
Quem não conhece esse ditado popular, só que da maneira errada como costumamos usá-lo. Achei bem apropriado usá-lo para falar um pouco da atual situação do Rio. Mas uma vez vemos o Rio em guerra, mas dessa vez em uma escala maior, talvez a maior de todos os tempos. Tenho acompanhado com apreensão tudo isso, mas não posso dizer que completamente espantada porque era de se esperar, por N motivos. Vamos há alguns deles: As pacificações nos morros obviamente e com isso a perca do território dos traficantes, principalmente. Os acontecimentos importantes como olimpíadas, copa, que vão deixar o Rio em evidência, e mostrar poder assim fica bem mais fácil também, dois coelhos em uma cajadada só, mostram a que veio, "ridicularizando" o país e apavorando a população.
Mas isso nós já bem sabemos, voltemos ao tema desse post. Vendo uma das muitas reportagens sobre esse fato na TV eu vi algo que me chamou a atenção, o depoimento de uma moradora do Rio que se destacou de todos os outros. Ela disse que a fala dela pareceria estranha mas ela se sentia aliviada, porque pela primeira vez ela via algo acontecendo, a polícia se mobilizando de verdade. Intrigante não é mesmo? Alívio nesse momento. Mas ela está certa, o enfrentamento é melhor que a recua, sempre. Enquanto fugimos do problema ele só aumenta, quando enfrentamos ele some, afinal não se ganha uma guerra sem travar batalhas.
Por isso sinto que o Rio está sim no caminho certo, enfrentando de verdade essa situação. É claro que seria melhor sem que precisasse haver tanto derramamento de sangue, mas infelizmente é a dura realidade de uma guerra, e ou morrem os bandidos, ou os inocentes. Infelizmente como em todas as guerras vai ter muito choro, como já teve, mães perdendo seus filhos, filhos seus pais. É.. bandidos também tem família, mãe, pais, filhos, não podemos desconsiderar isso. Mas infelizmente quem entra nessa vida sabe que ela não tem final feliz.
Torcemos para que tudo fique bem no nosso belo Rio de janeiro, que a paz reine daquele lugar, dentro do possível, e que esse "bicho" continue sendo enfrentado de frente, não só com armas, mas com livros, educação, cultura e amor.
Achei muito boa essa foto de João Monteiro, que foi premiada inclusive no site olhares para ilustrar esse post. Essa foto foi tirada em Luanda, mas temos em comum a ela e a todos os lugares, esses sonhos de crianças, de tornar um novo Fenômeno, de crescer e ser feliz, de viver. No Rio não é diferente.