domingo, 28 de novembro de 2010

Se correr o bicho pega, se ficar, o bicho some




Quem não conhece esse ditado popular, só que da maneira errada como costumamos usá-lo. Achei bem apropriado usá-lo para falar um pouco da atual situação do Rio. Mas uma vez vemos o Rio em guerra, mas dessa vez em uma escala maior, talvez a maior de todos os tempos. Tenho acompanhado com apreensão tudo isso, mas não posso dizer que completamente espantada porque era de se esperar, por N motivos. Vamos há alguns deles: As pacificações nos morros obviamente e com isso a perca do território dos traficantes, principalmente. Os acontecimentos importantes como olimpíadas, copa, que vão deixar o Rio em evidência, e mostrar poder assim fica bem mais fácil também, dois coelhos em uma cajadada só, mostram a que veio, "ridicularizando" o país e apavorando a população.

Mas isso nós já bem sabemos, voltemos ao tema desse post. Vendo uma das muitas reportagens sobre esse fato na TV eu vi algo que me chamou a atenção, o depoimento de uma moradora do Rio que se destacou de todos os outros. Ela disse que a fala dela pareceria estranha mas ela se sentia aliviada, porque pela primeira vez ela via algo acontecendo, a polícia se mobilizando de verdade. Intrigante não é mesmo? Alívio nesse momento. Mas ela está certa, o enfrentamento é melhor que a recua, sempre. Enquanto fugimos do problema ele só aumenta, quando enfrentamos ele some, afinal não se ganha uma guerra sem travar batalhas.

Por isso sinto que o Rio está sim no caminho certo, enfrentando de verdade essa situação. É claro que seria melhor sem que precisasse haver tanto derramamento de sangue, mas infelizmente é a dura realidade de uma guerra, e ou morrem os bandidos, ou os inocentes. Infelizmente como em todas as guerras vai ter muito choro, como já teve, mães perdendo seus filhos, filhos seus pais. É.. bandidos também tem família, mãe, pais, filhos, não podemos desconsiderar isso. Mas infelizmente quem entra nessa vida sabe que ela não tem final feliz.

Torcemos para que tudo fique bem no nosso belo Rio de janeiro, que a paz reine daquele lugar, dentro do possível, e que esse "bicho" continue sendo enfrentado de frente, não só com armas, mas com livros, educação, cultura e amor.

Achei muito boa essa foto de João Monteiro, que foi premiada inclusive no site olhares para ilustrar esse post. Essa foto foi tirada em Luanda, mas temos em comum a ela e a todos os lugares, esses sonhos de crianças, de tornar um novo Fenômeno, de crescer e ser feliz, de viver. No Rio não é diferente.

sábado, 13 de novembro de 2010

Sobre o particular..



A internet e todos os recursos midiatícos e tecnológicos que conhecemos trouxeram muitas vantagens como sabemos, o contato cada vez mais rápido e interativo, a qualidade na imagem, no som, entre tantas outras coisas. Mas temos as desvantagens também é bem verdade, maquinizados que ficamos transformando coisas simples em espetáculo. Os primeiros passos de um bebê, de nossas criações, nossas decepções, até mesmo momentos extremamente íntimos que ninguém mais além de nós deveria saber. Eu mesma já contei tantas coisas da minha vida aqui, e tudo bem até uma certa medida.

Mas eu falo de coisas que realmente são únicas e são nossas, eu falo de perder a medida entre o particular e o público, não sei se seria a melhor palavra, mas a ideia é essa. Se tudo é universal, meus gatinhos brincando, um bebê nascendo, alguém chorando, morrendo e ao mesmo tempo é particular também, então qual é a medida disso?

