantas matas para transformar em pasto) ou parar de comer carne bovina, parar de criar gado e pensar em uma cane artificial?
Aí você pode dizer, "ah mas das opções você deu todas já foram tentadas, algumas estão sendo estudas e muitas já estão sendo colocadas em prática." Sim, com certeza, mas será que está sendo feito um esforço suficientemente grande nesse sentido? A resposta é clara, não. E como isso não foi feito na hora certa agora querem correr atrás do prejuízo. A ideia deles é a seguinte "bom, talvez não chova nos próximos anos, então vamos ter que dar um jeito de criar artificialmente nuvens de chuva para ver se resolvemso isso, e se não tiver água não tem como ter pasto, nem gado, eles iam morrer a míngua". Porque quando tiver pouca água no planeta eles não vão querer distribui-la com um bando de bovinos né?
E assim vão remediando o irremediável. Eu não sei se sou tão otimista a ponto de pensar que o caminho que tomamos tem volta, sinceramente eu acho pouco provável, pelo menos humanamente falando sim. Nós já agredimos demais a natureza e ela está aí prevalescendo até hoje porque é "forte" mesmo. E agora esses "cientistas malucos" vem dizer que "filtrar" o arroto do gado, criar árvores sintéticas e carnes de "mentirinha" feita em laboratório é a solução? Por mais engenhosas que sejam esses projetos(que não ficam só nisso, claro), são completamente surreais. Eu fico pensando em qual o raciocínio usado por exemplo para a questão da carne artificial, e acredito que seja mais ou menos asssim: carne artificial = não comer carne de gado = a não ter que criar gado = a não ser preciso de pastos para eles = menos desmatamento. Um raciocinio mais óbvio seria esse, se é essa a ideia eu não sei.
O que eu sei mesmo, é que eu não quero viver nesse mundo que estão querendo "criar", acho desesperadora a ideia de viver rodeada de tanta artificialidade por todos lados, e tudo isso porque? Por que o homem não sabe cuidar do próprio "lar", própria vida. Não seria muito mais óbvio se pensar em reflorestamento por exemplo, ao invés de árvores sintéticas que façam o trabalho das naturais? Mas não, agora não há mais tempo não é mesmo? Pelo menos é o que a maioria pensa. Minha "humilde" opnião é de que há tempo ainda há. Ok, árvores demoram a crescer, rios são difícies de "despoluir", afinal destruir é muito mais fácil que restaurar mesmo, mas é muito mais óbivio que se pense em restaurar do que em "criar" essa aberação de mundo.
Só sei que eu não quero estar aqui se isso acontecer, se esse "mundo" for mesmo transformado nessa coisa estranha, nesse cenário de filme de ficção científica. Mas se estiver, se isso chegar mesmo a acontecer, sei lá, sinceramente não sei o que vou fazer, como vou me sentir, mas bem é que não vai ser, mas eu sei que não vou consumir essa "carne", "leite" e sabe-se lá mais o que eles "criarem", prefiro me isolar dessa "civilazação". Bom que Deus não permita que isso aconteça e dê um pouco mais de inteligência a esses cientistas do "mal", para que pensem e repessem esses atos, que usem todo esse conhecimento para salvar o planeta e não para remediar.
(Desde já peço desculpas por possíveis erros, não tive muit tempo de revisar, mas logo voltarei a escrever com mais frequência e com mais tempo de revisar, hoje é o último trabalho da faculadade, depois, férias!!!)
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
"A verdade nua e crua"
É esse é o título do filme que eu passei os últimos dias assitindo, mil vezes, indo e voltando. Porque? Para apresentação de um seminário na faculdade que propõe uma análise do filme juntamente com alguns textos que estamos estudando, sobre teorias da comunicação e tal.
Enfim, o seminário é hoje. E eu digo que ontem eu passei umas 6 horas estudando isso, pra não conseguir sair muito do óbvio. O filme é incrível, daria uma reflexão incrível com certeza, mas acho que consegui fazer algumas considerações. Porque fim de período e mil trabalhos pra entregar deixam nosso cérebro meio lento sabe? Estou até com medo de começar a escrever um monte de coisa errada, mas vamos lá.rs
O filme é bem interessante, propõe para nós comunicadores uma análise da mídia, para as outras pessoas, sei lá, pode até fazer pensar um pouco nisso também, mas acho mais provável que seja mais uma fala anti-puritanismo. Seja como for acho que poucas pessoas vão pensar na coisa como ela realmente é, as pessoas transformadas em méros n°s. Não importa a opinião delas, importa o ibope, essa é a "verdade nua e crua" da mídia, não importa o quão esperto você seja a mídia "vai te pegar". Ela usa toda sua técnica para te convercer de que seu produto é bom, aí mesmo que ela não te convença você se convence afinal, "a maioria aprovou, tem que ser bom".
A essa técnica é dado o nome de Espiral do silêncio, e tem como propósito fazer com que as pessoas sejam vencidas pela maioria. O nome vem do fato de não conseguirmos expressar uma opinião contrária quando a maioria defende outra. Por exemplo, se você estiver no meio de uma torcida do Flamengo em um jogo de Flamengo x Fluminense, você não vai gritar se o Fluminense fizer um gol né? Você vai ficar em silêncio. Logo, a maioria venceu. E é assim que funciona no espiral do silêncio, se a maioria das pessoas gosta de "Big Brother" mesmo que você não goste, dependendo da situação você assiste, e algumas vezes acaba gostando e pronto, o espiral funcionou. Enfim, estou estudando isso ainda, não sou experte, mas espero que tenha dado pra entender.
