Foto: Por mim. Marina Brito
Eu nem sei se tenho algo interessante pra dizer, eu só preciso escrever, encher espaços nessa página enquanto tento encher alguns dentro de mim. Cada pessoa age de uma maneira diferente em determinada situação e eu não sou diferente, mas em todas elas escrever sempre me ajuda. Dizem que o "papel" aceita tudo. Tudo... Tudo é tanta coisa, tudo pode ser nada, um vazio, a escuridão.
Quando é que a escuridão é boa? Eu não sei. Mas sei que só enxergamos o claro por causa do escuro, só diferenciamos porque conhecemos e nos acalmamos em saber que ele não dura pra sempre, ele acaba, mas cedo ou mais tarde. Por mais longa que seja uma noite sabemos que sempre há um outro dia, sempre há o sol e seu calor, sempre haverá conforto depois da noite fria. Temos que crer nisso, em alguns momentos então, temos que nos agarrar a essa realidade com todas as nossas forças, principalmente quando o real parece já não ser. Quando nem as letras juntas parecem fazer qualquer sentido.
Quando isso acontece é bom saber que há um Deus que vê todas as coisas e que nos guarda na palma de sua mão, basta crer. Acho que já disse isso uma vez, mas uma cena que sempre vem a minha mente quando penso nisso é a de uma garotinha de pijama, bem encolhidinha e relaxada deitada sobre uma enorme mão, as mãos de seu Pai. Sem medo, sem dor, só a segurança de saber que aconteça o que acontecer, ela estará a salvo. Amém.