Eu não sei se sou eu mesmo que penso demais, complico demais ou o que mas eu me cobro por exemplo quando me vejo querendo compartilhar um monte de coisas manais. Ex: Novamente os gatinhos. rs Estou com 3 filhotes em casa, eram quatro, um já ganhou uma nova casa. Vejo-os brincando, fazendo suas artes, seus rostinhos lindos e tiro um monte de fotos, coloco no orkut, no celular, onde posso, fico querendo filmar a toda hora, mas nem tenho nenhum recurso muito bom pra isso. Mas o fato é que me policio quando vem a ideia de que tenho que mostrar o que acho bonitinho, fofo. Não tenho! Algumas coisas são só para serem admiradas mesmo, momentos pra guardar na memória e pronto. São meus e só. Será que estou complicando demais as coisas?rs

O que quero dizer é que muitas vezes deixamos de curtir alguns momentos integralmente só pensando em o que fulano ou siclano vão pensar quando virem, em quantos acessos no youtube vão ter, quantos comentários no orkut, e pra que? Só penso que talvez estejamos artificializando um pouco demais a vida, virtualizando demais e abrindo mão de pequenas coisas que nos fazem felizes e pronto. Acho que tenho batido muito nessa tecla ultimamente né? Mas é fato que isso tem me incomodado, e tudo que estou escrevendo tenham certeza, escrevo pra mim mesma também.

Continuemos a compartilhar as coisas boas da vida sim, porque não?! Só tentemos não extrapolar muito, perder a medida do particular. Afinal são essas as melhores coisas da vida, as que não se pode descrever nem com mil palavras, nem mostrar, porque só significam algo pra você mesmo, e é isso que importa.

sábado, 6 de novembro de 2010

Democracia


Foto de Manuel Madeira - Olhares.com


Esse é o tema do artigo que tenho que fazer pra sociologia e estou com certa dificuldade de começar. Tenho algumas ideias a esse respeito talvez polêmicas não sei, mas é o que penso. Por exemplo, se democracia é o poder de escolha na mão do povo porque esse poder ainda não nos é completo? Deixe-me explicar. Ok eu posso votar e escolher quem eu quero, mas aí é que tá eu não posso, eu sou obrigada a votar. Se democracia implica em liberdade então eu só deveria votar se quisesse, acho que assim sim poderia dizer que esse poder é meu. Nos Estados Unidos é assim, creio que em outros lugares também. Aí alguns falam, "ah mas eles já sabem lidar melhor com isso". E eu pergunto, quando é que um povo pode aprender a lidar com uma coisa sem exercitá-la? Temos que aprender a lidar com o poder que temos, inclusive o poder de poder escolher votar ou não.

Essas eleições nos mostraram coisas curiosas, boas e ruins. Marina com uma votação bastante expressiva em sua primeira tentativa ao cargo de presidente, Tirica eleito, uma abstenção bastante grande de voto. Mas pensemos em Tiririca por hora. Será que ele teria sido eleito se as pessoas não fossem obrigadas a votar? Teria sido um voto de protesto? Bastante alienado é bem verdade já que as consequências foram sequer avaliadas. Mas eu fico pensando nisso, em quanta gente vota por votar, só porque é obrigado, e como as coisas poderiam ser diferentes se cada um pudesse escolher votar ou não. Tem tanta gente(a maioria das pessoas por sinal), que nunca acompanha política, tá se lixando pra isso e depois vai lá e vota só pra cumprir um rito obrigatório. Eu não sei mas creio que se pudéssemos escolher votariam apenas quem tem o mínimo de respeito e consciência sobre política.

Bom mas isso aqui é Brasil e por enquanto é assim que é né? Agora Dilma foi eleita e como a querida Marina disse, agora ela é nossa presidente gostemos ou não. Temos então que fiscaliza-la, exercer nosso direito pós eleições. Como diria aquela antiga canção, "até bem pouco tempo poderiamos mudar o mundo, quem roubou nossa coragem?" Ainda podemos, se quisermos. Então olho nela, e em todos os que elejemos ou não, o que importa é que esse é NOSSO país, e temos que usar dessa "democracia" para cuidar dele.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Mergulhe



Desculpem o sumiço pessoal, novamente. Para os poucos que ainda lêem o que escrevo obrigada pela paciência.rs Mas essa correria louca em que nos metemos as vezes dá nisso, a gente fica sem tempo pra fazer o que gosta, e estressado demais pra se lembrar delas. E é sobre isso que quero falar.