Sabe, quanto mais estudo Comunicação, mas me convenço de que todo mundo devia entender pelo menos um pouquinho sobre isso. Pra não ser tão submisso aos "mandos" e "desmandos" da mídia. Pra entender suas sutilezas, ser menos ingenuos. Não é que a "mídia" ou "o Mass Media" (que é o cara que "manipula" ou decide o que vamos ver) seja um monstro sabe? Mas santo "ele" não é. Por trás de tudo o que vemos tem um propósito muito bem definido, não existe nada por acaso nesse meio.
Bom, isso é só pra começar, eu vou aprendendo e ensinando pra vocês, combinado?rsrs Fala a modesta né? É só brincadeira, digamos que vou trocando experiências com vocês, vamos conversando, melhor assim.rs Espero não ter falado muita "abobrinha". Mas mesmo com meu pouco tempo de curso esse tipo de coisa já começa a ficar clara sabe. Aliás, eu indico, se você é curioso(a), quer entender mais sobre a sociedade e as formas de comunicação dela, sobre novas tecnologias, sociologia e muito mais, faça Comunicação Social, é fantástico! Eu estou amando. Apesar de ter ficado triste com uma conclusão que tirei estudando para o seminário de hoje.
Estudando as apostilas para o seminário me deparei com uma frase que me "chocou", pelo contrexto. Hans Seyle em seu livro, The Stress of Life, relata a fala de um colega de trabalho ao se deparar com o seu trabalho que era estudar substâncias tóxicas em animais. Parte da fala de seu amigo foi: " Você acaba de decidir-se por passar a vida estudando a farmacologia da sujeira". Meio complicado entender assim né? Mas vou tentar explicar. Essa sujeira levando para o nosso caso é essa "manipulação" da mídia. Engraçado como essa frase me assustou! Sei lá, não que tenha que ser sempre assim, mas caramba, eis um grande desafio, fazer essa "manipulação" de uma forma mais humana. Não ter que ficar empurrando essa "sujeira" de um lado para outro, como diria uma amiga da minha mãe " colocar chantili na bosta". Eis o nosso desafio, tentar fazer uma coisa limpa. "Manipulação", acho que não dá pra pensar em não usar, nós a usamos o tempo todo, nas nossas vidas, a questão toda é, se essa "manipulação" vai ser boa( se é que pode-se dizer assim), ou menos pior.
Ah.... Ser ou não ser, eis a questão! rsrs
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Até hoje sempre passou...
Foto by Marina(eu)..rs
Primeiro queridos, mil desculpas pelo abandono do meu blog, tempo pra mim anda sendo um artigo raro. Mas falta de tempo, problemas, cansaço, não é só ruim, há de se ver o lado bom de tudo isso.
Esses dias vira e mexe vem a minha cabeça uma coisa que ouvi uma vez, em uma fita, que já até citei aqui outras vezes. Isso mesmo fita, até hoje não encontrei em cd, chama "Como ser feliz de qualquer maneira". Pois bem, nessa fita em determinado momento conta da conversa de dois amigos enquanto caia um belo temporal. Um deles (que vou chamar de Paul porque não me lembro o nome) perguntou: "Twen, você acha que a chuva vai passar?" E ele respodeu: "Até hoje sempre passou".
Completamente simples e completamente esclarecedor não é?! É a coisa mais certa, as chuvas sempre passam. Quem é que pode dizer de uma chuva que não tenha passado? Até o dilúvio passou. Não importa o quão grande pareça um problema, ele passa, de uma forma ou de outra. Depois vem outro e outro, mas assim é a vida. Quando aprendemos um "lição" passamos para a próxima, é assim que a vida nos ensina a ser fortes, é assim que Deus nos molda.
Esses dias tem sido especialmente difíceis pra mim, mil trabalhos de faculdade, meu corpo cansado, a cabeça tão cheia que parece que vai explodir e eu ainda tenho que pensar em mim, e não tá sobrando tempo. Eu estou deixando as vontades "da Marina" pra trás pra cuidar do futuro "dela", empurrando "seu corpo" da cama todos as manhãs, mesmo que "ela" não tenha dormido quase nada. Afinal a vida é assim, ou você avança ou fica parado vendo ela passar por você. "Ontem" eu estava começando a faculdade, "hoje" estou terminando o primeiro ano. É o tempo voa.
Por falar em tempo. Já pararam pra pensar em como mesmo sem querer torcemos pra que nossas vidas passem rápido? Se é segunda queremos que seja terça, se é quarta queremos que chegue logo a sexta e o fim de semana para nosso merecido descanso. Ok, descansar é muito bom, mas viver a vida com todos os seus sabores e desabores, aproveitando cada momento é melhor ainda! Por isso é tão importante fazer o que gostamos, porque aí seremos felizes todos os dias e não vamos esperar tão ansiosamente pelos "finais de semana". No momento meu "fim de semana" tão esperado está sendo minhas férias. Como preciso de um descanso! E eu não estou conseguindo não sonhar com isso, eu não vejo a hora das minhas férias chegarem porque eu estou até adoecendo, de tal cansada. Mas faz parte, eu reclamava que minha vida era parada, agora "dale" movimentação!rs Mas vai passar, daqui a pouco tem férias, depois começa tudo de novo, até que um dia acaba e eu tenho certeza que vou sentir muita falta.
Que possamos viver ou tentar viver dentro do possível, um dia de cada vez, certos de que no fim tudo acaba dando certo, se confiamos em Deus, e claro fizermos nossa parte, da melhor maneira possível. E quando estivermos cansados das tempestades no caminho, ou mesmo da correria do dia a dia e pensarmos que não vai passar é só lembrarmos da chuva, afinal, a "chuva" até hoje sempre passou.
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