Tenho pensado(aliás coisa que faço demais), em como vamos passando pela vida e nos anestesiando muitas vezes para o que realmente importa e eu me pergunto se não é isso que gera tanta violência com as pessoas com a natureza. Nós passamos pelas coisas simplesmente por passar, vemos árvores nas ruas nas estradas, mas não enxergamos, tocamos, sentimos, e se não sentimos não nos pertence. "Porque preservar a natureza? E eu aí que a natureza? Que diferença faz? Ligo meu computador e vejo os lugares que quizer sem sair do lugar, coloco um bonito descanso de tela e pronto, é o mais natural que vivo."

Eu tenho uma ligação imensa com a natureza, é meu jeito pessoal de descarregar as energias e recarregar também, quando não estou bem penso logo em mato, água, e geralmente um bom mergulho ajuda bastante. Eu curto bastante essas coisas tomar banho de chuva, sentir o vento, ficar sozinha comigo mesma, só eu e Deus. Isso me leva a meditar, rever e sentir mais as coisas, quando não faço sinto falta. Mas pensa em quanta gente nunca teve contato e não sente a menor falta, tá acostumado a lidar só com máquina e maquiniza também todas as relações humanas?

O que uma coisa tem haver com a outra? Tudo. Como já disse é claro que não vou cuidar do que não sinto, consciência ambiental, que isso? Pra quem não tem o mínimo de contato com o ambiente em que vive. E gradativamente vai se perdendo o contato com o animal humano também, vai se perdendo a sensibilidade, não se enxerga mais o outro, pra quem mal se enxerga não dá pra pedir muito mesmo.

Por isso tente não se contentar com a superfície, por mais que seja difícil tente olhar pra dentro pra conseguir olhar pra fora, tente olhar mais paro o natural, para a vida. Eu sei como as vezes as coisas parecem escuras e sem solução, sei muito bem, mas elas sempre podem ficar melhores quando as enfrentamos com a alma mais aberta, despoluída nessa confusão diária do mundo. Por isso faça o que fizer não fique na superfície, mergulhe, mergulhe nos sentimentos, no contato, até mesmo na dor, faz parte então é melhor viver, ir até o fundo dela e voltar mais forte. Vamos lá, vamos mudar o mundo começando por nós. Mergulhe.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Nem tudo está perdido




Não sei como foi para a maioria das pessoas, mas essa eleição para mim foi especial, e nem estou falando de "ganhadores" ou "perdedores" mas de uma coisa muito mais importante que tudo isso e que a gente não se lembra muito no dia a dia. Falo de um espírito diferente, uma coisa boa que estamos nos desacostumando a sentir, uma fé de que nem tudo na nossa política está perdida, é claro eu falo da Marina.

Sabe eu trabalhei muito na política, certa ou errada eu sempre agarrei com unhas e dentes o que eu fiz, se eu estava de um lado, fosse qual lado fosse, eu estava porque acreditava, e isso foi bom e ruim também. Não preciso nem dizer o que acontece no final né? É claro me decepcionei, minha utópica visão de política e de políticos honestos aos poucos foi sendo levada água a baixo e eu ficava me perguntando se tinha mesmo que ser sempre assim. Bom a Marina tem me mostrado que não, ainda podemos apostar em muita coisa boa por aí, a Marina trouxe uma onda muito boa que se quizermos pode durar e trazer outras.

O Brasil provou nas urnas que quer renovação, me assustei com a votação expressiva que a Marina teve, tá certo que esperava mais, mas por ser a 1ª vez dela foi excelente. Mas melhor que isso foi a mobilização que isso gerou, uma mobilização bonita de se ver, limpa, sem aquela baixaria que estamos acostumados, o que vimos foi uma pessoa boa atraindo outras, gestos, manifestações em prol de uma causa maior que vai muito além do ganhar ou perder, tem haver com o resgate daquilo que perdemos, o respeito a política. To me lixando pra Tiririca, "Azias" e todo o resto, se colocarmos tudo na balança o resultado foi muito bom sim, o que não podemos é deixar isso acabar.

A Marina venceu sim, venceu porque resgatou a nossa fé, coragem e altivez. E quer saber? Se nos unirmos a cara que o Brasil terá não será de Serra ou Dilma, será a nossa, eu insisto nisso porque é verdade e temos que acreditar nisso, nós podemos fazer muito se quizermos se não escondermos nossa coragem embaixo de uma cama. Vamos lá, mostremos de que é que o Brasileiro é capaz pela sua terra, pelo seu povo principalmente, vamos mostrar que estamos acordados e alertas ao que tem acontecido a nossa volta. Será que to sendo utópica de novo? Eu espero que não.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Do It



Do It
Lenine
Composição: Lenine/Ivan Santos

Tá cansada, senta
Se acredita, tenta
Se tá frio, esquenta
Se tá fora, entra
Se pediu, aguenta

Se sujou, cai fora
Se dá pé, namora
Tá doendo, chora
Tá caindo, escora
Não tá bom, melhora

Se aperta, grite
Se tá chato, agite
Se não tem, credite
Se foi falta, apite
Se não é, imite...
Se é do mato, amanse
Trabalhou, descanse
Se tem festa, dance
Se tá longe, alcance
Use sua chance

Se tá puto, quebre
Tá feliz, requebre
Se venceu, celebre
Se tá velho, alquebre
Corra atrás da lebre

Se perdeu, procure
Se é seu, segure
Se tá mal, se cure
Se é verdade, jure
Quer saber, apure

Se sobrou, congele
Se não vai, cancele
Se é inocente, apele
Escravo, se rebele
Nunca se atropele...
Se escreveu, remeta
Engrossou, se meta
E quer dever, prometa
Prá moldar, derreta
Não se submeta, não se submeta..

Mais uma vez as músicas do Lenine, não posso evitar.rs Gosto muito dessa letra, principalmente porque ela é toda movimento e eu creio que isso é o que mais tem faltado para todos, para nossa sociedade de um modo geral. Passa tempo, meses e anos e vemos pouca coisa mudar porque escolhemos assitir a vida ao invés de atuar nela.

Pensem no cenário que temos hoje na política, da distruibuição de renda, nos nossos direitos. Direitos.. Será que ainda os temos de fato? Renunciamos tão facilmente, parece tão barato, tão pouco. As vezes eu confesso que tenho medo, medo do futuro, do que vai ser se ninguém resolver se mover, mas se mover de verdade. É claro que não dá pra generalizar, nunca, mas poucos fazendo muitas coisas, não dá, nem que esses poucos quizessem conseguiriam dar conta de tudo.

Por isso essa mensagem é pra hoje, pra ontem, pra sempre. Do It! Façamos algo enquanto ainda podemos, a ditadura maior de todas é aquela que imputamos a nós mesmos, por medo, por preguiça, por qualquer coisa não justificável, façamos algo e façamos já.

sábado, 11 de setembro de 2010

Mito da caverna moderno




Minha professora de filosofia a uns dias atrás nos deu um desafio que eu amei diga-se de passagem, reescrever o mito da caverna de Platão. Pra mim foi como "jogar o sapo n'água" como dizem, amo escrever e o mito é incrível. Então humildemente eu escrevi e vou compartilhar com vocês, não ficou muito curto, mas se tiverem paciência de ler.rs Aí vai.

Pensamentos de Beatriz

Beatriz vive em um mondo de coisas estranhas, de bichos estranhos que se escondem, ela mal pode vê-los, passam sempre tão depressa. Beatriz mal se enxerga a luz a clareia rapidamente e logo se vai. Ela vaga como um zumbi sem esperança de um dia sair dali. O que estaria acontecendo com todos afinal? Ela ouve contar que um garoto foi morto porque esbarrou em uma mulher com um bebê em um ônibus, depois disso ao andar ela evita encostar nas pessoas, agora além de ela mal falar com a s pessoas ela tem medo de toca-las.

Beatriz começou a ficar com medo de tudo e de todos, começou a desenvolver manias estranhas como a de se lavar o tempo todo e já quase não saia de casa. A mania de se lavar ela percebia que geralmente vinha depois que tocava em alguém em casa, no trabalho, onde quer que fosse. Afinal como não sentir repulsa por homens que se revelavam tão cruéis?

Foi então que Beatriz começou uma busca quase que solitária pelas respostas que precisava sobre o que acontecia com ela. Pesquisou em livros e na internet e descobriu que estava com depressão, mas o que seria isso? Sabia como motorista que depressão na pista significava um buraco ou uma grande baixada, estaria ela então dentro de um buraco? Um dia um amigo(um dos poucos que ela ainda tinha) foi visita-la e lhe disse algo revelador. Ele disse que só tinha depressão quem pensava minimamente sobre a vida, quem refletia sobre ela e não apenas vivia e se acomodava sem se preocupar com o sentido dela. Beatriz então se sentiu especial, ela era diferente da maioria das pessoas, suas buscas a levaram a depressão talvez essa fosse a chave para que ela pudesse sair também.

No dia seguinte Beatriz que estava de licença do trabalho começou a andar pela casa pensando nessas coisas, de repente passou por um espelho grande que ficava em sua sala e parou em frente a ele, sentou-se no chão e começou a olhar cada traço de seu rosto, suas olheiras fundas de noites e noites em dormir direito, o cabelo descuidado. Onde estaria aquela mulher vaidosa e cheia de vida que ela já fora um dia? E então ela começou a fazer uma oração silenciosa, quase que instintivamente, coisa que já não fazia há muito tempo. Abriu os olhos e já se sentia um pouco melhor.

Ela levantou-se e continuou a andar pela casa, onde estariam todos? Lembrou se morava sozinha e tinha poucos amigos. Ela então se encaminhou ao jardim, sim ela tinha um jardim, o que era um privilégio em uma cidade tão grande, mas quase sem nenhuma flor, estava seco, como ela mesma. Ela molhou bem a terra e começou a mexer nela, arrancar as pragas, enquanto o fazia pensava na própria vida, mas “pragas” que foi deixando acumular ao longo do caminho, da solidão do medo. Ela nem sabia mais o que era um relacionamento sadio com a família ou quem quer que seja. Tinha agora 30 anos e estava há uns 5 anos sozinha.

Beatriz começou uma longa viagem para dentro de si mesma, e foi só com ela mesma que ela conseguiu encontrar as respostas que precisava. Os dias foram passando e as primeiras folhas novas foram nascendo em seu jardim, Beatriz acorda bem cedo d penteava, se pintava e ficava bela para ela e para seu jardim, e quanto mais aprendia e compreendia quem ela era, mais se sentia feliz. Até um dia sentir uma paz tão grande que não cabia mais naquelas paredes.

Beatriz saiu de casa e foi contar para todos o que acontecera com ela, com um vestido florido e toda arrumada, o cabelo solto, saia a contar como descobrira que a vida podia ser sim, muito mais bela e possível de ser vivida, e como o contato consigo mesma a deixara mais sensível e mais humana. Mas as pessoas diziam que ela agora sim estava louca e iludida, que a vida não era um conto de fadas como ela imaginava. E ela se perguntava se haveria alguém que pudesse entendê-la.

Com o tempo ela descobriu que sim, essas pessoas existiam, mas não eram tantas assim, teria de se acostumar com a ideia de que sempre se sentiria meio estranha a partir daquele momento, mas não importava mais, ela era mais feliz.